As curas, os milagres, e os sinais e prod¡gios 

 



No minist‚rio de Jesus Cristo

 

Jesus Cristo, o Filho de Deus, nos dias da sua carne expulsou muitos dem¢nios (ou esp¡ritos malignos) dos corpos dos endemoninhados libertando-os, e realizou curas, milagres, sinais e prod¡gios em grande n£mero; assim tantas foram as suas obras poderosas que JoÆo, o disc¡pulo que Jesus amava, no fim do Evangelho por ele escrito diz: "Ora, h  ainda muitas outras coisas que Jesus fez; as quais, se fossem escritas uma por uma, julgo que nem o pr¢prio mundo poderia conter os livros que se escreveriam" (JoÆo 21:25). Isto significa, portanto, que as coisas feitas por Jesus escritas na B¡blia sÆo s¢ uma m¡nima parte das coisas que ele fez.

Jesus Cristo repreendia com autoridade os dem¢nios e eles sa¡am dos corpos daqueles que os tinham; ele os repreendia pela ajuda do Esp¡rito de Deus que estava sobre ele, como disse um dia …queles que o acusaram de expulsar os dem¢nios pela ajuda do Pr¡ncipe dos dem¢nios, isto ‚, Satan s (cfr. Mat. 12:22-32). Quando os dem¢nios o viam se lan‡avam por terra e come‡avam a gritar: "Que temos n¢s contigo, Jesus, Nazareno? Vieste destruir-nos? Bem sei quem ‚s: o Santo de Deus!" (Lucas 4:34), e quando ele os repreendia sa¡am gritando e dizendo: "Tu ‚s o Filho de Deus!" (Lucas 4:41), mas Jesus os repreendia e nÆo os deixava falar pois sabiam que ele era o Cristo de Deus. Jesus libertou endemoninhados cegos e mudos, e tamb‚m endemoninhados surdos, cuja cegueira, surdez e cujo mutismo eram causados por esp¡ritos malignos (cfr. Mat. 12:22; Marc. 9:25); como tamb‚m libertou endemoninhados que viam, ouviam e falavam. Os dem¢nios eram obrigados a sair diante do poder de Deus que estava com Jesus Cristo.

Jesus Cristo, al‚m de libertar os endemoninhados do dom¡nio dos dem¢nios, curou muitos e muitos doentes atingidos por v rias enfermidades. Uma passagem do Evangelho escrito por Mateus diz : "E percorria Jesus toda a Galil‚ia, ensinando nas suas sinagogas e pregando o evangelho do Reino, e curando todas as doen‡as e enfermidades entre o povo. E a sua fama correu por toda a S¡ria; e trouxeram-lhe todos os que padeciam, acometidos de v rias doen‡as e tormentos, os endemoninhados, os lun ticos, e os paral¡ticos; e ele os curou" (Mat. 4:23-24). Algumas das muit¡ssimas curas por ele realizadas foram estas: a cura de um leproso (cfr. Mat. 8:1-4), e a de dez leprosos de uma s¢ vez (cfr. Lucas 17:11-19); a cura do servo do centuriÆo romano o qual estava paral¡tico (cfr. Mat. 8:5-13); a cura da sogra de Pedro afectada por uma grande febre (cfr. Mat. 8:14-15; Lucas 4:38-39); a cura de uma mulher que tinha um fluxo de sangue h  doze anos (cfr. Mar. 5:25-34); a cura de um cego de nascen‡a (cfr. JoÆo 9:1-38) e de outros dois cegos (cfr. Mat. 9:27-31); a cura de um homem que tinha a mÆo mirrada (cfr. Mat. 12:9-14); a cura de uma mulher que andava curvada (cfr. Lucas 13:10-17); a cura de um hidr¢pico (cfr. Lucas 14:1-6); a cura de um homem paral¡tico h  trinta e oito anos (cfr. JoÆo 5:1-9) e a cura de um outro paral¡tico que foi levado a ele sobre um leito por quatro pessoas as quais por causa da multidÆo que havia ao redor de Jesus descobriram o telhado da casa e o baixaram diante dele (cfr. Mar. 2:1-12); a cura de um surdo mudo de Dec polis (cfr. Mar. 7:32-37). Todas as curas Jesus as realizou porque  "o poder do Senhor estava com ele para curar" (Lucas 5:17).

Jesus Cristo realizou muitos milagres, como quando com cinco pÆes e dois peixes matou a fome a uma multidÆo de cerca de cinco mil pessoas sem contar as mulheres e as crian‡as (cfr. Mat. 14:15-21); ou como quando com sete pÆes e poucos peixinhos matou a fome a uma multidÆo de quatro mil pessoas sem contar as mulheres e as crian‡as (cfr. Mat. 15:32-39). Ou como quando ressuscitou mortos, como no caso da filha de Jairo (cfr. Mar. 5:35-43); no caso de L zaro que tinha morrido h  quatro dias (cfr. JoÆo 11:1-46), e no caso do filho da vi£va de Naim que foi ressuscitado enquanto era levado a sepultar (cfr. Lucas 7:11-17).

Jesus Cristo realizou tamb‚m o prod¡gio de andar sobre as  guas do mar da Galileia (cfr. Mat. 14:24-33), o prod¡gio de acalmar com a palavra uma tempestade (cfr. Mat. 8:23-27); e o prod¡gio de secar uma figueira amaldi‡oando-a  (cfr. Mat. 21:18-22).

Em verdade Jesus Cristo realizou grandes coisas, como disse Pedro, Deus aprovou o seu servo Jesus entre os Judeus com milagres, sinais e prod¡gios que Deus fez por meio dele (cfr. Actos 2:22).

