Aquilo que cremos e ensinamos (exposto muito brevemente) |
A Bíblia é a Palavra de Deus. Ela é composta por sessenta e seis livros sagrados que têm os seguintes nomes: Génesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronómio, Josué, Juízes, Rute, 1 Samuel, 2 Samuel, 1 Reis, 2 Reis, 1 Crónicas, 2 Crónicas, Esdras, Neemias, Ester, Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cântico dos cânticos, Isaías, Jeremias, Lamentações, Ezequiel, Daniel, Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias, Mateus, Marcos, Lucas, João, Actos dos apóstolos, Romanos, 1 Coríntios, 2 Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, 1 Tessalonicenses, 2 Tessalonicenses, 1 Timóteo, 2 Timóteo, Tito, Filemom, Hebreus, Tiago, 1 Pedro, 2 Pedro, 1 João, 2 João, 3 João, Judas, Apocalipse. Todos estes livros são sagrados – eis por que são chamados ‘Sagradas Escrituras’ ou ‘Sagrada Escritura’ - porque inspirados por Deus, de facto não foram escritos por vontade de homem mas santos homens de Deus os escreveram porque movidos pelo Espírito Santo. Portanto tudo o que estes livros dizem e ensinam é verdadeiro porque procede de Deus, que não pode mentir. Nós por isso temos plena e absoluta confiança na Bíblia. A Bíblia não contém erros nem contradições. |
As Sagradas Escrituras são completas porque contêm tudo o que aqueles que vivem longe de Deus têm de saber para serem salvos dos seus pecados e serem reconciliados com Deus, e tudo aquilo que nós Cristãos temos de saber para nos conduzirmos de maneira digna do Evangelho (isto é, para viver sóbria, justa e piamente) na espera da bem-aventurada esperança e do aparecimento da glória do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo. |
As Sagradas Escrituras constituem a autoridade
absoluta e final em matéria de fé, de conduta e de moral. Todas as doutrinas,
todas as revelações, e todas as profecias, devem ser cuidadosamente
examinadas à luz dos Escritos Sagrados para estabelecer se são sãs, e
portanto de aceitar; ou são erradas, e portanto de rejeitar. Qualquer
autoridade terrena que nos manda expressamente violar a Palavra de Deus não
deve ser obedecida. Portanto, por exemplo, se as autoridades nos mandarem não
orar a Deus em nome de Jesus Cristo, nós devemos desobedecer-lhes; como
também devemos desobedecer-lhes se nos proibirem de pregar o Evangelho da
graça de Deus. |
Através das Sagradas Escrituras nós somos
consolados, encorajados, instruídos, corrigidos e repreendidos, guiados por
veredas de justiça, e feitos sábios para salvação mediante a nossa fé em
Cristo Jesus, o Filho de Deus. Exortamos portanto os santos a meditarem
continuamente na Palavra de Deus, a pô-la no seu coração, e a tê-la sempre
pronta nos lábios para consolarem-se uns aos outros com ela e instruírem-se e
admoestarem-se uns aos outros com toda a sabedoria. E não só isto, mas também
a manejá-la bem, ou seja, a interpretá-la correctamente a fim de não darem
espaço a falsas doutrinas e ficarem assim confundidos. |
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Há um só Deus, cujo nome é YHWH (Yahweh) que significa ‘Eu sou aquele que sou’. Ele é o primeiro e o último e fora d`Ele não há Deus. Deus é um Ser vivente e inteligente com uma vontade, com a capacidade de raciocinar, e com emoções. Deus é espírito, e nunca nenhum homem viu Deus nem pode vê-lo. Ele é o Eterno porque nunca teve um princípio e nunca terá um fim; Ele habita a eternidade. Deus é santo, justo, sábio, bom, tardio em irar-se, misericordioso, fiel e veraz. Deus é amor. Nisto se manifestou por nós o amor de Deus; que Deus enviou o seu Filho unigénito ao mundo, para que por meio d`Ele vivêssemos. |
Deus é o Criador de todas as coisas; Ele as criou por meio do seu amado Filho, e em vista d`Ele. Deus as fez todas com sabedoria e as sustém com a palavra do seu poder. Ele é o governador do universo, e nada acontece no inteiro universo sem o seu querer. Os céus, a terra, o mar e tudo o que neles há foram por Ele criados em seis dias (1 dia = 24 horas). Rejeitamos tanto a teoria da evolução como a gap-theory. Deus é Omnipotente porque pode fazer todas as coisas; é Omnisciente porque sabe tudo, e é Omnipresente porque se encontra em todo o lugar apesar de o seu trono estar nos céus. Deus além disso é imutável; Ele foi sempre o mesmo, e permanecerá sempre o mesmo. |
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Jesus Cristo
nasceu em Belém, a cidade de Davi (que se encontra na Judéia), há cerca de dois
mil anos, de uma mulher virgem de nome Maria casada com um homem de nome José
da família de Davi. Maria concebeu Jesus por virtude do Espírito Santo (antes
de ela e José se ajuntarem), portanto Jesus nasceu sem pecado. O nascimento de Jesus aconteceu nos dias do
imperador César Augusto. Jesus foi circuncidado segundo a lei de Moisés no
oitavo dia, e apresentado ao Senhor no templo de Jerusalém depois que
terminaram os dias da purificação de Maria. |
Ele foi criado em Nazaré da Galiléia, eis por que é chamado o Nazareno. Na idade de cerca de 30 anos Jesus deixou a Galiléia e se dirigiu ao rio Jordão para ser baptizado por João o Baptista, o homem que Deus enviou diante de Jesus para preparar-lhe o caminho. Depois de ter sido baptizado, Jesus foi ungido com o Espírito Santo e depois disto foi levado pelo Espírito ao deserto para ser tentado pelo diabo. Por quarenta dias e quarenta noites ele não comeu coisa alguma, depois ao fim dos quarenta dias o diabo se aproximou dele para tentá-lo e fazê-lo cair no pecado, mas Jesus se opôs firmemente ao diabo que, tendo acabado toda sorte de tentação, o deixou até outra ocasião. Depois disto, Jesus começou a pregar o Evangelho do Reino pelas cidades e aldeias da Galiléia (ele dizia: ‘O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo. Arrependei-vos, e crede no Evangelho’) e também a curar os doentes e a expulsar os demónios. Andou também pela Judéia, pregando o Evangelho, curando os doentes e expulsando os demónios. Jesus curava em virtude do poder do Senhor que estava com ele para realizar curas e expulsava os demónios pela ajuda do Espírito de Deus. Ele anunciou aos homens a salvação que Deus tinha prometido, a qual podia ser obtida só crendo n`Ele. Dentre os seus discípulos ele escolheu doze, aos quais deu também o nome de apóstolos, que enviou a pregar o Reino com o poder de curar os doentes e de expulsar os demónios. Jesus Cristo não cometeu pecado e na sua boca não se achou engano. Ele só fez o bem, no entanto foi odiado, caluniado, e desprezado por muitos em Israel. Procuraram várias vezes matá-lo, mas não conseguiram porque ainda não era chegada a sua hora. O mundo o odiou porque Ele testemunhava do mundo que as suas obras eram más. Os Fariseus, os escribas e os principais sacerdotes, e muitos Judeus, o odiaram e o perseguiram porque ele chamava Deus seu Pai, e também porque curava no sábado, o dia de repouso sagrado segundo a lei de Moisés em que segundo a tradição judaica não se podiam curar os doentes. Veio depois o dia em que Satanás entrou em Judas Iscariotes, um dos doze apóstolos, que em troca de trinta denários traiu Jesus Cristo, e o entregou aos Fariseus, aos escribas e aos sacerdotes, os quais o fizeram comparecer diante do Sinédrio e o condenaram à morte. |
Depois o entregaram a Pôncio Pilatos, governador da Judéia, o qual apesar de no início o ter querido soltar porque não achava nele nada que fosse digno de morte no fim sentenciou que fosse feito o que a multidão pedia, a saber, que Jesus Cristo fosse crucificado. Então os soldados do governador levaram Jesus para crucificá-lo. O conduziram ao lugar chamado ‘Gólgota’, que se encontra em Jerusalém, e o crucificaram no meio de dois ladrões. Ele morreu pelos nossos pecados. Jesus, depois que expirou, foi tomado e sepultado num sepulcro onde ainda ninguém havia sido posto. |
Mas ao terceiro dia Deus o ressuscitou dentre os mortos para a nossa justificação, e ele apareceu às suas testemunhas comendo e bebendo em sua presença e falando com elas. No período em que Jesus permaneceu morto ele foi, por meio do Espírito, pregar aos espíritos em prisão os quais noutro tempo foram rebeldes quando a longanimidade de Deus esperava nos dias de Noé enquanto se preparava a arca. A ressurreição de Cristo foi uma ressurreição corporal, o que significa que Jesus Cristo retomou o seu corpo com que tinha morrido, de facto o corpo com que Ele apareceu aos seus discípulos tinha os sinais dos pregos tanto nas mãos como nos pés. Esse corpo porém era imortal, glorioso e poderoso. Jesus Cristo é as primícias dos que dormem. |
Após quarenta dias, Jesus foi assunto ao céu e se sentou à direita do Pai, onde se encontra actualmente e onde intercede por nós tendo-se tornado Sumo Sacerdote eternamente segundo a ordem de Melquisedeque. Ele, porque permanece eternamente, tem um sacerdócio perpétuo; portanto pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles. |
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Jesus de Nazaré é
o Cristo de Deus, isto é, o Ungido de Deus do qual escreveram Moisés na
lei e os profetas e que devia vir a este mundo para morrer pelos nossos
pecados e ressuscitar para a nossa justificação. Eis algumas das predições bíblicas, concernentes
ao Cristo de Deus, que se cumpriram em Jesus de Nazaré. |
Ele nasceu em Belém de Judá como tinha dito o profeta Miquéias; nasceu de uma virgem como tinha dito o profeta Isaías; cresceu e foi criado em Nazaré para que se cumprissem as palavras dos profetas segundo as quais ele seria chamado Nazareno; na idade de cerca de trinta anos foi ungido com o Espírito Santo e começou a pregar o Evangelho e a curar para que se cumprissem as palavras do profeta Isaías; falou às multidões em parábolas para que se cumprissem as palavras do profeta Asafe; não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano como tinha dito Isaías; foi odiado sem razão e traído por um dos seus discípulos como tinha sido escrito nos Salmos; foi crucificado no meio de dois malfeitores para que se cumprisse o que tinha dito o profeta Isaías; nenhum osso do seu corpo foi quebrado para que se cumprissem as palavras de Davi; os soldados romanos repartiram entre si as suas vestes e lançaram sortes sobre a sua túnica para que se cumprissem as palavras de Davi. Ele se carregou das nossas iniquidades como tinha dito o profeta Isaías. Foi sepultado no túmulo de um homem rico como tinha dito ainda o profeta Isaías; mas ao terceiro dia ressuscitou dentre os mortos e após algumas semanas ascendeu ao céu à direita do Pai para que se cumprissem as palavras de Davi. |
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Jesus de Nazaré é o Filho de Deus que, antes de
tomar a forma de servo e tornar-se semelhante aos filhos dos homens, existia
desde sempre em forma de Deus com Deus Pai no céu. Quando pois dizemos que
Jesus é o Filho de Deus não entendemos dizer que houve um tempo no qual ele
não existia e depois Deus o criou. Ele era Deus antes de descer do céu, e
permaneceu Deus nos dias da sua carne, de facto Ele perdoou às pessoas os
seus pecados e foi adorado. Em várias ocasiões ele confirmou ser Deus, numa
destas ele disse: "Antes que Abraão existisse, eu sou". Ao Pai
agradou fazer habitar em Jesus Cristo toda a plenitude da Divindade. |
O Filho agora à direita do Pai é adorado por todos os anjos de Deus, e por todos os santos que estão no céu, o que confirma que Ele é Deus e para sempre o será. Ele pois é digno de ser adorado como o Pai, e nós seus discípulos isto fazemos. A Ele seja a glória agora e eternamente. Amen. |
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Jesus de Nazaré
era um verdadeiro homem. Nasceu porém sem pecado para que pudesse morrer
sobre a cruz pelos nossos pecados. Sendo um verdadeiro homem, ele tinha
necessidade de comer, de beber e de descansar. E teve também
necessidade de ser ungido com o Espírito Santo. Sendo um verdadeiro homem, ele foi tentado em
todas as coisas |
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Deus fez Jesus de Nazaré, além de Cristo também
Senhor. Ele pois é o Senhor de todos. Em virtude do facto de Ele se ter humilhado
a si mesmo fazendo-se obediente até à morte e à morte da cruz, Deus o exaltou
soberanamente e lhe deu o nome que está acima de todo nome para que no nome
de Jesus se dobre todo joelho nos céus, na terra, e debaixo da terra, e toda
língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai. |