 

No minist‚rio dos ap¢stolos e de outros servos de Deus 

 

Jesus Cristo, nos dias da sua carne, ap¢s ter escolhido doze disc¡pulos os enviou a pregar o reino de Deus dando-lhes o poder de expulsar os dem¢nios e de curar as doen‡as conforme est  escrito: "Ora Jesus, reunindo os doze, deu-lhes poder e autoridade sobre todos os dem¢nios, e para curarem doen‡as; e enviou-os a pregar o reino de Deus, e a curar os enfermos" (Lucas 9:1), e tamb‚m o que ele lhes disse: "Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, limpai os leprosos, expulsai os dem¢nios…" (Mat. 10:8), coisas que os ap¢stolos fizeram, de facto est  escrito: "E, saindo eles, pregavam que se arrependessem; e expulsavam muitos dem¢nios, e ungiam muitos enfermos com ¢leo, e os curavam" (Mar. 6:12-13).

Depois que Jesus Cristo morreu e ressuscitou apareceu aos onze aos quais disse: "Ide por todo o mundo, e pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for baptizado ser  salvo; mas quem nÆo crer ser  condenado. E estes sinais acompanharÆo aos que crerem: em meu nome expulsarÆo os dem¢nios; falarÆo novas l¡nguas; pegarÆo em serpentes; e se beberem alguma coisa mort¡fera, nÆo lhes far  dano algum; e porÆo as mÆos sobre os enfermos, e os curarÆo. Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no c‚u, e assentou-se … direita de Deus. Eles, pois, saindo, pregaram por toda parte, operando com eles o Senhor, e confirmando a Palavra com os sinais que os acompanhavam" (Mar. 16:14-20). Como se pode ver, os ap¢stolos, tamb‚m depois que Jesus foi recebido no c‚u, continuaram a expulsar os dem¢nios e a curar os doentes em nome de Jesus Cristo. Isto ‚ confirmado por aquilo que Lucas diz nos Actos dos ap¢stolos: "E muitos sinais e prod¡gios eram feitos entre o povo pelas mÆos dos ap¢stolos. E estavam todos de comum acordo no p¢rtico de SalomÆo. Dos outros, por‚m, nenhum ousava ajuntar-se a eles; mas o povo os tinha em grande estima; e cada vez mais se agregavam crentes ao Senhor em grande n£mero tanto homens como mulheres, a ponto de transportarem os enfermos para as ruas, e os porem em leitos e macas, para que ao passar Pedro, ao menos sua sombra cobrisse alguns deles. Tamb‚m das cidades circunvizinhas aflu¡a muita gente a Jerusal‚m, conduzindo enfermos e atormentados de esp¡ritos imundos, os quais eram todos curados" (Actos 5:12-16). De Pedro e JoÆo est  registada a cura do coxo … porta do templo chamada ‘Formosa’: "Pedro e JoÆo subiam ao templo … hora da ora‡Æo, a nona. E, era carregado um homem, coxo de nascen‡a, o qual todos os dias punham … porta do templo, chamada Formosa, para pedir esmolas aos que entravam. Ora, vendo ele a Pedro e JoÆo, que iam entrando no templo, pediu que lhe dessem uma esmola. E Pedro, com JoÆo, fitando os olhos nele, disse: Olha para n¢s. E ele os olhava atentamente, esperando receber deles alguma coisa. Disse-lhe Pedro: NÆo tenho prata nem ouro; mas o que tenho, isso te dou: Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, anda. Nisso, tomando-o pela mÆo direita, o levantou; imediatamente os seus p‚s e artelhos se firmaram e, dando ele um salto, p“s-se em p‚ e come‡ou a andar; e entrou com eles no templo, andando, saltando e louvando a Deus. Todo o povo, ao vˆ-lo andar e louvar a Deus, reconhecia-o como o mesmo que estivera sentado a pedir esmola … Porta Formosa do templo; e todos ficaram cheios de pasmo e assombro, pelo que lhe acontecera" (Actos 3:1-10). De Pedro est  registada uma outra cura, a de En‚ias que era paral¡tico e a ressurrei‡Æo de uma disc¡pula morta de nome Tabita: "E aconteceu que, passando Pedro por toda parte, veio tamb‚m aos santos que habitavam em Lida. E achou ali certo homem, chamado En‚ias, que havia oito anos jazia numa cama, porque era paral¡tico. E disse-lhe Pedro: En‚ias, Jesus Cristo te cura; levanta-te e faz a tua cama. E logo se levantou. E viram-no todos os que habitavam em Lida e Sarona, os quais se converteram ao Senhor. Havia em Jope uma disc¡pula por nome Tabita, que traduzido quer dizer Dorcas, a qual estava cheia de boas obras e esmolas que fazia. Ora, aconteceu naqueles dias que ela, adoecendo, morreu; e, tendo-a lavado, a colocaram no cen culo. Como Lida era perto de Jope, ouvindo os disc¡pulos que Pedro estava ali, enviaram-lhe dois homens, rogando-lhe: NÆo te demores em vir ter connosco. Pedro levantou-se e foi com eles; quando chegou, levaram-no ao cen culo; e todas as vi£vas o cercaram, chorando e mostrando-lhe as t£nicas e vestidos que Dorcas fizera enquanto estava com elas. Mas Pedro, tendo feito sair a todos, p“s-se de joelhos e orou; e voltando-se para o corpo, disse: Tabita, levanta-te. Ela abriu os olhos e, vendo a Pedro, sentou-se. Ele, dando-lhe a mÆo, levantou-a e, chamando os santos e as vi£vas, apresentou-lha viva. Tornou-se isto not¢rio por toda a Jope, e muitos creram no Senhor" (Actos 9:32-43).

Isto no que diz respeito aos ap¢stolos que tinham estado com Jesus, mas houveram tamb‚m os outros ap¢stolos escolhidos por Cristo que operaram curas, sinais e prod¡gios em nome de Cristo. De Paulo e Barnab‚ ‚ dito que se demoraram muito tempo em Ic¢nio "pregando com franqueza, confiados no Senhor, o qual dava testemunho … palavra da sua gra‡a, concedendo que por suas mÆos se fizessem sinais e prod¡gios" (Actos 14:3), de Paulo ‚ dito este facto ocorrido em Listra: "Em Listra estava sentado um certo homem aleijado dos p‚s, coxo de nascen‡a e que nunca tinha andado. Este ouviu falar Paulo, que, fitando nele os olhos e vendo que tinha f‚ para ser curado, disse em alta voz: Levanta-te direito sobre os teus p‚s. E ele saltou, e andou" (Actos 14:8-10), e este outro facto ocorrido na ilha de Malta: "Ora, nos arredores daquele lugar havia umas herdades que pertenciam ao homem principal da ilha, por nome P£blio, o qual nos recebeu e hospedou bondosamente por trˆs dias. E aconteceu estar de cama, enfermo de febre e disenteria, o pai de P£blio; Paulo foi visit -lo, e havendo orado, imp“s-lhe as mÆos, e o curou. Feito isto, vieram tamb‚m os demais enfermos da ilha, e foram curados" (Actos 28:7-9).

Al‚m dos ap¢stolos realizaram sinais e prod¡gios tamb‚m EstˆvÆo e Filipe que nÆo eram ap¢stolos; do primeiro ‚ dito: "Ora, EstˆvÆo, cheio de gra‡a e de poder, fazia grandes prod¡gios e sinais entre o povo" (Actos 6:8) e do segundo: "E, descendo Filipe … cidade de Samaria lhes pregava a Cristo. E as multidäes unanimemente prestavam aten‡Æo ao que Filipe dizia, porque ouviam e viam os sinais que ele fazia; pois que os esp¡ritos imundos sa¡am de muitos que os tinham, clamando em alta voz; e muitos paral¡ticos e coxos eram curados. E houve grande alegria naquela cidade" (Actos 8:5-8).

 

Os sinais e os prod¡gios  

 

Na B¡blia estÆo transcritas manifesta‡äes do poder de Deus que sÆo chamadas sinais e prod¡gios ou milagres e que nÆo incluem curas. Trata-se de v rios portentos operados por Deus atrav‚s dos seus servos. Eis alguns destes portentos.

Mois‚s, depois que Deus lhe deu a ordem de descer ao Egipto para libertar o seu povo e a autoridade de operar prod¡gios, operou estes portentos no Egipto. Os primeiros portentos foram os da serpente e da mÆo leprosa que ele operou diante dos anciÆos de Israel (na realidade foi ArÆo depois a fazˆ-los). Mois‚s p“de operar estes portentos em virtude do facto de ter sido Deus a dizer-lhe para oper -los quando lhe tinha aparecido; eis a circunstƒncia. "EntÆo respondeu Mois‚s: Mas eis que nÆo me crerÆo, nem ouvirÆo a minha voz, pois dirÆo: O Senhor nÆo te apareceu. Ao que lhe perguntou o Senhor: Que ‚ isso na tua mÆo. Disse Mois‚s: uma vara. Ordenou-lhe o Senhor: Lan‡a-a no chÆo. Ele a lan‡ou no chÆo, e ela se tornou em cobra; e Mois‚s fugiu dela. EntÆo disse o Senhor a Mois‚s: Estende a mÆo e pega-lhe pela cauda. Estendeu ele a mÆo e lhe pegou, e ela se tornou em vara na sua mÆo. Isto far s, disse o Senhor, para que eles creiam que te apareceu o Senhor, o Deus de seus pais, o Deus de AbraÆo, o Deus de Isaque e o Deus de Jac¢. Disse-lhe mais o Senhor: Mete agora a mÆo no seio. E meteu a mÆo no seio. E quando a tirou, eis que a mÆo estava leprosa, branca como a neve. Disse-lhe ainda: Torna a meter a mÆo no seio. E tornou a meter a mÆo no seio; depois tirou-a do seio, e eis que se tornara como o restante da sua carne. E suceder  que, se eles nÆo te crerem, nem atentarem para o primeiro sinal, crerÆo ao segundo sinal. E se ainda nÆo crerem a estes dois sinais, nem ouvirem a tua voz, entÆo tomar s da  gua do rio, e a derramar s sobre a terra seca; e a  gua que tomares do rio tornar-se-  em sangue sobre a terra seca" (Ex. 4:1-9).

Os portentos posteriores foram o da vara transformada em serpente que ele e ArÆo operaram diante de Fara¢ conforme est  escrito: "Falou, pois, o Senhor a Mois‚s e ArÆo, dizendo: Quando Fara¢ vos falar e disser: Fazei um prod¡gio; dir s a ArÆo: Toma a tua vara, lan‡a-a diante de Fara¢, e se tornar  em serpente. EntÆo Mois‚s e ArÆo foram ter com Fara¢, e fizeram assim como o Senhor ordenara. ArÆo lan‡ou a sua vara diante de Fara¢ e diante dos seus servos, e ela se tornou em serpente. Fara¢ tamb‚m mandou vir os s bios e encantadores; e eles, os magos do Egipto, tamb‚m fizeram o mesmo com os seus encantamentos. Pois cada um deles lan‡ou a sua vara, e elas se tornaram em serpentes; mas a vara de ArÆo tragou as varas deles" (Ex. 7:8-12). E todas as pragas que Deus enviou contra os Eg¡pcios conforme est  escrito nos Salmos: "Enviou Mois‚s, seu servo, e ArÆo, a quem escolhera, os quais executaram entre eles os milagres por ele ordenados, fizeram prod¡gios na terra de CÆo. Enviou as trevas e fez escurecer o ar; contudo nÆo observaram as suas palavras. Converteu-lhes as  guas em sangue, e fez morrer os seus peixes. A terra deles produziu rÆs em abundƒncia, at‚ nas cƒmaras dos seus reis. Ele falou, e vieram enxames de moscas venenosas e mosquitos em todo o seu territ¢rio. Deu-lhes saraiva por chuva, e chamas de fogo na sua terra. Feriu-lhes tamb‚m as suas vinhas e os seus figueirais, e destro‡ou as  rvores do seu territ¢rio. Ele falou, e vieram gafanhotos, e pulgäes em quantidade inumer vel, que comeram toda a erva da sua terra, e devoraram o fruto dos seus campos. Feriu tamb‚m todos os primog‚nitos da terra deles, as prim¡cias de toda a sua for‡a" (Sal. 105:26-36). E a estes se seguiram todos os sinais e os prod¡gios operados por Deus atrav‚s de Mois‚s no deserto; a divisÆo do Mar Vermelho, a rocha que fez jorrar  gua, etc. Em virtude de todas estas obras poderosas realizadas por Mois‚s ‚ dito: "E nunca mais se levantou em Israel profeta como Mois‚s, a quem o Senhor conhecesse face a face, nenhum foi semelhante a ele em todos os sinais e milagres que Deus o enviou para fazer na terra do Egipto, contra Fara¢, contra todos os seus servos, e contra toda a sua terra; nem semelhante nos actos poderosos e em todas as grandes e tremendas coisas, que Mois‚s operou aos olhos de todo o Israel" (Deut. 34:11-12).