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Jesus de Nazaré é
o profeta do qual falou Moisés aos Israelitas, dizendo: "O Senhor vosso
Deus levantará de entre vossos irmãos um profeta semelhante a mim; a ele
ouvireis em tudo quanto vos disser. E acontecerá que toda a alma que não
escutar esse profeta será exterminada dentre o povo". Ele como profeta de Deus proferiu as palavras de
Deus, nunca homem algum falou como Ele. Ele preanunciou muitas coisas, entre
as quais estão muitos eventos que sucederão antes da sua segunda vinda. É
Jesus Cristo pois o profeta levantado por Deus nos últimos tempos e no qual o
homem deve crer para ser liberto da ira de Deus vindoura. |
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Se alguém vem ter convosco e vos diz que Jesus Cristo não existia antes de ser concebido no ventre de sua mãe, ou que nasceu da relação sexual entre Deus Pai e Maria, ou que Ele não veio em carne, ou que alguma vez ele também pecou, ou que se casou, ou que ele não era o Cristo, ou que não era Deus, ou que era Filho de Deus por adopção, ou que Ele assumiu a natureza de Satanás, ou que Ele nasceu de novo, ou que Ele além de ser o Filho é também o Pai e o Espírito Santo, ou que não sentiu dor quando foi flagelado e crucificado, guardai-vos desse tal e desviai-vos dele porque é um enganador. |
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Jesus Cristo, na noite em que foi traído, disse aos seus discípulos que depois que saísse de junto deles, lhes enviaria da parte do Pai o Espírito Santo que estaria sempre com eles, os guiaria em toda a verdade, lhes anunciaria as coisas vindouras, os instruiria e lhes lembraria todas as palavras que Ele lhes tinha dito, e convenceria o mundo do pecado, da justiça e do juízo. E pouco antes de ser assunto ao céu, Jesus disse-lhes: "Recebereis poder ao descer sobre vós o Espírito Santo". E assim aconteceu poucos dias após a sua ascensão, de facto Jesus Cristo, recebido do Pai o Espírito prometido, o derramou sobre os seus discípulos. Naquele dia (o dia de Pentecostes) se cumpriu a promessa que o Pai tinha feito através dos antigos profetas e confirmado através de Jesus Cristo. |
O Espírito Santo é uma pessoa e não uma força, de facto fala, ensina, guia, revela, pode ser entristecido e resistido. Ele é eterno, bom, justo, e santo. Conhece todas as coisas, pode fazer todas as coisas, e está em toda a parte, portanto Ele é Deus. O Espírito distribui os seus dons a cada um em particular como Ele quer. Se nós podemos chamar Deus ‘Pai’, o podemos fazer em virtude do Espírito Santo que Deus enviou aos nossos corações e que clama: ‘Aba, Pai’. O Espírito Santo faz uma outra coisa muito importante, a saber, intercede pelos santos segundo Deus. E além disso, Ele nos transforma na mesma imagem de Cristo porque nós filhos de Deus fomos predestinados para sermos conformes à imagem do Filho de Deus, a fim de que Ele seja o primogénito entre muitos irmãos. Todo o pecado e blasfémia se perdoará aos homens; mas aquele que blasfemar contra o Espírito Santo, nunca mais terá perdão, mas será réu de pecado eterno. O Espírito Santo é chamado também Espírito de Deus, Espírito de Cristo, Espírito de Jesus, Espírito do Senhor, Espírito da graça, Espírito da verdade, e Espírito de adopção. Nós não oramos e nem cantamos cânticos ao Espírito Santo, porque não queremos ir além do que está escrito. |
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Deus Pai, o seu Filho Jesus Cristo, e o Espírito Santo são um só Deus. Portanto a Divindade é composta por Três Pessoas divinas distintas mas ao mesmo tempo unidas. Isto não fere absolutamente a unidade de Deus porque a unidade de Deus de que fala a Escritura é uma unidade compósita. |
Embora a palavra ‘Trindade’ não esteja escrita na Bíblia, o conceito da Trindade, isto é, o conceito de um Deus UNO e TRINO é amplamente confirmado pela Escritura. A divindade quer do Pai, quer do Filho quer do Espírito Santo, é a clara prova que Deus além de ser UNO é também TRINO. Jesus disse aos seus discípulos que rogaria ao Pai para que enviasse um outro Consolador, isto é, o Espírito Santo; e mandou-lhes fazer discípulos de todas as nações, baptizando-os em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. O Pai, o Filho e o Espírito Santo habitam em todos aqueles que são filhos de Deus. |
O Pai, o Filho e o Espírito Santo não são pois três títulos do único verdadeiro Deus, e nem três manifestações do único verdadeiro Deus, mas TRÊS PESSOAS distintas dotadas todas de uma personalidade e de uma individualidade própria. |
Todo aquele que nega a Trindade é um falador vão e um enganador a quem se deve tapar a boca e de quem nos devemos guardar. |
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Os anjos são seres celestiais criados por Deus.
Eles são santos e poderosos, e obedecem à voz de Deus. São
muitíssimos; adoram Deus e o Cordeiro que está à sua direita. Eles são
espíritos ministradores enviados para servir a favor dos que hão-de herdar a
salvação, de facto Deus se usa deles para proteger os seus santos, guiá-los,
suprir as suas necessidades, comunicar-lhes mensagens particulares,
encorajá-los e confortá-los, libertá-los de toda a espécie de perigos, etc. Os anjos porém não devem ser
adorados e nem invocados; nós devemos adorar e invocar Deus. Os anjos de Deus
podem aparecer aos homens. Alguns, hospedando forasteiros sem o saberem
hospedaram anjos. |
Além dos anjos, Deus criou os querubins e os serafins. A Escritura fala também de um arcanjo que tem o nome de Miguel. |
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Satanás (ou o
diabo) é um ser espiritual mau que tem debaixo do seu poder todo o mundo. Ele tem ao seu serviço seres espirituais
maus que são os seguintes: os principados, as potestades, os dominadores
deste mundo de trevas e as forças espirituais da maldade que estão nos
lugares celestiais. Satanás é mentiroso, pai da mentira, e é homicida; ele
odeia a humanidade e busca continuamente o seu mal convencendo-a com o engano
a transgredir os mandamentos de Deus (eis por que é chamado o espírito que
agora opera nos filhos da desobediência). |
Jesus Cristo, o Filho de Deus, mediante a sua morte destruiu Satanás; Ele triunfou sobre Satanás e sobre todos os seus ministros (os referidos seres espirituais) por meio da cruz. Por meio da fé no nome de Jesus Cristo, portanto, os homens podem ser libertados do poder de Satanás. |
Existem muitos homens e mulheres que estão possuídos por demónios, isto é, por espíritos maus. Estes espíritos maus induzem os possuídos a comportarem-se malvadamente tanto contra os seus próprios corpos como contra os outros seres humanos. Os demónios conferem a algumas pessoas poderes sobrenaturais para fazer-lhes realizar sinais e prodígios. Em nome de Jesus Cristo nós podemos expulsar os espíritos malignos. Os espíritos malignos sabem que quando são repreendidos e lhes é ordenado em nome de Jesus Cristo que saiam do corpo onde habitam, eles têm de obedecer. Há espíritos malignos que não saem senão mediante a oração e o jejum. |
Satanás nos tenta e nos combate para desviar-nos e fazer-nos renegar o Senhor Jesus Cristo. Para não cair vítimas das maquinações de Satanás, nós devemos vigiar e orar continuamente, sujeitar-nos a Deus e resistir a Satanás; se fizermos estas coisas, as maquinações de Satanás contra nós não terão sucesso. Nós não devemos ridicularizar Satanás. |
Satanás e todos os seres espirituais que estão ao seu serviço um dia serão lançados no fogo eterno, onde serão atormentados pela eternidade. |
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O homem foi criado
por Deus no sexto dia. Deus formou o homem do pó da terra, e soprou-lhe nas
narinas um fôlego de vida, e o homem tornou-se uma alma vivente. Deus fez o
homem à sua imagem e semelhança. Depois de Deus ter formado o homem (Adão),
fez-lhe uma mulher (Eva) usando-se de uma das costelas do homem, e lha deu
por companheira. Deus pôs o homem no Jardim do Éden que se encontrava no
Oriente, e no qual se encontravam toda a espécie de árvores agradáveis à
vista e cujo fruto era bom de comer, mas ordenou-lhe que não comesse do fruto
da árvore do conhecimento do bem e do mal porque no dia que fizesse isso
certamente morreria. Mas Adão desobedeceu a Deus e comeu daquele particular
fruto, e morreu espiritualmente precisamente naquele dia como Deus lhe tinha
dito. Com esta desobediência o pecado entrou no mundo e passou sobre todos os
homens, que são portanto pecadores, escravos de várias concupiscências e
deleites. Os homens são dados ao mal, e os desígnios do seu coração são maus
desde a sua meninice. Não há nenhum que faça o bem, nem sequer um; não há nem
sequer um que busque a Deus, não há temor de Deus diante dos seus olhos. Os homens estão pois debaixo da
condenação de Deus. Eles estão sobre o caminho que leva à perdição. |
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Os homens, sendo pecadores, são escravos do pecado (que é a transgressão da lei) e portanto necessitam ser salvos (ou libertados) dos seus pecados, que são como correntes invisíveis mas poderosas que os impedem de agradar a Deus. Os homens, sendo pecadores, estão mortos nos seus pecados e nas suas transgressões, e por isso necessitam ser regenerados espiritualmente para poderem ter comunhão com Deus. Os homens, sendo pecadores, são devedores para com Deus que está irado para com eles porque eles transgrediram a sua Palavra, e portanto eles necessitam que estas suas dívidas sejam canceladas para poderem ser reconciliados com Deus. Os homens, sendo pecadores, merecem ser punidos com o tormento eterno, e por isso necessitam ser justificados para poderem escapar ao tormento eterno, porque quando um é justificado recebe a vida eterna. |
A libertação da escravidão do pecado, a regeneração espiritual, o cancelamento das dívidas, e a justificação, podem ser experimentados pelos homens só através do arrependimento e da fé, ou seja, só se se arrependerem dos seus pecados e crerem que Jesus Cristo, o Filho de Deus, morreu pelos nossos pecados e ressuscitou ao terceiro dia para a nossa justificação. As boas obras, as renúncias, e as mortificações corporais não podem libertar o homem dos seus pecados, nem regenerá-lo, nem cancelar as suas dívidas, nem salvá-lo do tormento eterno, e nem reconciliá-lo com Deus. Se estas coisas pudessem salvar o homem, Cristo Jesus teria morrido inutilmente e a graça seria anulada pela lei das obras. E não somente isso, mas se fosse assim, o homem poderia gloriar-se diante de Deus dizendo ter merecido ou ganho a salvação. Nós pois pregamos que a salvação se obtém somente mediante a fé em Jesus Cristo sem as obras da lei. E exortamos portanto pequenos e grandes, sábios e ignorantes, Hebreus e Gentios, a arrependerem-se diante de Deus e a crerem no nosso Senhor Jesus Cristo fazendo obras dignas do arrependimento. |
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O homem está morto nos seus pecados e está sobre o caminho que leva à perdição, e por isso necessita ser regenerado espiritualmente para poder entrar no Reino de Deus. Esta regeneração espiritual é chamada novo nascimento. Jesus falou dela a Nicodemos, um dos principais dos Judeus, quando lhe disse que se alguém não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus. Ela se experimenta quando alguém se arrepende dos seus pecados e crê no Senhor Jesus Cristo, isto é, quando crê que Jesus é o Filho de Deus morto sobre a cruz pelos nossos pecados e ressuscitado ao terceiro dia para a nossa justificação. Aquele que é nascido de novo sente-se perdoado por Deus e reconciliado com Deus; ele está seguro de se ter tornado um filho de Deus porque o Espírito de Deus testifica com o seu espírito que ele é um filho de Deus; e está absolutamente certo de ter a vida eterna, pelo que não tem mais medo da morte sabendo que quando morrer ele partirá deste mundo e entrará no Paraíso de Deus no céu. Além disso ele sente que se tornou uma pessoa nova interiormente: com desejos e pensamentos novos. Esta transformação é notada claramente por quem sabe que tipo de pessoa era antes do seu novo nascimento. Ele sente que possui uma paz e uma alegria nunca conhecida antes; esta paz e esta alegria são o fruto do Espírito que Deus pôs no seu coração. Com o novo nascimento o homem entra a fazer parte do Corpo de Cristo, isto é, a Igreja de Deus, porque ele é baptizado pelo Espírito Santo no Corpo de Cristo; e tem início para ele uma vida abençoada por Deus, mas também uma vida cheia de aflições, através das quais a sua fé será posta à prova. Quem nasceu de novo portanto deve permanecer firme na fé, fortificando-se na graça que está em Cristo Jesus, para superar as várias provas e obter naquele dia a coroa da vida que o Senhor prometeu aos que o amam. |
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A EXPIAÇÃO FEITA POR CRISTO JESUS |
Jesus Cristo na plenitude dos tempos morreu sobre a cruz pelos nossos pecados, ele levou os nossos pecados em seu corpo sobre o madeiro da cruz para que os nossos pecados fossem perdoados e nós fôssemos reconciliados com Deus Pai mediante o seu precioso sangue. |
Jesus Cristo, pois, é a propiciação dos nossos pecados, mediante a fé no seu sangue obtivemos a remissão dos nossos pecados. O seu sacrifício expiatório tinha sido simbolizado pela lei de Moisés, de facto segundo a lei de Moisés os sacerdotes deviam oferecer sacrifícios pelos seus pecados e pelos do povo. Mas enquanto o sangue daqueles sacrifícios não podia tirar os pecados da consciência dos adoradores, o sangue de Cristo purifica a consciência do homem que se arrepende e crê em Jesus e por isso o aperfeiçoa quanto à consciência. |
É pois absolutamente necessário aceitar por fé o Seu sacrifício expiatório para ser salvo. Qualquer sacrifício pessoal, mortificação pessoal, qualquer boa obra, feita com o intento de adquirir a salvação ou merecer a salvação, é inútil, além de blasfema porque pretende substituir o sacrifício de Jesus Cristo e anula assim a graça de Deus sobre a qual se funda o Evangelho de Deus. Se a salvação fosse por obras, graça não seria mais graça. Mas agora nós proclamamos que a salvação se obtém por graça mediante a fé em Cristo Jesus, e não por obras justas. Todos aqueles que para a sua salvação se baseiam nas obras da lei estão debaixo da maldição da lei porque está escrito que todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da lei para fazê-las é maldito. Aqueles que, pelo contrário, creram no Senhor Jesus Cristo são benditos com o crente Abraão porque a sua fé lhes foi imputada como justiça (isto é, foram justificados por fé), e não têm nada de que se gloriar diante de Deus como não tinha nada de que se gloriar nosso pai Abraão. Eis por que anunciamos a pequenos e grandes que se arrependam dos seus pecados e creiam em Jesus Cristo, porque a salvação se obtém somente por fé e por isso por graça; pela fé no Evangelho que é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê. |
A verdadeira circuncisão não é a da carne, mas a do coração operada por Cristo Jesus no homem quando ele se arrepende e crê no Evangelho. Os verdadeiros circuncisos portanto somos nós, nós que oferecemos o nosso culto a Deus por meio do Espírito de Deus, que nos gloriamos em Cristo Jesus e não confiamos na carne. |
Mediante a morte de Jesus Cristo sobre a cruz nós fomos libertados do pecado sendo com Ele mortos para o pecado. O nosso velho homem foi crucificado com Cristo para que o corpo do pecado fosse desfeito. Isto porém não significa que nós agora estamos sem pecado ou que não pecámos, porque todos falhamos em muitas coisas. Todavia, se confessarmos os nossos pecados, Deus é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a iniquidade mediante o sangue de Cristo. |
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Jesus Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras; foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia para a nossa justificação, segundo as Escrituras; e depois de ter ressuscitado, Deus fez que Ele se manifestasse às testemunhas que tinham sido antes escolhidas por Deus. |
Este é o Evangelho, isto é, a Boa Notícia, que nós aceitámos por fé, no qual estamos firmes, mediante o qual estamos salvos e que nós pregamos aos homens conjurando-os em nome de Cristo a arrependerem-se e a crerem nele para serem salvos. Este é o Evangelho que importa crer para ser salvo e reconciliado com Deus, esta de facto é a palavra da nossa salvação que tanto Paulo como todos os outros apóstolos do Senhor (e todos os outros servidores de Cristo) anunciaram no primeiro século depois de Cristo e mediante o qual muitos Judeus e Gentios foram salvos dos seus pecados. |
Quem afirma que ele não está completo ou que não é suficiente para ser salvo porque Deus teria revelado depois da morte dos apóstolos a plenitude do Evangelho (que na substância é um outro Evangelho) a Fulano, ou a Sicrano, ou a Beltrano, é um enganador, um falador vão, um homem reprovado quanto à fé cujo fim é a perdição; é um filho da maldição. Ele é uma serpente venenosa e um lobo devorador de quem nos devemos guardar. Como nos devemos guardar também de todos aqueles que depois de terem iniciado pelo Espírito querem alcançar a perfeição com a carne, no sentido que depois de terem crido no Evangelho da graça começaram a judaizar e a obrigar os outros a judaizar, pelo que se puseram a impor a circuncisão, o sábado, as festas judaicas, e os preceitos das comidas escritos na lei de Moisés (para citar só algumas coisas), todas coisas que são a sombra de coisas que deviam acontecer porque a lei tem a sombra e não a realidade exacta das coisas. Estes anulam a graça de Deus e fazem vã a fé em Cristo, e por isso devem ser admoestados severamente. |
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A lei foi dada por meio de Moisés no monte Sinai. A lei foi dada para que o pecado abundasse e para dar ao homem o conhecimento do pecado e não a fim de justificar o homem; logo mediante as obras da lei o homem não pode ser justificado diante de Deus. Certamente existe uma justiça derivante da lei que diz que o homem que fizer estas coisas viverá por elas, e portanto é uma justiça que se baseia nas obras da lei; mas todos aqueles que se baseiam nas obras da lei são malditos porque está escrito que todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da lei para fazê-las é maldito. Agora, porém, independentemente da lei foi manifestada a justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos os crentes; pelo que todos aqueles que crêem no Senhor Jesus Cristo são justificados de todas as coisas das quais não puderam ser justificados pela lei de Moisés, e por isso eles têm paz com Deus. A justificação portanto se obtém somente por fé sem as obras da lei. Todos aqueles que pensam poder ser justificados mediante as obras da lei anulam a graça de Deus e declaram implicitamente que Cristo morreu inutilmente. Aqueles que pregam a observância da lei (ou mesmo só uma parte dela), como meio para ser justificado, querem que nós recaiamos debaixo da maldição da lei, de que fomos libertados mediante o sacrifício de Cristo, o qual fez-se maldição por nós para nos resgatar da maldição da lei. |
Logo, saibam tanto os Judeus como todos aqueles que embora não sendo Judeus de nascença pensam poder ser justificados pela lei de Moisés, que eles erram grandemente. Cristo é o fim da lei para ser justiça a todo aquele que crê. É pois mediante a lei da fé e não a lei das obras que se é justificado diante de Deus. E qual é esta lei da fé? Esta: Se com a tua boca confessares Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Visto que com o coração se crê para obter a justiça, e com a boca se faz confissão para ser salvo. Porque a Escritura diz: Todo aquele que nele crer não será confundido. Porquanto não há diferença entre Judeu e Grego; porque um mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam. Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Esta é a Boa Notícia da graça do bem-aventurado Deus. |
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Deus, depois de ter tirado os Hebreus da terra do Egipto, fez com eles um pacto no deserto do Sinai. Este pacto tinha normas para o culto e um santuário terreno que Moisés construiu por ordem de Deus segundo o modelo que lhe tinha sido mostrado no monte Sinai. O santuário estava dividido num lugar santo e num lugar santíssimo; no lugar santo podiam entrar todos os dias os sacerdotes levitas para cumprirem as suas funções, enquanto no lugar santíssimo podia entrar só uma vez por ano o Sumo Sacerdote e ele entrava ali com o sangue de alguns animais que ele oferecia ano após ano pelos seus pecados e pelos pecados do povo. Aquele santuário era pois simplesmente a sombra do verdadeiro santuário que está no céu e que não é feito por mãos de homens, e aqueles sacrifícios eram uma sombra do verdadeiro sacrifício que Cristo ofereceria na plenitude dos tempos. Eles eram uma sombra porque com aquele sangue os pecados dos adoradores nunca eram apagados da sua consciência. O Antigo Pacto se fundava pois sobre sacrifícios imperfeitos que não tinham o poder de purificar a consciência do homem das obras mortas e, de facto, a memória daqueles pecados nunca era apagada. Mas Deus através dos profetas prometeu que viria o dia em que faria com a casa de Israel e com a casa de Judá um Novo Pacto, não como aquele que Ele tinha feito com os seus pais quando os tinha tirado do Egipto, porque Ele teria misericórdia das suas iniquidades e não se lembraria mais dos seus pecados. Este Pacto ele o fez na plenitude dos tempos através de Jesus Cristo o Seu Filho, o qual mediante a oferta propiciatória do seu corpo nos santificou; em outras palavras, Jesus, mediante o Seu precioso sangue, purificou a nossa consciência das obras mortas que o sangue de bodes e bezerros não podiam tirar. Deus, em virtude do sangue de Jesus, teve misericórdia das nossas iniquidades e não se lembra mais dos nossos pecados. Jesus dedicou pois o Novo Pacto com o seu sangue que Ele derramou para a remissão dos nossos pecados. E com esse sangue entrou – no mesmo dia que os discípulos o viram ir para o céu - no santuário celestial, e não num santuário feito por mãos de homens como aquele em que entrava o sumo sacerdote uma vez por ano com sangue não seu, para comparecer diante de Deus por nós e para interceder sempre por nós. Em virtude desse sangue nós fomos pois reconciliados com Deus; é o sangue do Novo Pacto que Deus tinha predito que faria connosco. Disse pouco atrás que tanto o santuário terreno como os sacrifícios do Antigo Pacto eram sombras e não a realidade exacta das coisas, mas também o Sumo Sacerdote era uma sombra, na verdade, ele representava o Sumo Sacerdote dos bens futuros, isto é, Jesus Cristo. Era uma sombra porque também ele estava rodeado de fraqueza, e por esta causa ele era obrigado a oferecer sacrifícios pelos pecados tanto pelo povo como também por si mesmo; enquanto Jesus Cristo foi tentado em todas as coisas como nós porém sem pecar, pelo que Ele pôde carregar-se das nossas iniquidades e se oferecer a si mesmo pelos nossos pecados. O Sumo Sacerdote debaixo do Antigo Pacto era impedido pela morte de permanecer e portanto o sacerdócio não era perpétuo (era transmissível), enquanto Jesus Cristo porque permanece eternamente tem um sacerdócio perpétuo (que não se transmite), portanto pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles. Além disso todo o Sumo Sacerdote debaixo do Antigo Pacto foi feito tal sem juramento, enquanto Cristo foi feito Sumo Sacerdote com juramento por obra de Deus, e isto Deus o fez para mostrar mais abundantemente aos herdeiros da promessa a imutabilidade do seu conselho. |
O Novo Pacto é pois melhor do que o Antigo porque está fundado sobre melhores promessas. A glória do Novo Pacto é muito superior à glória do Antigo Pacto; o Antigo Pacto perto está de desaparecer, enquanto o Novo Pacto é um Pacto Eterno pelo sangue do qual Deus tornou a trazer dentre os mortos a nosso Senhor Jesus, o grande Pastor das ovelhas. A Ele seja a glória agora e eternamente. Amen. |
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Nós fomos predestinados por Deus antes da fundação do mundo a obter a salvação que está em Cristo Jesus. Pelo que nós nos arrependemos e cremos no Senhor Jesus Cristo porque a Seu tempo fomos feitos idóneos por Deus para nos arrependermos e crermos (isto é, porque Deus nos doou tanto o arrependimento como a fé), para que se cumprisse o Seu propósito, ou seja, o propósito de Deus segundo a eleição, que depende não das obras mas da vontade d`Aquele que chama. Não está escrito que Deus segundo a sua própria vontade nos gerou pela palavra da verdade, para que fôssemos como que primícias das suas criaturas, e que não fomos nós que escolhemos o Senhor mas foi o Senhor que nos escolheu a nós? Assim, pois, isto não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus, que tem misericórdia de quem quer. Mas Deus não só tem misericórdia de quem quer, como também endurece a quem quer. E quem são aqueles que Ele endurece? Eles são aqueles que Ele predestinou a irem para a perdição. |