No tempo do rei JeroboÆo, um homem de Deus vindo de Jud  a Betel operou um prod¡gio diante do rei que ‚ o seguinte: "Eis que, por ordem do Senhor, veio de Jud  a Betel um homem de Deus; e JeroboÆo estava junto ao altar, para queimar incenso. E o homem clamou contra o altar, por ordem do Senhor, dizendo: Altar, altar! assim diz o Senhor: Eis que um filho nascer  … casa de Davi, cujo nome ser  Josias; o qual sacrificar  sobre ti os sacerdotes dos altos lugares que sobre ti queimam incenso, e ossos de homens se queimarÆo sobre ti. E deu naquele mesmo dia um sinal milagroso, dizendo: Este ‚ o sinal de que o Senhor falou: eis que o altar se fender , e a cinza que est  sobre ele se derramar . Sucedeu pois que, ouvindo o rei JeroboÆo a palavra que o homem de Deus clamara contra o altar de Betel, estendeu a mÆo de sobre o altar, dizendo: Pegai-o! E logo, a mÆo que estendera contra ele secou-se, de modo que nÆo podia tornar a trazˆ-la a si. E o altar se fendeu, e a cinza se derramou do altar, conforme o sinal que o homem de Deus, por ordem do Senhor, havia dado. EntÆo respondeu o rei, e disse ao homem de Deus: Suplica ao Senhor teu Deus, e roga por mim, para que se me restitua a minha mÆo. Pelo que o homem de Deus suplicou ao Senhor, e a mÆo do rei se lhe restituiu, e ficou como dantes" (1 Re 13:1-6).

Quando no Novo Testamento se lˆ de algu‚m que Deus operou sinais e prod¡gios atrav‚s dele, entre estas obras poderosas por ele realizadas podem ter estado tranquilamente tamb‚m obras que nÆo tiveram nada que ver com a cura de uma pessoa. Ali s, temos prova disso no facto que de Jesus de quem ‚ dito que Deus operou atrav‚s dele sinais e prod¡gios no meio dos Judeus (cfr. Actos 2:22), sabermos que Ele ressuscitou mortos, ordenou a uma figueira que secasse, multiplicou pÆes e peixes, e andou sobre a  gua; obras estas que nÆo sÆo curas.

Quando, portanto, a Escritura fala do dom de poder de operar milagres refere-se ao dom de operar sinais e prod¡gios semelhantes aos que Deus fez operar a estes seus servos no passado ou, em todo o caso, obras poderosas que sÆo diferentes das curas.

 

As curas e os milagres na Igreja do Deus vivo hoje  

 

Como vimos, no passado, quer enquanto Jesus Cristo estava sobre a terra, quer ap¢s a sua assun‡Æo ao c‚u, Deus operou obras poderosas atrav‚s do seu Filho, dos seus ap¢stolos e de outros seus servidores. A este ponto algu‚m se perguntar : ‘Mas hoje, tanto tempo depois, estas curas, estas liberta‡äes, estas ressurrei‡äes, estes sinais e prod¡gios, sÆo coisas que podem suceder? SÆo coisas que devemos esperar ou desejar ver no nosso meio? SÆo coisas necess rias e £teis como o foram naqueles tempos?’ A minha resposta a todas estas perguntas ‚: ‘Sim, sem d£vida’.

Estas coisas podem suceder porque o Deus que as realizou atrav‚s de Jesus Cristo e depois atrav‚s dos ap¢stolos e depois atrav‚s de EstˆvÆo e Filipe, nÆo morreu e nÆo mudou; Ele est  vivo e nÆo muda. O seu poder ‚ ainda o mesmo, imenso, por isso ainda hoje pode fazer as coisas que fez no passado. Se ‚ verdade que as coisas imposs¡veis para os homens sÆo poss¡veis para Deus (cfr. Lucas 18:27), isso significa que Deus ainda hoje faz o imposs¡vel que o homem nÆo pode fazer. Ou vamos dizer que as coisas imposs¡veis para os homens eram poss¡veis para Deus apenas nos dias de Jesus e dos ap¢stolos? Quem ousar  dizer uma semelhante coisa?