Por isso existem vasos de misericórdia de antemão preparados por Deus para a glória, e vasos da ira preparados para a perdição. Entre estes vasos da ira está também o anticristo que deve vir, porque a Escritura diz que ele deve ir para a perdição. Não há injustiça alguma em Deus no agir desta maneira, porque Ele faz tudo aquilo que quer, e lhe é lícito fazer daquilo que possui o que quer. Quem pois ousará dizer-lhe: ‘Que fazes?’ ou ‘Tu cometeste maldade’? Não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para uso honroso e outro para uso desonroso? O propósito de Deus segundo a eleição é de fundamental importância para perceber o que significa ser salvo por graça, mas também para perceber por que nem todos os homens são salvos por Deus. |
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Nós Gentios de nascença, chamados os não circuncisos por aqueles que se dizem os circuncisos, porque tais são na carne pela mão dos homens, outrora estávamos sem Cristo, separados da comunidade de Israel e estranhos aos pactos da promessa, não tínhamos esperança e estávamos longe de Deus e sem Deus no mundo. Mas a Deus aprouve aproximar-nos d`Ele mediante a morte de Jesus Cristo. Com efeito, mediante a morte de Jesus Cristo aquela parede que nos separava de Deus e dos Judeus de nascença foi derrubada, porque Cristo na sua carne desfez a causa desta inimizade, isto é, a lei dos mandamentos contidos em ordenanças. Mediante a sua morte na cruz portanto Jesus nos reconciliou (Gentios e Judeus) com Deus em um só corpo. E tudo isto pela sua graça, mediante a fé em Cristo. Agora pois nós Gentios em Cristo somos herdeiros com os Judeus de nascença que estão em Cristo, membros com eles de um mesmo corpo, ou seja, da Igreja, e com eles participantes da promessa feita em Cristo Jesus mediante o Evangelho, isto é, da promessa da vida eterna. Não somos mais estranhos e forasteiros, mas somos concidadãos dos santos, e membros da família de Deus tendo sido edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, com Cristo Jesus que é a pedra angular deste edifício espiritual para servir de morada a Deus pelo Espírito. Este mistério esteve desde os séculos mais remotos oculto em Deus, mas na plenitude dos tempos foi manifestado aos santos de Deus, para que agora aos principados, e às potestades, nos lugares celestiais seja dada a conhecer por meio da Igreja a multiforme sabedoria de Deus. |
Tenhamos em mente
isto: que para que nós Gentios recebêssemos misericórdia de Deus e
entrássemos assim a fazer parte do Seu povo era necessário que a grande parte
dos Judeus desobedecessem a Deus; de maneira que nós alcançámos misericórdia
pela desobediência dos Judeus. Como sabemos, de facto nos dias de Jesus e nos
dias dos apóstolos a maior parte dos Judeus se recusou (e ainda a maior parte
deles se recusa) a aceitar Jesus como o Messias prometido, mostrando-se assim
desobedientes para com Deus. E então Deus, desgostoso desta sua desobediência,
fez pregar o Evangelho da graça também aos Gentios para trazer à obediência
da fé também eles e provocar ciúmes aos Judeus desobedientes através dos
Gentios crentes. Esta sua desobediência tinha sido predita por Deus através
dos seus antigos profetas, de facto Deus tinha de várias maneiras dito que
endureceria os Hebreus para fazê-los tropeçar na Palavra. Eles pois foram
predestinados a tropeçar; ao contrário, nós fomos predestinados a aceitar a
Palavra. O endurecimento parcial, portanto, que se produziu em Israel é obra
de Deus. Este endurecimento porém é temporário porque virá o dia em que Deus
terá misericórdia de todos os Judeus, isto acontecerá quando tiver entrado a
plenitude dos Gentios. Então Deus
desviará de Jacó as impiedades, e tirará os seus pecados. |
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Os Hebreus (ou Israelitas) são descendentes de Abraão, e são o povo que Deus pré-conheceu e a quem Deus revelou os seus oráculos e com quem Ele estabeleceu um pacto depois que os tirou da terra do Egipto. Eles porém atraíram a si muitas vezes a ira de Deus por causa da sua teimosia de coração. Na Bíblia isto se pode ver muito bem. No deserto quando iam de caminho para a terra de Canaã, e depois que entraram na terra prometida (durante o período dos Juízes), eles transgrediram os mandamentos de Deus e Deus os puniu pelas suas transgressões. Também depois que o Reino de Israel foi dividido em Reino de Judá e em Reino de Israel, o povo se rebelou muitas vezes a Deus dando-se à idolatria e a muitos outros pecados. Deus enviou-lhes os seus profetas para conjurá-los a abandonar as suas obrás más e a voltar à sua Palavra, mas eles não quiseram dar-lhe ouvidos, pelo que Deus os puniu enviando contra eles exércitos estrangeiros que mataram muitos, e levaram em cativeiro muitos (para a Assíria e a Babilónia). Mas Deus na sua misericórdia e na sua fidelidade não abandonou os Israelitas porque os fez voltar à terra prometida. Quando depois na plenitude dos tempos Deus enviou a Israel Jesus, o Messias, a fim de salvar o seu povo dos seus pecados, os Judeus (ou melhor, a maior parte dos Judeus) não o reconheceram como o Messias prometido por Deus através dos antigos profetas, e o mataram através dos Romanos, que naquele tempo dominavam a sua nação. O povo de Israel e os Gentios fizeram todas as coisas que a mão de Deus e o Seu conselho tinham de antemão determinado que acontecessem. Só um pequeno número de Hebreus aceitaram Jesus de Nazaré como o Messias de quem tinham falado Moisés na lei e os profetas. Ainda hoje a maior parte dos Hebreus que vivem em Israel (e também fora de Israel) não crêem que Jesus de Nazaré seja o Messias; só um pequeno número de Hebreus crê que Jesus é o Messias, eles são o remanescente segundo a eleição da graça que Deus preordenou para vida eterna; os outros Hebreus foram endurecidos por Deus para que tropecem na pedra de tropeço. Este endurecimento parcial porém um dia acabará, porque o apóstolo Paulo afirma que em Israel se produziu um endurecimento parcial até que haja entrado a plenitude dos Gentios, e assim todo o Israel será salvo. Deus pois, embora tenha endurecido muitos Hebreus, não rejeitou o povo que pré-conheceu. Eles, quanto ao evangelho, são inimigos por causa de nós; mas, quanto à eleição, amados por causa dos seus pais, porque os dons e a vocação de Deus são sem arrependimento. |
Guardemo-nos pois de dizer: ‘Deus rejeitou
Israel’. E não nos ensoberbeçamos em relação aos Hebreus desobedientes.
Lembremo-nos das seguintes coisas: primeiro, nós Gentios de nascença outrora
estávamos separados da comunidade de Israel e estranhos aos pactos da
promessa; segundo, nós fomos enxertados contra a natureza na oliveira
legítima mediante a fé em Cristo pela misericórdia de Deus, que quis
salvar-nos; terceiro, a raiz desta oliveira é hebraica. Certo, desta oliveira
legítima foram quebrados ramos por causa da sua incredulidade, e nós fomos
enxertados nela mediante a nossa fé, mas cuidemos de nós mesmos porque se nós
não perseverarmos na benignidade de Deus também nós seremos cortados. |
Rejeitamos o Anglo-Israelismo. |
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Nós que cremos no Senhor Jesus Cristo fomos santificados mediante o Espírito Santo de Deus, eis por que a Escritura nos chama ‘os santos’. Por isso como convém a santos nós devemos santificar-nos no temor de Deus, odiando e evitando o mal e apegando-nos ao bem. Em outras palavras, como já no passado nós apresentámos os nossos membros ao serviço da impureza e da iniquidade para cometer a iniquidade, agora nós devemos apresentar os nossos membros ao serviço da justiça para a nossa santificação. E dado que vivemos no meio de uma geração corrupta e perversa, que ao mal chama bem, e ao bem mal, devemos cuidar de nós mesmos e examinar todas as coisas para ver o que é agradável ao Senhor e o que não Lhe é agradável. Devemos examinar todas as coisas mediante a Escritura; o Espírito de Deus, que habita nos nossos corações, nos guia em toda a verdade. |
Como Aquele que nos chamou à sua eterna glória é santo, também nós devemos ser santos em toda a nossa conduta. Devemos portanto abster-nos das concupiscências carnais e das concupiscências mundanas deste século mau. A fornicação, as impurezas, as glutonarias, as bebedices, a luxúria, a inveja, as lascívias, a feitiçaria, os ciúmes, a cobiça (que é idolatria), a malignidade, as inimizades, os homicídios, as dissensões, as iras, as contendas, as divisões, as seitas, a maledicência, e coisas semelhantes a estas, são todas obras da carne de que nós nos devemos abster (não devemos misturar-nos com aquele que, dizendo-se irmão, for um fornicador, ou um avarento, ou um idólatra, ou um maldizente, ou um beberrão ou um roubador; com um tal não devemos nem sequer comer). Todos aqueles que vivem segundo a carne, embora vivos, estão mortos e ceifarão da carne corrupção. Ir ao cinema, ao teatro, ao circo, aos parques de diversão, ir à praia pôr-se meio nu para bronzear-se ou banhar-se, ir ver a partida de futebol (como também a partida de basquetebol, de baseball, etc.), ouvir música mundana, ver a televisão, vestir-se indecentemente ou com vestes luxuosas, para citar só algumas das concupiscências deste mundo, são todas coisas que não se adequam aos santos, pelo que pomos os crentes de sobreaviso contra elas (pelo que respeita à televisão exortamos os santos a não comprá-la e a não pô-la em sua casa). A amizade do mundo é inimizade contra Deus. |
Nós devemos ser humildes, bons, mansos, justos, misericordiosos, longânimos para com todos, temperados em todas as coisas, hospitaleiros uns para com os outros, cheios de amor fraterno (Jesus disse que nisto reconhecerão todos que somos seus discípulos, se tivermos amor uns aos outros), prontos a confessar as nossas culpas uns aos outros e prontos a perdoar como Cristo nos perdoou a nós, e prontos para fazer toda a boa obra quando se apresenta a oportunidade. |
Sem a santificação ninguém verá o Senhor. Os fornicadores, os adúlteros, os homossexuais, os efeminados, os ladrões, os avarentos, os bêbados, os maldizentes, os roubadores, os idólatras, os mentirosos, os homicidas, os feiticeiros, os cobardes, os abomináveis, e os injustos, não herdarão o reino de Deus. |
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AS
DECISÕES TOMADAS PELOS APÓSTOLOS E PELOS ANCIÃOS EM JERUSALÉM |
Por volta de
meados do primeiro século depois de Cristo, os apóstolos e os anciãos se
reuniram em Jerusalém para discutir uma importante questão, isto é, se
reuniram para decidir se se devia ordenar aos Gentios (que tinham crido em
Jesus Cristo) que se circuncidassem e observassem a lei de Moisés. Eles
deliberaram que aos Gentios não se devia impor mais encargo algum senão estas
coisas necessárias, a saber, que deviam abster-se das coisas sacrificadas aos
ídolos, do sangue, da carne sufocada e da fornicação. Nós Gentios em Cristo Jesus estamos pois
obrigados a observar essas decisões tomadas pelos apóstolos e pelos anciãos
em Jerusalém. Portanto devemos abster-nos da fornicação (relação sexual com
alguém que não seja a própria mulher ou o próprio marido), das carnes
daqueles animais que foram sufocados ou estrangulados, das carnes ou coisas
que os pagãos oferecem aos seus ídolos, e do sangue e de qualquer alimento à
base de sangue. |
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Nós Cristãos, sendo pessoas que se arrependeram e creram no Senhor Jesus Cristo, devemos fazer obras dignas do arrependimento. Estas obras são chamadas boas obras e foram de antemão preparadas por Deus para que nós as pratiquemos. Cristo se deu a si mesmo por nós para purificar para si um povo seu especial zeloso nas boas obras. A fé sem as obras está morta, da mesma maneira que está morto o corpo sem o espírito. As boas obras devem seguir a fé; através delas nós confirmamos abertamente a nossa profissão de fé, honramos o Evangelho e induzimos os homens a glorificar a Deus pela nossa obediência ao Evangelho. Por toda a boa obra que nós fazemos há uma recompensa da parte de Deus, porque Deus é justo. |
Somos chamados a fazer o bem a todos, mas especialmente aos da família dos crentes. Devemos lembrar-nos dos pobres dentre os santos e visitar as viúvas e os órfãos nas suas aflições. Quem sabe fazer o bem e não o faz comete pecado. |
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Jesus Cristo, o
nosso Senhor e Salvador, disse que se a Ele o perseguiram também nos
perseguirão a nós seus discípulos. Nós fomos pois chamados a sofrer por amor do seu nome. Em outras
palavras, nós fomos chamados a participar nos sofrimentos de Cristo. Mas nós
não nos envergonhamos de sofrer como Cristãos, mas glorificamos a Deus tendo
este nome. Estamos plenamente persuadidos que os sofrimentos deste tempo
presente não se podem comparar com a glória que em nós há-de ser manifestada
no dia de Cristo. Por isso nós suportamos com paciência os nossos
sofrimentos, e recomendamos as nossas almas ao nosso fiel Criador fazendo o
bem, porque quando Cristo for manifestado então também nós seremos com Ele
manifestados em glória e nos regozijaremos e exultaremos; enquanto aqueles
que nos afligem serão pagos com aflição. |
Os sofrimentos são úteis porque a aflição produz
paciência, a paciência experiência e a experiência esperança. Eis por que nós
consideramos motivo de grande gozo as várias provas em que nos venhamos a
encontrar por amor do Senhor. Nós devemos entrar no Reino de Deus através de
muitas tribulações. |
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A Escritura afirma que quem poupa a vara odeia o seu filho, mas quem o ama, a seu tempo o corrige. Se pois um pai terreno corrige os seus filhos pelo amor que nutre por eles, quanto mais o nosso Pai celestial, que no Seu grande amor não poupou o seu próprio Filho mas o deu por todos nós, nos corrigirá a nós! Se Deus nos poupasse a correcção, de que nós todos necessitamos, Ele não seria um bom pai mas um mau pai. Deus pois nos corrige executando os Seus juízos sobre nós, e o faz para proveito nosso, para que sejamos participantes da Sua santidade e não sejamos condenados com o mundo. Guardemo-nos pois de desprezar a disciplina do Senhor. |
Deus executa os Seus juízos também sobre os de
fora. Ele é um juiz justo que se ira todos os dias. Os seus juízos se exercem
sobre toda a terra. |
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Um crente pode cair da graça e ir para a perdição. Deus diz de facto que os que uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e foram feitos participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus, e os poderes do mundo vindouro, se caírem – isto é, se renegarem o Senhor, tendo por profano o sangue do pacto com o qual foram santificados e ultrajando o Espírito da graça -, é impossível outra vez levá-los a arrependimento porque crucificam de novo por sua conta o Filho de Deus e o expõem ao vitupério; e Ele diz também que o justo viverá por fé, mas se ele recuar a Sua alma não tem prazer nele. |
Procuremos pois perseverar na fé até ao fim e não lançar fora a nossa confiança que tem uma grande recompensa, e santificar-nos no temor de Deus abstendo-nos de toda a espécie de mal e fazendo toda a boa obra para a glória de Deus. Desta maneira nós faremos firme a nossa vocação e eleição, nunca jamais tropeçaremos, e nos será amplamente concedida a entrada no reino eterno do nosso Senhor Jesus Cristo. |
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A Igreja é a Assembleia dos resgatados, isto é, a assembleia de todos aqueles que foram resgatados do poder das trevas e transportados para o Reino do Filho de Deus, no qual eles têm a redenção mediante o sangue de Cristo, a remissão dos seus pecados segundo as riquezas da sua graça. Todos aqueles que fazem parte dela estão pois seguros de terem sido salvos dos seus pecados e da perdição eterna. Se entra a fazer parte da Igreja de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, que amou a Igreja e se deu a si mesmo por ela a fim de santificá-la depois de tê-la purificado com a lavagem da água mediante a Palavra a fim de fazê-la comparecer ele mesmo diante de si gloriosa, sem mancha, sem ruga ou coisa alguma semelhante, mas santa e irrepreensível. A Igreja é o Corpo de Cristo e todo o crente é um membro dele; os crentes porém têm dons diferentes segundo a graça que lhes foi dada. O cabeça (ou chefe) da Igreja é Jesus Cristo. |
A Igreja local deve ser conduzida por um pastor e por anciãos (ou bispos) auxiliados por diáconos. Quem deseja tornar-se ancião deve ser irrepreensível, marido de uma só mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar, não dado ao vinho, não espancador, moderado, não contencioso, não avarento, deve governar bem a sua própria casa, ter os seus filhos em sujeição, com toda a reverência (porque, se alguém não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de Deus?), não deve ser neófito, para que, ensoberbecendo-se, não caia na condenação do diabo. Convém também que tenha bom testemunho dos de fora, para que não caia em afronta, e no laço do diabo. Quem deseja tornar-se diácono deve ser honesto, não de língua dobre, não dado a muito vinho, não cobiçoso de torpe ganância; um homem que guarde o mistério da fé numa pura consciência. Tanto o candidato ao ofício de bispo como o candidato ao ofício de diácono devem ser primeiro provados, e depois assumidos no ofício se forem irrepreensíveis. O pastor e os anciãos têm o dever de apascentar as ovelhas do Senhor (alimentando-as espiritualmente, vigiando-as, consolando-as e admoestando-as) não por força mas voluntariamente segundo a vontade de Deus, não por torpe ganância, mas de boa vontade, e não senhoreando-as mas servindo-lhes de exemplo. Os diáconos devem auxiliar o pastor e os anciãos. Aqueles que são instruídos na Palavra têm a obrigação de repartir de todos os seus bens com aqueles que os instruem. Eles são dignos disso, de facto o Senhor mandou que os que anunciam o Evangelho devem viver do Evangelho. Ninguém é soldado à sua custa, e quem apascenta um rebanho tem o direito de alimentar-se do leite do rebanho. Os condutores devem ser obedecidos, amados e tidos em grande estima por causa da sua obra. Não se deve receber acusação contra um ancião, senão com duas ou três testemunhas. |
Quando a Igreja se reúne, o culto do Senhor se deve desenrolar numa atmosfera permeada pelo temor de Deus e portanto de maneira ordenada. Por isso a pregação, o ensino, as orações, os cânticos (que podem ser acompanhados por instrumentos musicais), os testemunhos, e o exercício dos dons espirituais, devem ser guiados por um santo temor de Deus. Não devem ser permitidas frivolidades, nem anedotas e nem chocarrices. Como também não devem ser permitidos e tolerados os seguintes comportamentos indecorosos: mulheres que ensinam, o chamado ‘riso santo’, emissões de sons de animais, pregadores que empurram as pessoas para que caiam por terra, pregadores que sopram sobre as pessoas, qualquer forma de sugestão exercida sobre os crentes para que falem em línguas, cenas teatrais, e qualquer outra coisa que possa entristecer o Espírito Santo com o qual fomos selados. Os crentes são chamados a terem todos um mesmo falar, a não terem divisões entre eles, mas a estarem perfeitamente unidos num mesmo pensamento e num mesmo parecer. Eles devem viver em paz entre eles, admoestar os desordenados, consolar os desanimados, e sustentar os fracos. Não devem ser toleradas invejas nem contendas. Os crentes se devem saudar com um santo ósculo. |
A Igreja se deve aplicar a fim de espalhar no mundo o Evangelho da graça de Deus. A difusão do Evangelho deve ser porém feita não por inveja ou contenda, mas de boa mente. Além disso o Evangelho não deve ser difundido com o apoio de meios impróprios, como por exemplo as cenas teatrais e a música rock, que são usados por alguns para atrair as pessoas. A pregação do Evangelho deve ser feita com poder, com o Espírito Santo e com plena convicção. Aos homens deve ser dito com muita clareza que devem arrepender-se dos seus pecados e crer no Senhor Jesus Cristo – isto é, que Ele morreu pelos nossos pecados e ressuscitou para a nossa justificação - para obterem a remissão dos seus pecados e serem salvos, e que se recusarem arrepender-se e crer no Senhor Jesus Cristo quando morrerem descerão para o Hades (o inferno), e depois na ressurreição dos injustos serão lançados no fogo eterno. A Igreja deve desejar e esperar que o Senhor confirme o Evangelho com sinais e prodígios. |
A Igreja local é autónoma e deve permanecer tal, portanto não deve unir-se a outras Igrejas para formar uma denominação com um Presidente, um Secretário, um Tesoureiro, um Conselho Geral, um Estatuto, etc, etc. Uma tal forma de organização eclesiástica não é bíblica e portanto deve ser rejeitada. A Igreja não deve aliar-se com o Estado ou buscar dele privilégios, porque a Escritura ensina que a Igreja primitiva estava separada do Estado. A história da Igreja nos ensina que todas as vezes que a Igreja se aliou com o Estado, para ter dele privilégios, ela se corrompeu, tornou-se arrogante e pisou parte do conselho de Deus. |
No meio da Igreja há operadores de escândalos que desprezam as palavras do nosso Senhor Jesus Cristo e as dos santos apóstolos. Estes são nódoas e vergonhas, servem o seu ventre e não o nosso Senhor, inclinam-se para as coisas da carne, são arrogantes e atrevidos, e com suaves palavras e lisonjas enganam os corações dos simples. Estes ensinam o que não convém, por torpe ganância. Por causa destes operadores de escândalos o caminho da verdade é difamado. Exortamos os santos a notar estes, a desmascarar as suas obras más e as suas mentiras, e a desviar-se destes. Os crentes devem tirar o iníquo do meio deles. |
O local de culto não é a casa de Deus, porque segundo a Escritura a casa de Deus é a Igreja do Deus vivo. |
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Jesus Cristo, antes de ser assunto ao céu à direita do Pai, mandou aos apóstolos ir e fazer discípulos de todas as nações, baptizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Quem crê no Evangelho da graça de Deus deve pois ser logo baptizado na água – com uma só imersão - em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. O baptismo na água é um acto exterior que testifica que no crente ocorreu o novo nascimento: a sua imersão representa o sepultamento do velho homem, enquanto a sua saída da água representa a sua ressurreição com Cristo. Nós fomos pois com Cristo sepultados pelo baptismo na sua morte, para que como Cristo ressuscitou dentre os mortos pela glória do Pai, assim também nós andássemos em novidade de vida. O baptismo na água é o pedido de uma boa consciência feito a Deus. |
O baptismo portanto, dado que segue o acto de crer, não perdoa os pecados e não regenera o homem; e além disso, dado que deve seguir o acto de crer, não pode ser administrado a bebés. |
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A Ceia do Senhor consiste num rito durante o qual nós comemos do pão e bebemos do fruto da videira para anunciar a morte do Senhor Jesus Cristo até que Ele venha. O pão representa o corpo de Cristo, enquanto o fruto da videira representa o seu sangue. O pão que nós partimos é a comunhão com o corpo de Cristo, o cálice que nós abençoamos é a comunhão com o sangue de Cristo. Rejeitamos a transubstanciação e a consubstanciação. Este rito foi instituído por Cristo Jesus na noite em que foi traído enquanto ceava com os seus doze apóstolos. Antes de nos aproximarmos do pão e do cálice do Senhor devemos nos examinar a nós mesmos para não atrair sobre nós o juízo de Deus. Sim, porque aqueles que comem o pão ou bebem do cálice do Senhor indignamente são feridos por Deus com a doença ou com a morte. |
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O baptismo com o Espírito Santo é um baptismo administrado por Jesus Cristo aos que crêem no seu nome. Mediante este baptismo o Cristão é revestido de poder do alto exactamente como o foram os primeiros discípulos do Senhor quando – poucos dias depois que Jesus foi assunto ao céu - foram baptizados com o Espírito Santo na cidade de Jerusalém no dia de Pentecostes. Quando ele é baptizado com o Espírito Santo ele é cheio de Espírito Santo e começa a falar em outra língua conforme o Espírito lhe concede que fale, exactamente como aconteceu aos primeiros discípulos no dia de Pentecostes. O falar em línguas é pois o sinal exterior testificador que um Cristão foi baptizado com o Espírito Santo ou cheio de Espírito Santo. |