Estas coisas sÆo coisas que devemos esperar e desejar que aconte‡am porque Deus quer oper -las ainda hoje no meio da sua Igreja por meio dos seus filhos. N¢s nÆo esperamos que Deus envie o seu Filho para morrer e ressuscitar, porque estas coisas j  nÆo fazem parte da sua vontade tendo-as realizado uma vez para sempre, mas no que diz respeito …s obras poderosas Ele ainda as quer realizar porque ainda hoje quer demonstrar ou confirmar que o Evangelho ‚ a sua Palavra e ele ‚ verdade. Jesus Cristo um dia falando das obras poderosas que fazia disse: "Mas o testemunho que eu tenho ‚ maior do que o de JoÆo; porque as obras que o Pai me deu para realizar, as mesmas obras que fa‡o dÆo testemunho de mim que o Pai me enviou" (JoÆo 5:36). Portanto, se as obras poderosas realizadas pelo pr¢prio Jesus Cristo confirmavam que o Pai o tinha enviado, for‡osamente as obras poderosas realizadas em nome de Jesus Cristo (que sÆo feitas por Cristo atrav‚s dos seus servidores) nÆo fazem mais do que confirmar que Ele ‚ Aquele que Deus enviou ao mundo para salvar o mundo. Quer Deus confirmar isto? Certamente, porque ‚ parte integrante, direi fundamental do Evangelho da gra‡a de Deus. Devemos desejar que estas coisas aconte‡am porque Deus nos ordena na sua Palavra desejar ardentemente os dons espirituais (cfr. 1 Cor. 12:31) entre os quais estÆo os dons de poder de operar milagres, os dons de curar e o dom da f‚. , pois, perfeitamente normal desejar fazer obras poderosas ou vˆ-las fazer a algum santo servidor de Deus. TÆo normal que os disc¡pulos antigos oraram para que Deus confirmasse a sua Palavra com curas, sinais e prod¡gios: ouvi aquilo que diz Lucas nos actos dos ap¢stolos a prop¢sito da ora‡Æo que os disc¡pulos elevaram a Deus depois que Pedro e JoÆo foram soltos e devolvidos aos seus: "E, soltos eles, foram para os seus, e contaram tudo o que lhes disseram os principais dos sacerdotes e os anciÆos. E, ouvindo eles isto, unƒnimes levantaram a voz a Deus, e disseram: Senhor, tu ‚s o Deus que fizeste o c‚u, e a terra, e o mar e tudo o que neles h ; que pelo Esp¡rito Santo, por boca de nosso pai Davi, teu servo, disseste: Por que bramaram as gentes, e os povos pensaram coisas vÆs? Levantaram-se os reis da terra, e os pr¡ncipes se ajuntaram … uma, contra o Senhor e contra o seu Ungido. Porque verdadeiramente contra o teu santo Servo Jesus, que tu ungiste, se ajuntaram, nÆo s¢ Herodes, mas P“ncio Pilatos, com os gentios e os povos de Israel; para fazerem tudo o que a tua mÆo e o teu conselho tinham anteriormente determinado que se havia de fazer. Agora, pois, ¢ Senhor, olha para as suas amea‡as, e concede aos teus servos que falem com toda a franqueza a tua palavra; enquanto estendes a tua mÆo para curar, e para que se fa‡am sinais e prod¡gios pelo nome de teu santo Servo Jesus" (Actos 4:23-30). Alguma vez oraste neste sentido? Se nunca o fizeste, come‡a-o a fazer.

Estas coisas sÆo £teis porque sÆo realizadas por Deus e qualquer coisa que Deus faz ‚ £til. SÆo £teis porque demonstram que o Evangelho que ‚ pregado por ordem de Deus nÆo ‚ uma filosofia, nÆo ‚ uma f bula, nÆo ‚ uma inven‡Æo humana, mas a mensagem do Deus vivo para a humanidade inteira e que, portanto, ‚ digno de ser aceite plenamente. O Senhor operava com os ap¢stolos confirmando com os sinais a Palavra que eles pregavam (cfr. Mar. 16:20). Quando os ap¢stolos Paulo e Barnab‚ foram a Ic¢nio a Escritura diz que "eles, entretanto, se demoraram ali por muito tempo, pregando com franqueza, confiados no Senhor, o qual dava testemunho … palavra da sua gra‡a, concedendo que por suas mÆos se fizessem sinais e prod¡gios" (Actos 14:3). Logo, se se quiser que Deus confirme a sua Palavra que ‚ pregada como fazia antigamente entÆo deve-se desejar que Ele a acompanhe com sinais e prod¡gios. Os sinais e os prod¡gios, precisamente porque sÆo realizados por Deus por esta razÆo, sÆo realizados em vista da salva‡Æo das almas e, de facto, Paulo dizia: "Tenho, portanto, de que gloriar-me em Cristo Jesus, no que concerne …s coisas de Deus; porque nÆo ousarei dizer coisa alguma que Cristo nÆo tenha feito por meu interm‚dio, para obediˆncia dos Gentios, em palavra e em obra, com poder de sinais e prod¡gios, com poder do Esp¡rito Santo" (Rom. 15:17-19). Notem-se as palavras ‘para obediˆncia dos Gentios’ que tornam muito claro o conceito por mim expresso. Mas dizei-me: ‘Mas nÆo ‚ porventura verdade que na Escritura muitos creram no Evangelho justamente ap¢s ter visto ou ouvido falar de uma cura ou de um milagre realizados em nome de Jesus?’ Tomemos o caso da cura de En‚ias o paral¡tico: nÆo est  porventura escrito que depois que Pedro o curou em nome de Jesus "viram-no todos os que habitavam em Lida e Sarona, os quais se converteram ao Senhor" (Actos 9:35)? E que dizer, depois, do caso da ressurrei‡Æo de Tabita; nÆo est  porventura escrito que "tornou-se isto not¢rio por toda a Jope, e muitos creram no Senhor" (Actos 9:42)? E nÆo ‚ porventura verdade que em Samaria as multidäes unanimemente "prestavam aten‡Æo ao que Filipe dizia, porque ouviam e viam os sinais que ele fazia" (Actos 8:6)? Mas ainda antes destes factos, quando Jesus pregava entre os Judeus, nÆo ‚ porventura verdade que em Jerusal‚m "muitos, vendo os sinais que fazia, creram no seu nome" (JoÆo 2:23)? E nÆo ‚ porventura verdade que tamb‚m os disc¡pulos de Jesus creram nele depois que o viram operar o seu primeiro milagre em Can  da Galileia, onde transformou a  gua em vinho (cfr. JoÆo 2:11)? E que dizer de quando Jesus ressuscitou L zaro, que estava morto h  quatro dias? NÆo est  porventura escrito que "muitos, pois, dentre os Judeus que tinham vindo visitar Maria, e que tinham visto o que Jesus fizera, creram nele" (JoÆo 11:45)? E de quando Jesus matou a fome …s multidäes com cinco pÆes e dois peixes; nÆo est  porventura escrito: "Vendo, pois, aqueles homens o milagre que Jesus tinha feito, diziam: Este ‚ verdadeiramente o profeta que devia vir ao mundo" (JoÆo 6:14)? Logo as curas e os milagres realizados em nome de Jesus Cristo, pelo poder do Esp¡rito Santo, sÆo £teis para atrair as almas a Cristo. Certo, nem todos ao ver os sinais e os prod¡gios se converterÆo a Cristo, tanto ‚ que j  nos dias de Jesus Cristo muitos ao ver as suas obras poderosas nÆo se arrependeram e Jesus os repreendeu por isso. Est  escrito: "EntÆo come‡ou ele a lan‡ar em rosto …s cidades onde se operara a maior parte dos seus milagres, o nÆo se haverem arrependido, dizendo: Ai de ti, Corazin! Ai de ti, Betsaida! Porque, se em Tiro e em Sidom, se tivessem operado os milagres que em v¢s se operaram, h  muito elas se teriam arrependido em cil¡cio e em cinza. Contudo, eu vos digo que para Tiro e Sidom haver  menos rigor, no dia do ju¡zo, do que para v¢s. E tu, Cafarnaum, porventura ser s elevada at‚ o c‚u? At‚ o inferno descer s; porque, se em Sodoma se tivessem operado os milagres que em ti se operaram, teria ela permanecido at‚ hoje. Contudo, eu vos digo que no dia do ju¡zo haver  menos rigor para a terra de Sodoma do que para ti" (Mat. 11:20-24). Mas ‚ igualmente certo que alguns se converterÆo a Cristo somente vendo as obras poderosas realizadas em seu nome conforme disse Jesus: "Se nÆo virdes sinais e milagres, nÆo crereis" (JoÆo 4:48).