O baptismo com o Espírito Santo é uma experiência posterior à salvação dos pecados e à regeneração ou novo nascimento (que se experimentam quando alguém se arrepende e crê no Senhor Jesus Cristo). Portanto através deste baptismo não se é salvo, e nem regenerado, mas simplesmente revestido de poder e feito idóneo para orar e bendizer a Deus em outra língua, porque isto faz quem fala em outra língua. Quando a Escritura diz que o Espírito Santo intercede pelos santos segundo Deus, se refere ao orar em outra língua que o crente faz mediante o Espírito Santo. Um Cristão pode receber o baptismo com o Espírito Santo quer enquanto está orando, quer enquanto não está orando, e quer mediante a imposição das mãos, quer sem a imposição das mãos. |
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O Senhor Jesus
Cristo deu uns, como apóstolos; outros, como profetas; outros, como evangelistas;
outros, como pastores e doutores, para o aperfeiçoamento dos santos, para a
obra do ministério, para a edificação do corpo de Cristo, até que todos
cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, ao estado
de homens feitos, à altura da estatura perfeita de Cristo; para que não
sejamos mais meninos, inconstantes e levados em roda por todo o vento de
doutrina, pela fraudulência dos homens, pela sua astúcia tendente à
maquinação do erro; mas que, seguindo a verdade em amor, nós cresçamos em
todas as coisas para com aquele que é a cabeça, isto é, Cristo. Quem recebeu
um qualquer destes ministérios deve fazê-lo valer ao serviço dos outros, e
não usá-lo para seus interesses pessoais. Ele é um despenseiro dos mistérios de Deus e dele se requer que seja
encontrado fiel. |
O apóstolo é aquele que é enviado por Deus para
pregar o Evangelho a um povo (ou em regiões ainda não evangelizadas) e que
funda Igrejas; o profeta é aquele que recebeu o dom de profecia e dons de
revelação (quando os santos se reúnem, falem dois ou três profetas, e os
outros julguem; e se a outro, que estiver sentado, for revelada alguma coisa,
cale-se o primeiro); o evangelista é aquele que vai de cidade em cidade para
pregar o Evangelho; o pastor é aquele que foi chamado por Deus para pastorear
a Igreja local, e o doutor é aquele que tem um conhecimento muito profundo da
Palavra de Deus (pelo que conhece bem as doutrinas bíblicas), e tem uma
notável capacidade de ensinar a Palavra de Deus e de confutar as falsas doutrinas. |
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O Espírito Santo
distribui os seus dons a cada um como Ele quer. Estes dons são os seguintes:
palavra de sabedoria; palavra de ciência; fé; dons de curar; poder de operar
milagres; profecia; o discernimento dos espíritos; diversidade de línguas, e
a interpretação das línguas. Também estes dons, como os de ministério, são
dados para a edificação do Corpo de Cristo e para o aperfeiçoamento dos santos.
E também estes dons devem, da
parte de quem os recebeu, ser postos ao serviço dos outros. |
A palavra de sabedoria é a revelação de um evento futuro (este dom não se manifesta só predizendo eventos futuros mas também dando aquelas ordens divinas cuja execução fará que aqueles eventos se verifiquem); a palavra de ciência é a revelação de um facto que já aconteceu ou que está acontecendo; o dom da fé consiste numa fé especial através da qual o crente é feito idóneo para realizar prodígios; os dons de curar permitem curar os doentes; o dom de poder de operar milagres permite realizar milagres; o dom de profecia permite dirigir aos homens uma linguagem de edificação, de consolação e de exortação (quando os santos se reúnem, todos aqueles que têm o dom de profecia podem profetizar cada um por sua vez para que todos aprendam e todos sejam consolados); o dom do discernimento dos espíritos permite discernir os espíritos malignos de modo a desmascarar as suas obras diabólicas e expulsá-los em nome de Jesus Cristo; o dom da diversidade das línguas é a capacidade sobrenatural de falar várias línguas estrangeiras e o dom da interpretação das línguas é a capacidade de interpretar o que foi dito em outra língua a Deus. Sim, porque quem fala em outra língua se dirige a Deus orando-lhe, dando-lhe graças e bendizendo-o ou falando das grandezas de Deus. Quando os santos se reúnem, se há quem fala em outra língua, sejam dois, ou quando muito três a fazê-lo; e cada um por sua vez, e haja alguém que interprete. Mas, se não houver intérprete, estejam calados na igreja, e falem para si mesmos, e para Deus. Nós devemos desejar ardentemente os dons espirituais. |
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Deus fala aos
homens mediante visões e sonhos, ou somente mediante uma voz (neste caso
portanto sem o auxílio nem de uma visão nem de um sonho). Quando Ele fala aos
incrédulos o faz para levá-los a Cristo Jesus, ou seja, para salvá-los dos
seus pecados e da perdição eterna. Quando Ele fala aos santos o faz para
encorajá-los, confortá-los, repreendê-los, instruí-los, adverti-los. Deus
pode fazer conhecer aos santos um evento que ainda deve acontecer, um evento
oculto já ocorrido, a verdadeira identidade de uma pessoa, e pode dizer-lhes
para irem a um certo lugar ou para fazerem uma determinada coisa. Deus pode também revelar a presença de
espíritos malignos numa pessoa ou num lugar. |
Deus não pode mentir e portanto não pode revelar
um evento futuro que depois não acontece ou um evento que não aconteceu. No
caso portanto de uma predição de um evento futuro, se ela não se cumprir quem
fez a predição a fez por presunção; e no caso de alguém dizer que o Senhor
lhe revelou um evento já ocorrido, se esse facto não aconteceu quer dizer que
quem falou mentiu. Deus não pode revelar doutrinas que anulam a Sagrada
Escritura, como não pode revelar um outro Evangelho, ou um presumido
‘Evangelho completo’ ou uma presumida ‘plenitude do Evangelho’ como se o
Evangelho que está escrito na Bíblia estivesse incompleto. Todas as visões,
todos os sonhos, todas as revelações que resultam ser presunçosas, mentirosas
e contrárias ao ensinamento da Escritura devem ser rejeitadas sem hesitação. |
Deus às vezes também nos guia mediante visões,
sonhos e revelações. Disse ‘às vezes’ porque nem sempre Deus se usa destes
meios para nos fazer ir a um lugar, ou mandar fazer algo de particular, ou
fazer-nos encontrar alguém. Na maior parte das situações Deus nos guia
mediante as Escrituras, os impulsos que o Espírito de Deus nos dá
internamente numa direcção ou noutra, e mediante as circunstâncias que Ele
cria e muda segundo o conselho da Sua vontade. |
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Deus cura, realiza
milagres e faz sinais e prodígios. Os doentes, pois, podem ser curados
mediante a sua fé em Jesus Cristo, os cegos recuperar a vista, os surdos
ouvir, os mudos falar, os coxos andar. Os mortos podem ser ressuscitados em nome de Jesus Cristo. Os demónios podem
ser repreendidos e expulsos em nome de Jesus Cristo (é pela ajuda do Espírito
de Deus que os demónios são expulsos). Mediante a fé em Cristo podem ser
feitos outros sinais portentosos diferentes dos recém-citados. |
Mediante as curas, os milagres, e os sinais e os
prodígios feitos em nome do Senhor Jesus Cristo, pelo poder do Espírito Santo
de Deus, o Evangelho é confirmado, os santos encorajados e confortados, e os
incrédulos (uma parte e não todos) são trazidos à obediência da fé. |
Alguns pregadores que realizam curas, expulsam os demónios e fazem sinais e prodígios em nome de Jesus Cristo, não vivem uma vida sóbria, justa e pia, porque são maus obreiros. Deles devemos guardar-nos e desviar-nos. |
Todos os sinais e prodígios operados pelos magos e pelas feiticeiras, e por qualquer outro ministro do diabo, devem ser rejeitados e desmascarados porque são obras do diabo. |
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Nós devemos orar a
Deus Pai pelos nossos irmãos para que Ele os fortifique, os console, os confirme
em toda a boa obra e em toda a boa palavra, para que eles sejam cheios do
profundo conhecimento da Sua vontade em toda a sabedoria e inteligência
espiritual e dêem fruto em toda a boa obra para a glória de Deus, e para que
Deus os livre do maligno e os cure; para citar só algumas das coisas que
devemos pedir a Deus nas nossas orações que fazemos por eles. Nas nossas
orações devemos lembrar-nos dos nossos irmãos que estão na prisão e são
perseguidos por causa do Evangelho. Devemos também orar para que Deus mande
obreiros para a sua seara. Por aqueles obreiros que já estão na seara devemos
orar para que Deus lhes abra uma porta para a Palavra, que Ele lhes conceda
anunciar o Evangelho com toda a franqueza, estendendo a Sua mão para curar, e
para que se façam sinais e prodígios em nome de Jesus Cristo; e para que Deus
os livre dos homens maus e dissolutos. Devemos também orar pelos incrédulos, sejam eles Judeus ou Gentios, para
que Deus os salve. Devemos orar por todos aqueles que estão em autoridade para
que Deus os salve, os ajude, os abençoe, e os proteja. E não nos esqueçamos
de agradecer a Deus por todo o bem que nós recebemos através das
autoridades. |
Nós devemos orar também por nós mesmos, pedindo a Deus tanto coisas espirituais como materiais. Não devemos estar ansiosos por coisa alguma, antes as nossas petições devem ser em tudo conhecidas diante de Deus pela oração e súplica, com acção de graças. O nosso Deus ouve a oração dos justos. Na angústia e na necessidade devemos invocar Deus, que prometeu atender-nos. A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos. A oração deve ser feita em nome de Jesus Cristo. Se nós orarmos a Deus com fé (ou crendo), se observarmos os Seus mandamentos e se o que pedirmos for segundo a Sua vontade, Ele nos atende. É bom orar de joelhos; é uma posição muito apropriada porque exprime humildade. Os ouvidos de Deus porém estão atentos às nossas súplicas também quando oramos sentados ou de pé. É lícito orar e jejuar. Não devemos cessar de orar. |
É bom acompanhar as nossas orações, tanto as feitas em privado como as feitas em público, com acções de graças dirigidas a Deus em nome de Jesus Cristo. Que os homens levantem mãos santas durante a oração, sem ira nem contenda. A mulher deve orar com a cabeça coberta por um véu porque ela é a glória do homem; ela deve cobrir a cabeça por causa dos anjos, o véu é o sinal da autoridade da qual ela depende (toda a mulher que ora ou profetiza com a cabeça descoberta desonra o homem, que é o cabeça da mulher). O homem, pelo contrário, deve orar com a cabeça descoberta, porque ele é a imagem e glória de Deus (todo o homem que ora ou profetiza com a sua cabeça coberta desonra o seu cabeça, que é Cristo). Nós não sabemos orar como convém, mas o Espírito intercede ele mesmo por nós com gemidos inexprimíveis, e Aquele que examina os corações sabe qual é a intenção do Espírito porque Ele intercede pelos santos segundo Deus. Isto acontece quando alguém ora em outra língua. |
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A imposição das mãos é um acto através do qual se põem as mãos em nome de Jesus Cristo sobre uma pessoa para que seja curada de uma doença, ou seja cheia de Espírito Santo, ou seja consagrada para exercer o ofício de bispo ou o de diácono, ou seja recomendada à graça do Senhor para uma certa obra a que o Senhor a chamou. Tanto Jesus como os apóstolos praticaram a imposição das mãos. Ela não deve ser feita com precipitação. |
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Deus tomou do homem uma costela e com ela fez a mulher, e a levou ao homem e disse que o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher e serão os dois uma só carne. Portanto o matrimónio foi estabelecido por Deus. |
Um Cristão deve casar com uma Cristã e não com uma incrédula, porque não nos é permitido prendermo-nos a um jugo desigual com os infiéis; não há nenhuma comunhão entre a luz e as trevas. |
O marido deve amar a mulher como Cristo amou a Igreja e se deu a si mesmo por ela a fim de santificá-la e de fazê-la comparecer diante de si gloriosa, santa e irrepreensível. O marido deve viver com sua mulher com a discrição devida ao vaso mais fraco que é o feminino e dando-lhe honra; em caso contrário as suas orações serão impedidas. A mulher deve estar sujeita a seu marido em todas as coisas, como a Igreja está sujeita a Cristo, e respeitá-lo, portanto não lhe é permitido usar de autoridade sobre seu marido. |