As obras poderosas de Deus sÆo £teis porque confirmam na f‚ os crentes, no sentido que elas refor‡am a f‚ em Cristo, encorajam a perseverar na f‚. Quem de n¢s ap¢s ter obtido de Deus o atendimento de uma ora‡Æo para uma necessidade particular (aqui excluo a necessidade de uma cura ou de um milagre) nÆo se sentiu refor‡ado na f‚ porque p“de constatar que Deus ouve verdadeiramente as nossas ora‡äes e as atende como diz a sua Palavra? Se pois uma ora‡Æo a Deus em que nÆo se lhe pede uma cura nem a ressurrei‡Æo de um morto, leva o crente a ser mais forte espiritualmente, por que ‚ que uma interven‡Æo de Deus sobre o corpo de um doente ou de um morto nÆo haveria de ter o mesmo efeito? Quando Paulo disse aos santos de Roma: "Porque desejo muito ver-vos, para vos comunicar algum dom espiritual, a fim de que sejais fortalecidos" (Rom. 1:11), como entre os dons espirituais estavam tamb‚m o de curar, o de poder de operar milagres e o da f‚, fez claramente perceber que tamb‚m estas manifesta‡äes do Esp¡rito de Deus (curas, sinais e prod¡gios) contribuem para fortalecer espiritualmente os santos.

As obras poderosas de Deus levam os crentes a glorificar o nome de Deus coisa em que Deus tem prazer. NÆo est  porventura escrito que quando Paulo em Jerusal‚m se p“s a contar uma por uma as coisas que Deus tinha feito entre os Gentios por meio do seu minist‚rio, os anciÆos da Igreja, ouvindo-as, glorificavam a Deus (cfr. Actos 21:19-20)? E assim tamb‚m hoje as curas e os milagres realizados em nome de Jesus fazem glorificar a Deus.

As obras poderosas de Deus suprem a necessidades. Por exemplo, crian‡as e adultos enfermos de doen‡as incur veis, pr¢ximos da morte, recebem de Deus a cura e o prolongamento da sua vida. Colocai-vos na situa‡Æo de um rapaz que tem um cancro e a quem foi dito que tem poucos meses ou poucos dias de vida: pensais v¢s que queira morrer? Pensais v¢s que nÆo ficaria contente se algu‚m o pudesse curar em nome de Jesus Cristo? Pensais v¢s que um pai e uma mÆe que tˆm o seu  menino perto da sepultura, nÆo ficariam contentes se o Senhor Jesus lhes curasse o seu menino? O que admira ‚ que as pessoas do mundo se esfor‡am muito para prolongar com os meios que tˆm a vida aos doentes, e muitos crentes nÆo fazem nada para poder prolongar a vida a estas pessoas, no sentido que nÆo s¢ nÆo querem receber os dons de curar ou de poder de operar milagres, mas nem sequer oram por estas almas. Como se o nosso Deus fosse um Deus incapaz de curar ainda hoje os doentes, em resposta a uma ora‡Æo ou mediante a manifesta‡Æo de um dom particular dado a um seu servo. Ah! Parte-se-me o cora‡Æo ao ver estes crentes INCRDULOS no poder de Deus. Eu os conhe‡o, conhe‡o os seus racioc¡nios: 'Deus para aqui e Deus para ali' etc.., mas na base destes racioc¡nios h  uma profunda incredulidade no Deus que eles dizem conhecer.

Portanto, que se encorajem os doentes, tanto crentes como incr‚dulos, a ter f‚ em Cristo para obter a cura, e se ore por eles para a sua cura. NÆo importa se ‚s um simples crente, ou um anciÆo de uma igreja, tu deves encorajar o doente a ter f‚ em Cristo, e orar por ele, se ele desejar ser curado. No caso de tu seres um pastor ou um anciÆo de igreja, tens o dever, quando o doente te chamar, de orar com f‚ sobre ele ungindo-o com azeite em nome do Senhor porque assim diz Tiago: "Est  algu‚m entre v¢s doente? Chame os anciÆos da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor; e a ora‡Æo da f‚ salvar  o doente, e o Senhor o levantar ; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-Æo perdoados" (Tiago 5:14-15).

E nÆo s¢, desejem-se tamb‚m os dons de curar e de poder de operar milagres, porque atrav‚s deles acontecem curas e milagres pelo Esp¡rito Santo. NÆo importa se se ‚ simples crente sem nenhum of¡cio na igreja, ou di cono, anciÆo ou pastor, desejem-se tamb‚m estes dons do Esp¡rito Santo.

Por quanto diz respeito aos possessos, nÆo se os envie para os psiquiatras, mas quando forem trazidos ao local de culto para serem libertos, os santos ponham-se em ora‡Æo, e quem est  encarregado da condu‡Æo da comunidade repreenda os dem¢nios em nome de Jesus Cristo e os expulse dos corpos dos possessos. Fa‡a-o com autoridade, nÆo duvidando, e Deus operar .

Dirijo-me agora a ti que est s doente, nÆo importa de que doen‡a est s acometido e h  quanto tempo est s doente, sabe que Cristo ainda hoje ‚ poderoso para curar-te se tu creres com todo o cora‡Æo, o que tens de fazer ‚ crer n`Ele como fizeram nos dias de Jesus a mulher do fluxo de sangue, o cego de nome Bartimeu, e todos os outros doentes que ele curou, e entÆo ver s que "a tua cura apressadamente brotar " (Is. 58:8). Tem f‚, somente tem f‚!

 

Como acontece a cura 

 

A cura de um doente pode acontecer ou atrav‚s da imposi‡Æo das mÆos de um ministro do Evangelho, o qual impäe-lhe as mÆos em nome de Jesus ap¢s ter orado por ele. Como no caso de Paulo que ap¢s ter orado pelo pai de P£blio que jazia enfermo de febre e de disenteria, "imp“s-lhe as mÆos, e o curou" (Actos 28:8), ou como quando o doente chama os anciÆos da Igreja os quais o ungem em nome do Senhor e oram sobre ele. Ou ainda atrav‚s da imposi‡Æo das mÆos em nome de Jesus mas sem que esta imposi‡Æo das mÆos seja precedida ou seguida por uma particular ora‡Æo por ele. Quem impäe as mÆos sobre o doente pode simplesmente dizer-lhe: ‘Em nome de Jesus Cristo sˆ curado!’ Ali s Jesus disse: "Em meu nome… porÆo as mÆos sobre os enfermos, e os curarÆo" (Mar. 16:18). No que diz respeito a ungir os doentes com ¢leo para cur -los, isso ‚ b¡blico, de facto os ap¢stolos "ungiam muitos enfermos com ¢leo, e os curavam" (Mar. 6:13).

A cura de um doente pode acontecer tamb‚m sem a imposi‡Æo das mÆos e sem a un‡Æo do ¢leo mas somente com a ordem de um servo de Deus que tem os dons de curar, como no caso de Pedro que ordenou em nome de Jesus Cristo ao coxo que andasse (Actos 3:6), ou como no caso de Paulo que …quele homem coxo de nascen‡a que o estava ouvindo em  Listra lhe disse: "Levanta-te direito sobre os teus p‚s" (Actos 14:10).

A cura, por‚m, pode acontecer tamb‚m sem a imposi‡Æo das mÆos e sem a un‡Æo com ¢leo, e sem a ora‡Æo ou a ordem de algum crente, de facto pode suceder que o doente ‚ de repente curado pelo poder de Deus enquanto est  andando pela rua ou est  sentado numa cadeira ou est  deitado numa cama, ou que ao doente aparece Jesus Cristo em pessoa o qual impäe-lhe as mÆos ou diz-lhe simplesmente: ‘Eu te curo’, ou algo mais, sem lhe impor as mÆos.

Poder  tamb‚m suceder que a cura se obtenha atrav‚s de algum len‡o ou algum avental que esteve sobre algum homem de Deus com dons de curar e de poder de operar milagres, exactamente como aconteceu a muitos doentes na µsia nos dias de Paulo conforme est  escrito: "E Deus pelas mÆos de Paulo fazia milagres extraordin rios. De sorte que at‚ os len‡os e aventais se levavam do seu corpo aos enfermos, e as enfermidades fugiam deles, e os esp¡ritos malignos sa¡am" (Actos 19:11-12). Fa‡o questÆo de precisar, por‚m, que Paulo nÆo orava sobre esses len‡os e aventais, e que nÆo era ele que dizia para p“r os aventais e os len‡os sobre o seu corpo para lev -los depois aos doentes, digo isto porque hoje h  certos pregadores que fazem tais coisas.

E para acabar poder  tamb‚m suceder que algu‚m ‚ curado atrav‚s da sombra de um homem de Deus que o cobre, exactamente como aconteceu em Jerusal‚m nos dias dos ap¢stolos conforme est  escrito: "E a multidÆo dos que criam no Senhor, tanto homens como mulheres, crescia cada vez mais. De sorte que transportavam os enfermos para as ruas, e os punham em leitos e em camilhas para que ao menos a sombra de Pedro, quando este passasse, cobrisse alguns deles" (Actos 5:14-15); queria por‚m precisar que tamb‚m neste caso nÆo era Pedro que dizia para p“r os doentes pelas ruas para que ele os pudesse cobrir com a sua sombra.