Marido e mulher devem procriar, e aceitar da mão de Deus quantos filhos Ele decidiu dar-lhes, portanto eles não devem impedir a concepção. O fruto do ventre materno é um galardão. O aborto é um homicídio, portanto o rejeitamos. Somos contra a procriação medicamente assistida porque se trata de uma procriação inatural. |
Os filhos devem ser criados na disciplina e admoestação do Senhor, e não devem ser provocados à ira para que não percam o ânimo. Os filhos devem obedecer em tudo aos seus pais porque isto agrada a Deus. |
Marido e mulher estão, pela lei, vinculados um ao outro enquanto os dois forem vivos, pelo que o vínculo matrimonial é dissolvido só com a morte. Se a mulher cometer fornicação, o marido pode repudiá-la mas não pode passar a novas núpcias. Todo aquele que repudia a sua mulher e passa a novas núpcias comete adultério. (Se um marido crente é abandonado pela mulher não crente porque esta não consente mais em habitar com ele, e ele passa a novas núpcias, ele comete adultério). Se uma mulher casada for de outro homem, enquanto viver o marido, ela comete adultério. Se o divórcio e as segundas núpcias ocorreram antes da conversão, então os dois devem ficar no estado em que estavam quando o Senhor os chamou. Alguém que se divorciou e recasou antes de converter-se ao Senhor não pode ser pastor nem ancião e nem ainda diácono. |
As viúvas e os viúvos são livres de se casar. A
viúva deve ser inscrita no catálogo quando não tenha menos de sessenta anos:
quando tenha sido mulher de um só marido, quando seja conhecida pelas suas
boas obras: por ter criado filhos, exercitado a hospitalidade, lavado os pés
aos santos, socorrido os aflitos, concorrido para toda a boa obra. |
O matrimónio deve ser honrado por todos, e
o leito conjugal deve permanecer imaculado porque Deus julgará os
fornicadores e os adúlteros. |
O homem pode permanecer solteiro se recebeu do Senhor este dom. Mas se não recebeu este dom, case-se, porque é melhor casar do que abrasar-se. O celibato não deve ser imposto a ninguém, deve ser uma livre escolha. Quem dá a sua filha em casamento faz bem, e quem não a dá em casamento faz melhor. Todo aquele que proíbe o matrimónio ensina uma doutrina de demónios. |
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Deus fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomando-lhe uma costela formou com esta última uma mulher e a levou ao homem. Portanto a mulher foi feita para o homem. A mulher porém foi seduzida pela serpente, de facto ela com o engano a convenceu a comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal e ela deu a seu marido, e ele também comeu dela. Ambos portanto pecaram diante de Deus e naquele dia morreram espiritualmente. Quem porém ficou seduzido pela serpente foi a mulher e não o homem. |
Em Cristo Jesus não há macho nem fêmea porque tanto os homens como as mulheres que foram regenerados por Deus são um em Cristo Jesus. Todavia Deus estabeleceu que o homem é o cabeça da mulher, e portanto a mulher deve estar sujeita a seu marido como a Igreja está sujeita a Cristo Jesus. A autoridade da qual a mulher depende é pois o homem, e por causa dos anjos ela deve ter sobre a cabeça um sinal da autoridade da qual ela depende, e este sinal é o véu, que ela deve ter quando ora ou profetiza. Se a mulher ora ou profetiza (não só no local de culto, mas também em casa e ao ar livre) sem ter a cabeça coberta desonra o seu cabeça. |
As mulheres devem
vestir-se de modo decoroso, com pudor e modéstia, portanto não devem usar
mini-saias, saias com rachas, vestes justas, vestidos sem mangas e decotados,
vestes sumptuosas, vestes transparentes, calças, e qualquer outro vestido que
não convém a mulheres que fazem profissão de servir a Deus. Que vistam saias
compridas e camisas com mangas compridas. As mulheres além disso não devem
fazer tranças no cabelo, e não devem usar pérolas nem jóias. Além disso as
mulheres não devem maquilhar-se e nem pintar o cabelo. As mulheres tenham o
cabelo comprido porque isso para elas é uma honra. (Também os homens devem
vestir-se de modo decoroso, com pudor e modéstia, portanto não devem usar calções
curtos, calças apertadas e camisas justas, camisolas sem mangas e decotadas,
vestidos custosos, jóias, etc. Os homens não devem ter o cabelo comprido
porque isso é para eles uma desonra, e não devem pintar o cabelo). As mulheres se devem adornar com boas
obras como convém a mulheres que fazem profissão de servir a Deus. |
À mulher não é permitido ensinar, nem usar de
autoridade sobre o homem, mas deve aprender em silêncio com toda a submissão;
portanto a mulher não pode ser pastor, e não pode ambicionar ao ofício de
ancião, porque tanto o pastor como o ancião devem ensinar a Palavra de Deus.
A mulher porém pode ambicionar ao ofício de diácono porque o diácono não é
constituído para o ensino. Na assembleia à mulher é permitido orar e
profetizar, mas não lhe é permitido fazer perguntas porque é coisa indecorosa
para uma mulher falar em assembleia. |
As mulheres idosas devem ser sérias no seu viver
como convém a santas, não devem ser caluniadoras nem dadas a muito vinho, e
devem ser mestras do bem para que ensinem às jovens a amarem os seus maridos,
a amarem os seus filhos, a serem moderadas, castas, boas donas de casa,
bondosas, sujeitas aos seus maridos, para que a Palavra de Deus não seja
blasfemada. |
A mulher salvar-se-á dando à luz filhos, se permanecer na fé, no amor e na santificação com modéstia. |
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Não há autoridade
que não venha de Deus e toda a autoridade que existe foi estabelecida por
Deus. Portanto, por amor do Senhor, devemos estar sujeitos às autoridades e
observar as leis da nação em que vivemos. Quem se rebela à autoridade se rebela a Deus e trará sobre si a
condenação. Nós devemos pois respeitar as autoridades superiores, e
submeter-nos a elas, não importa de que partido político ou de que religião
sejam. E devemos também orar a Deus em favor de todos aqueles que estão em
autoridade, para que Deus os salve, os ajude, os proteja e os abençoe
juntamente com as suas famílias. E demos graças a Deus pelo bem que as
autoridades fazem. |
Somos chamados a desobedecer às autoridades só
no caso de nos ordenarem a fazer algo que é contrário à Palavra de Deus.
Neste caso devemos dizer o que disseram os apóstolos diante do Sinédrio que
lhes tinha proibido que ensinassem em nome de Jesus, ou seja, que importa
antes obedecer a Deus que aos homens. |
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Os Cristãos devem trabalhar honestamente com as suas mãos para que possam suprir as suas próprias necessidades e as das suas famílias, e repartir dos seus bens com aqueles que estão em necessidade. Os preguiçosos devem ser pois admoestados e exortados a comer o seu pão trabalhando sossegadamente. |
Os servos devem obedecer aos seus senhores segundo a carne, com temor e tremor, na simplicidade do seu coração, como a Cristo, não servindo à vista, como para agradar aos homens, mas como servos de Cristo, fazendo de coração a vontade de Deus; servindo com benevolência, como se servissem o Senhor e não os homens. Não os devem contradizer nem defraudar, mas agradar-lhes em tudo, para que a doutrina de Deus seja honrada. Aqueles servos desleais e fraudulentos são punidos por Deus a seu tempo. |
Os patrões devem dar aos seus servos o que é de justiça
e equidade, e se devem abster das ameaças. Aqueles patrões injustos que
defraudam os seus trabalhadores do seu salário cometem pecado e a seu tempo
são punidos por Deus. |
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O ser humano é composto por corpo, alma e espírito. Quando ele morre o seu espírito volta a Deus que o deu, o seu corpo volta ao pó porque do pó veio, enquanto a sua alma continua a viver de maneira consciente num outro mundo. |
Quando morre um Cristão a sua alma vai logo para o Paraíso, que é um maravilhoso lugar celestial preparado para os santos, habitar com o Senhor Jesus Cristo. Lá ele permanece num estado consciente aguardando a ressurreição de vida. Ele no Paraíso louva o Senhor, mas não intercede pelos vivos que estão na terra. No Paraíso reina a paz, não há sofrimentos, e a glória de Deus ilumina tudo e todos. Eis por que para nós o morrer é ganho. Os mortos que morrem no Senhor são bem-aventurados porque repousam dos seus trabalhos. A Nova Jerusalém, que João viu em visão enquanto se encontrava na ilha de Patmos, é uma verdadeira cidade, uma cidade celestial. |
Quando morre um pecador a sua alma vai logo para o Hades (palavra grega que significa ‘o mundo invisível’), que é um lugar de tormento situado no coração da terra, onde reina o caos, onde há densas trevas e onde o pecador é atormentado pelo fogo, que lhe produz dores e sofrimentos atrozes. No Hades há pranto e ranger de dentes e os iníquos aguardam a ressurreição de condenação. |
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O Senhor Jesus Cristo voltará a seu tempo sobre as nuvens do céu com glória e com poder, e com os santos anjos. Ele descerá do céu, com alarido, com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e então os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro, depois nós os que ficarmos vivos até à sua vinda seremos transformados pelo poder de Deus e arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares. O corpo que todos aqueles que são de Cristo obterão nesse dia será um corpo feito conforme ao corpo glorioso de Cristo, portanto ele será um corpo imortal, poderoso e glorioso. Nesse dia se cumprirá a redenção do nosso corpo que nós estamos esperando com desejo ardente. |
A vinda de Cristo e a nossa reunião com Ele se verificarão depois que vier a apostasia e depois que for manifestado o homem do pecado (isto é, o anticristo), o qual se exaltará sobre tudo o que é chamado Deus ou objecto de culto, até ao ponto de se assentar no templo de Deus, mostrando-se a si mesmo e dizendo que ele é Deus, e fará também toda a sorte de sinais e prodígios mentirosos e toda a sorte de engano de iniquidade para prejuízo dos que perecem. O Senhor Jesus nesse dia o desfará pelo assopro da sua boca, e aniquilará pelo esplendor da sua vinda. Rejeitamos a doutrina do ‘arrebatamento secreto’. |
A vinda do Senhor está próxima. O dia do Senhor virá como vem o ladrão de noite. O Senhor não retarda o cumprimento da sua promessa, mas Ele é longânimo para connosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se. Procuremos permanecer em Cristo, para que, quando ele se manifestar, tenhamos confiança, e não fiquemos confundidos diante dele na sua vinda. |
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Depois que Cristo voltar, nós compareceremos diante do tribunal de Cristo para que cada um receba a retribuição segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal. Portanto cada um de nós receberá de Deus o seu prémio com base na sua conduta; eis por que devemos viver uma vida santa e irrepreensível, tendo uma pura consciência diante de Deus e diante dos homens, odiando e evitando toda a forma de mal, porque nesse dia teremos todos que dar conta de nós mesmos a Deus. |
Todo o ministro do Evangelho deve procurar edificar sobre o fundamento que é Cristo, coisas de valor, isto é, ouro, prata e pedras preciosas; e não coisas vãs, isto é, madeira, feno e palha. Porque o dia de Cristo manifestará a todos qual seja a obra de cada um porque esse dia há-de aparecer como fogo, e o fogo fará a prova daquilo que seja a obra de cada um. Se a obra que alguém edificou sobre o fundamento permanecer, esse receberá galardão; se a sua obra se queimar, sofrerá ele prejuízo; mas o tal será salvo; todavia como que pelo fogo. |
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Com a volta de Cristo começará um reino de mil anos, durante o qual Cristo reinará com os santos sobre a terra. Durante estes mil anos Satanás não poderá enganar os homens porque quando Jesus voltar ele será amarrado e lançado no abismo que será fechado e selado sobre ele para que não engane mais as nações até que os mil anos se completem. |
Depois que terminarem os mil anos, Satanás será solto da sua prisão e sairá para enganar as nações que estão nos quatro cantos da terra, as quais se ajuntarão contra a cidade amada e o arraial dos santos, mas do céu Deus fará descer fogo que as devorará. Satanás então será lançado no lago ardente de fogo e enxofre (ou fogo eterno), onde será atormentado pela eternidade. |