Uma coisa, em todo o caso, deve ser dita, seja qual for o modo em que aconte‡a a cura, ela acontece por meio da f‚ do doente, ‚ a sua f‚ em Cristo de facto que o cura. Que disse Pedro … multidÆo de Judeus que se tinha reunido depois que ele tinha ordenado ao coxo que andasse em nome de Jesus? Ele disse: "E pela f‚ em seu nome fez o seu nome fortalecer a este homem que vedes e conheceis; sim, a f‚, que vem por ele, deu a este, na presen‡a de todos v¢s, esta perfeita sa£de" (Actos 3:16). Ainda hoje portanto ao doente curado deve-se dizer: ‘A tua f‚ te curou!’ Porventura nÆo dizia a mesma coisa Jesus aos doentes que ele curava? Segue-se, portanto, que na falta da f‚ por parte do doente, a cura nÆo pode acontecer. Como na falta da f‚ nÆo pode haver salva‡Æo, assim na falta da f‚ nÆo pode haver cura.

Uma outra coisa por fim que queria dizer ‚ esta, a cura deve ser pedida, deve ser desejada, e procurada; todavia o Senhor nÆo prometeu que ela estar  assegurada em todos os casos ao crente, porque h  alguns casos em que o Senhor decide nÆo curar por razäes que s¢ ele sabe. Uma destas pode ser porque decidiu levar consigo um crente para o c‚u. Neste caso, portanto, a doen‡a levar  o crente … sepultura como no caso do profeta Eliseu de quem se diz que "caiu doente com a doen‡a que o havia de conduzir … morte" (2 Re 13:14). De qualquer modo, ningu‚m se preocupe com estes casos, pe‡a-se sempre a cura e se a busque e pare-se de pedi-la a Deus s¢ se Deus revelar que decidiu a morte do crente ou quando o faz morrer porque chegou o seu tempo.

 

Alguns advertimentos 

 

Como acontece no campo das visäes, dos sonhos e das revela‡äes, que o diabo, que ‚ mentiroso e pai da mentira, faz mistifica‡äes para enganar tanto os incr‚dulos, como, sobretudo, os crentes, assim acontece no campo das curas, dos milagres e dos sinais e dos prod¡gios. O diabo, de facto, sabe perfeitamente que as curas, os milagres, os sinais e os prod¡gios  podem ser-lhe £teis para levar crentes a crer em heresias. E eis que entÆo suscita ministros seus a quem faz realizar estas coisas, mas obviamente estas coisas sÆo mentirosas porque sÆo produzidas por ele. A Escritura fala destes sinais e prod¡gios e nos päe severamente de sobreaviso contra todos aqueles que os realizam, nÆo importa a qual religiÆo perten‡am. Eis o que disse Jesus: "SurgirÆo falsos cristos e falsos profetas, e farÆo tÆo grandes sinais e prod¡gios que, se poss¡vel fora, enganariam at‚ os escolhidos" (Mat. 24:24). Como podeis ver h  ministros de Satan s que realizam grandes sinais e prod¡gios com o intuito de enganar os crentes. Sempre houveram destas pessoas desde que Jesus proferiu essas palavras. Guardai-vos destes como vos guardar¡eis de serpentes venenosas, sÆo pessoas sem escr£pulos, que ensinam coisas perversas e diab¢licas. SÆo pessoas que agem assistidas pelos esp¡ritos maus, sÆo dadas de facto ao espiritismo, ao ocultismo.

Mas h  uma outra categoria de pessoas de quem deveis guardar-vos, e sÆo todos os que pregam o Evangelho (nÆo um outro Evangelho, mas o Evangelho da gra‡a de Deus), e com poder e com o Esp¡rito Santo, e realizam milagres e curas em nome de Jesus e expulsam os dem¢nios em nome de Jesus, mas tˆm uma conduta ¡mpia que traz desonra ao Evangelho e ao nome de Deus. A sua vida est  cheia de desordem e de toda m  ac‡Æo, nÆo obstante as suas reuniäes sÆo assistidas por milhares de pessoas, muitos sÆo salvos e muitos doentes sÆo tamb‚m verdadeiramente curados mediante a sua f‚ em Jesus Cristo. Estes sÆo aqueles a quem um dia Jesus dir : "Apartai-vos de mim, v¢s que praticais a iniquidade" (Mat. 7:23) e isto porque recusaram santificar-se no temor de Deus e andar humildemente, piamente e santamente como conv‚m aos santos. Cuidai de v¢s mesmos e nÆo vos deixeis enganar pelas multidäes, e pelas pessoas que aceitam Cristo nas suas reuniäes ou que sÆo realmente curadas atrav‚s deles; deveis guardar-vos e desviar-vos deles porque est  escrito: "E rogo-vos, irmÆos, que noteis os que promovem dissensäes e escƒndalos contra a doutrina que aprendestes; desviai-vos deles. Porque os tais nÆo servem a nosso Senhor Jesus Cristo, mas ao seu ventre; e com suaves palavras e lisonjas enganam os cora‡äes dos simples" (Rom. 16:17-18). Tu entÆo dir s: 'Mas entÆo as curas e os milagres que um crente realiza em nome de Jesus pelo Esp¡rito Santo, nÆo sÆo uma evidente e incontrovert¡vel demonstra‡Æo que ele ‚ um santo homem de Deus?'. NÆo, nÆo est , de modo algum, dito que um homem poderoso em palavras e em obras seja necessariamente tamb‚m santo, justo e pio. Em alguns casos, estamos perante indiv¡duos que na sua vida privada se comportam como animais irracionais; vivendo em pecados contr rios … natureza, em glutonarias, em bebedeiras, na lux£ria e na lasc¡via, na fraude e em toda a esp‚cie de injusti‡a. Aten‡Æo pois, simples como pombas mas prudentes como as serpentes.

 

Giacinto Butindaro

 

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