A esta altura este céu e esta terra serão destruídos por Deus (fugirão da presença de Deus e não será mais achado lugar para eles, e no seu lugar Deus criará um novo céu e uma nova terra) e se realizará o juízo final. Todos os pecadores ressurgirão e comparecerão diante do trono de Deus e serão julgados pelas coisas escritas nos livros, segundo as suas obras. E serão lançados no lago ardente de fogo e enxofre, que é a segunda morte, onde serão atormentados pelos séculos dos séculos, isto é, para sempre. Nesse dia serão julgados os anjos de Satanás que o seguiram na sua rebelião, e os anjos que não guardaram o seu principado e cometeram fornicação com as filhas dos homens (Deus expulsou esses anjos para uma prisão chamada Tártaro, mantendo-os em prisões de escuridão, para ali serem guardados para o juízo). |
Após o juízo final, do céu descerá a Santa Cidade, a Nova Jerusalém, cujo arquitecto e construtor é Deus e que Deus preparou para os seus eleitos, e esta cidade pousará sobre a nova terra em que já não existirá o mar. E os santos reinarão pela eternidade. A Deus seja a glória em Cristo Jesus agora e eternamente. Amen. |
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Excluindo as carnes sacrificadas aos ídolos, as coisas sufocadas e o sangue, nós podemos comer qualquer comida. De facto, nenhuma coisa é impura em si mesma, porém se alguém estima que uma coisa é impura, então se abstenha dela sem porém julgar aqueles que comem de tudo. Quem come de tudo não deve desprezar aqueles irmãos que por uma sua convicção pessoal se abstêm de um certo alimento porque o consideram impuro. O reino de Deus não consiste em comida nem em bebida, mas é justiça, paz e alegria no Espírito Santo. Antes de comer nós damos graças a Deus. É lícito beber com moderação vinho ou outras bebidas alcoólicas. Todo aquele que ordena a abstenção de certos alimentos, que Deus criou para que os que crêem e conheceram a verdade usem deles com acção de graças, ensina uma doutrina de demónios. |
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Estimamos todos os dias iguais. Não pensamos portanto que o domingo deve ser observado. Se um irmão faz diferença entre o domingo e os outros dias e o observa, nós não o julgamos, mas ele não deve impor esta sua convicção aos outros e nem julgar aqueles que não têm a sua mesma convicção. Cada um esteja inteiramente convicto em sua própria mente. Não observamos nem o sábado, nem a festa de Páscoa, nem a festa do Pentecostes, e nem a festa dos Tabernáculos, como também todas as outras festas hebraicas, porque nós não fomos chamados a observar sábados e festas. Ninguém nos julgue a respeito destas coisas. Rejeitamos o Carnaval, Halloween, e o Natal. |
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Somos contra toda
a forma de violência contra o próximo, mesmo em caso de defesa. Nós, sendo
discípulos de Cristo, devemos ser pacíficos e brandos, mostrando toda a
mansidão para com todos os homens, eis por que recusamos a violência. Nós não devemos fazer as nossas
vinganças, porque a vingança pertence a Deus. Nós devemos amar os nossos
inimigos, e fazer o bem aos que nos odeiam. |
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Somos contra o serviço militar, porque como filhos de Deus não devemos aprender a guerra. Se a autoridade nos ordena ir para a guerra, nós devemos desobedecer-lhe. |
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Magia, espiritismo, astrologia …. |
Somos contra a
magia, e contra o espiritismo, a astrologia, a cartomancia, a cafeomancia, a
quiromancia, a radioestesia, e qualquer outra arte divinatória, porque são
todas obras do diabo, que é inimigo de Deus e pai da mentira. Todos aqueles
que praticam estas coisas serão lançados no lago ardente de fogo e enxofre.
Somos contra o yoga, a meditação transcendental, a acupunctura, a homeopatia,
e qualquer outra técnica de meditação ou de medicina alternativa que tem na
sua base princípios ocultos e como objectivo o de fazer sentir o homem
um com aquela que é chamada ‘energia universal’, ou seja, cujo objectivo é o
de induzir o homem a acreditar ser Deus. São todas obras do diabo, que engana as pessoas e faz-lhes mal. |
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Somos contra toda a forma de superstição, porque as superstições são maquinações criadas por Satanás para amedrontar e iludir as pessoas. |
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Somos contra a fabricação das chamadas imagens e estátuas sagradas e o prestar a estas coisas uma qualquer forma de serviço, porque tais coisas são ídolos e qualquer serviço lhes prestado é idolatria; e nós devemos fugir da idolatria. Todos aqueles que prestam o culto às chamadas imagens e estátuas sagradas prestam o seu culto aos demónios. Os demónios frequentemente realizam sinais e prodígios de mentira para fazer as pessoas permanecer devotas dos ídolos. |
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Somos contra o pôr à venda Bíblias, hinários, livros de testemunhos, livros de ensinamentos etc. porque estamos convictos que o vender as coisas que concernem ao Reino de Deus é uma coisa contrária à sã doutrina. É algo que traz a corrupção à Igreja e constitui um mau testemunho para aqueles que são de fora. Firme permanecendo que digno é o trabalhador do seu salário, nós estamos convictos que tudo o que é feito para o avanço do Reino de Deus deve ser sustentado pelos santos com livres ofertas. Portanto o trabalhador do Senhor tem o dever de dar de graça aquilo que ele faz para a edificação da Igreja, e aqueles que beneficiam da sua obra têm o dever de sustentá-lo financeiramente e materialmente. |
Se um Cristão deseja reproduzir e difundir a Bíblia ou parte dela, ou se deseja reproduzir e difundir um testemunho ou um ensinamento escrito por algum crente, ele é livre no Senhor de fazê-lo. |
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Dízimo e prosperidade |
Somos contra o impor aos santos o pagamento do dízimo, porque o dízimo faz parte daqueles preceitos da lei de Moisés que nós não devemos observar porque estamos debaixo da graça. Todo o Cristão deve dar para a obra de Deus segundo propôs no seu coração, guardando-se de qualquer avareza. Rejeitamos a doutrina que afirma que Deus quer que nós sejamos ricos materialmente (a chamada ‘mensagem da prosperidade’) porque está em contraste com a Escritura, a qual afirma que os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. |
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Somos contra o fazer passar o cestinho das ofertas no local de culto; não é esta a maneira correcta para recolher o dinheiro para a obra de Deus. Ponha-se num canto do local de culto uma caixa das ofertas e aqueles que estão dispostos a fazer uma oferta para a obra de Deus a ponham nessa caixa. |
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Somos contra o contrair dívidas, porque quem toma emprestado torna-se escravo de quem empresta. |
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Anedotas …. |
Somos contra o contar anedotas e contra o proferir qualquer palavra desonesta. O nosso falar deve ser sempre com graça, temperado com sal. Falemos entre nós com salmos e hinos e cânticos espirituais, cantando e salmodiando com o nosso coração ao Senhor; dando sempre graças por tudo a Deus e Pai, e em nome do nosso Senhor Jesus Cristo. |
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Somos contra a mentira mesmo quando é dita para brincar ou para fazer o bem a alguém, porque a Escritura nos manda não mentir uns aos outros. |
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Somos contra o jurar porque Cristo nos mandou não jurar. |
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Somos contra o chamar a juízo perante os infiéis os irmãos que nos fazem injustiças. Os irmãos devem ser chamados a juízo – no caso de ser preciso julgar coisas pertencentes a esta vida – perante os santos e não perante os infiéis, porque Jesus disse: "Ora, se teu irmão pecar contra ti, vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste a teu irmão; mas, se não te ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda a palavra seja confirmada. E, se não as escutar, dize-o à igreja; e, se também não escutar a igreja, considera-o como um gentio e publicano. Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu". |
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Somos contra o ecumenismo, considerando-o uma maquinação do diabo contra a Igreja, para trazer confusão ao seio da Igreja de Deus, e fazer desviar os santos da verdade. Não aceitamos portanto nos pôr a orar ou a evangelizar ou a colaborar com os Católicos Romanos: eles pregam que se é salvo por obras, além de muitas outras heresias (como o purgatório, a confissão, a missa, o primado do papa, a perpétua virgindade de Maria, o orar pelos mortos, etc.) que nós confutamos tanto privadamente como publicamente. Com eles não há nenhuma comunhão. |
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Nós somos apolíticos, portanto não vamos votar e não fazemos política; e exortamos os santos a serem apolíticos como nós, porque o nosso Senhor e Salvador era apolítico. |
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Somos contra a eutanásia porque cremos que só Deus tenha o direito de nos tirar a vida. Ele a deu e só Ele a pode tirar. |
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Somos contra a doação e o transplante dos órgãos porque a recolha dos órgãos prejudica o doador. No caso dos transplantes de coração ou de fígado (ou de outros órgãos vitais únicos) a recolha destes órgãos põe termo à vida do doador porque eles são extraídos enquanto ele ainda está vivo. De facto, a chamada morte cerebral, que é certificada pelos médicos antes da recolha dos órgãos, não é uma verdadeira morte, porque o coração do doador ainda bate. |
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Somos contra a cremação porque segundo a Sagrada Escritura os mortos devem ser sepultados. |
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Somos contra a homossexualidade, contra a pedofilia, contra a prostituição, e contra toda a forma de pornografia. Somos também contra a clonagem. Todas estas coisas são abomináveis para Deus. |
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Somos contra o tomar medicamentos porque consideramos isso uma falta de confiança no poder de Deus que ainda hoje cura. O crente que cai doente deve chamar os anciãos da Igreja que devem orar sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor. E a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará. |
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Somos contra a caça por divertimento, mas não contra a caça feita para obter alimento. É justo matar os animais também no caso de constituírem um perigo para a vida das pessoas. Somos contra a vivissecção, isto é, a prática de fazer operações em animais vivos com o intuito de fazer experiências ou investigações científicas, porque a Escritura nos proíbe de ser cruéis para com os animais. |
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Fumo, drogas , piercing e tatuagens |
Somos contra o fumar, contra o consumo de cocaína, de heroína, de alucinogénios, etc., contra o piercing, e contra o costume de fazer-se tatuagens no corpo, porque todas estas coisas destroem o nosso corpo que é o templo do Espírito Santo. |
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Somos contra o jogo de azar, o jogo do loto, o totobola, as corridas de cavalos, e qualquer outro sistema de apostas, porque todas estas coisas fazem nascer o desejo de enriquecer e encorajam a cobiça (que é idolatria), enquanto a Escritura nos manda contentar-nos com o que temos, não amar o dinheiro e não ajuntar para nós tesouros na terra. Aqueles que se deram a estas concupiscências mundanas se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores. Nós temos confiança em Deus, que prometeu suprir todas as nossas necessidades. A Ele seja a glória em Cristo Jesus agora e eternamente. Amen. |
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A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos os santos. |
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Giacinto Butindaro |
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