Pensamentos

Segunda Série


Primeira Série

Terceira Série

Quarta Série





Não ignoremos as maquinações de Satanás

Há muitas coisas em que se apoia o diabo, o nosso inimigo, para fazer brecha em nós crentes e nos fazer assim corromper e desviar da fé e da verdade, sim porque o que se deve ter bem presente é que este ser espiritual não procura de modo algum o nosso bem – como faz Deus – mas somente o nosso mal. Alguns pensam que o diabo, no fundo, no fundo, não seja assim tão mau ou até que nem nos ataca assim muito; são tudo falsidades geradas precisamente pelo próprio diabo que tem todo o interesse em fazer crer que é menos mau do que aquilo que realmente é ou que está menos empenhado em procurar seduzir-nos do que quanto realmente está. Há irmãos que antes de se converterem dedicavam-se às artes mágicas, tinham demónios no corpo, alguns deles até viram Satanás, e contam que o principal objectivo do diabo é o de seduzir os crentes, fazê-los pecar e desviar da fé para fazê-los ir para a perdição. O faz de maneira real, enviando os seus demónios contra este ou aquele filho de Deus, sempre com o intuito de lhe fazer mal espiritualmente (e também fisicamente, se pudesse). É mesmo verdade o que diz Pedro, isto é, que o nosso adversário, " o Diabo, anda em derredor, rugindo como leão, e procurando a quem possa tragar " (1 Ped. 5:8). Portanto começamos por dizer que o diabo é um nosso inimigo real, e continuamente opera para nos fazer mal espiritualmente. E como poderá fazer-nos mal espiritualmente senão enfraquecendo-nos espiritualmente até ao ponto de não nos fazer ter mais forças para lhe resistir e assim sucumbir diante das suas maquinações? Obviamente, o diabo nesta guerra que conduz com todos os seus ministros contra nós, usa estratégias, apoia-se em certos aspectos da nossa vida que ele sabe que se forem descurados lhe permitirão entrar na nossa vida e nos destruir.

Com base no que ensina a Palavra de Deus e no que tenho pessoalmente experimentado até este momento, a antiga Serpente, para nos fazer voltar a viver uma vida em rebelião a Deus procura fazer principalmente estas coisas. Procura nos fazer baixar a guarda, nos fazer descurar a oração, nos fazer descurar a leitura e a meditação quotidiana da Sagrada Escritura , e depois procura nos fazer duvidar da Palavra de Deus . Isto porquê? Porque ele sabe perfeitamente que um filho de Deus que não vigia, não ora, que não lê e medita as Escrituras e duvida do que está escrito, torna-se extremamente maleável nas suas mãos, ao ponto de fazê-lo a seu agrado inimigo de Deus. Aqueles crentes que se desviaram e voltaram a viver como faziam antes de ter conhecido Deus, e em alguns casos pior do que antes, começaram precisamente a descurar a oração, a leitura e a meditação da Bíblia e a duvidar de Deus, antes de se voltarem a encontrar imersos em toda a espécie de ais, sim porque muitos ais esperam todos os que abandonam o Senhor.

Vigiar é algo de fundamental para nós crentes, tanto que Jesus colocou o vigiar antes da oração quando disse aos seus discípulos: " Vigiai e orai, para que não entreis em tentação " (Mat. 26:41; cfr. Lucas 21:36). Também os apóstolos disseram de várias maneiras para vigiar (cfr. Actos 20:31; 1 Cor. 16:13; 1 Ped. 5:8). Mas já no Antigo Testamento encontramos o mandamento de vigiar, de facto Deus disse: "Vigiai , pois, com diligência as vossas almas… " (Deut. 4:15) e também: "Vigiai-vos , para que o vosso coração não se engane, e vos desvieis, e sirvais a outros deuses, e vos inclineis perante eles" (Deut. 11:16), e ainda: "Portanto, vigiai diligentemente as vossas almas, para amardes ao Senhor vosso Deus" (Josué 23:11). Vigiar significa fazer a guarda, estar atento. Portanto, nós filhos de Deus devemos antes de tudo estar de guarda a muitas coisas. Os nossos olhos os devemos ter sempre abertos, e os nossos ouvidos os devemos ter sempre despertos, e ao mínimo perigo reagir com força e determinação. Atenção para não adormecer espiritualmente, porque é precisamente isso que o diabo quer.

A oração é importante na vida de um crente, jovem ou ancião, ela é um modo extremamente eficaz para manter-se em comunhão com Deus. Há muitas exortações para orar continuamente na Bíblia. Eis algumas delas: Paulo diz aos santos de Colossos: "Perseverai na oração… " (Col. 4:2), e aos de Tessalónica: " Orai sem cessar " (1 Tess. 5:17), e aos de Éfeso: "Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica pelo Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos" (Ef. 6:18). Quando se ora, seja por nós mesmos ou pelos outros, sentimo-nos bem, sentimo-no s edificados, porque falamos com Deus que nos escuta e nos atende a seu tempo. A oração além disso, como se formulam pedidos quando se ora, te induz a esperar a resposta de Deus porque o crente sabe que Deus não disse para orar a ele em vão. Ele é Aquele que ouve as orações (cfr. Sal. 65:2). A oração nos permite derramar a nossa alma diante de Deus que nos ama de um grande amor, e isto é uma coisa boa, Deus quer, de facto, que nós confiemos a ele as nossas tribulações exactamente como fazia o salmista. A oração te permite ajudar os crentes; dizia Paulo aos Coríntios: "Ajudando-nos também vós com as vossas súplicas" (2 Cor. 1:11). Jesus se retirava para os lugares desertos para orar frequentemente, se ele sentia a necessidade de orar ao seu Pai nós não podemos pensar poder descurar este dever tão importante. Se orarmos nos sentiremos fortes como leões, mesmo no meio das mais profundas angústias. A oração para um cristão é vital, um crente que não ora agrada ao diabo e desagrada a Deus. Agrada ao diabo porque desta maneira se enfraquece espiritualmente.

A leitura e a meditação da Palavra de Deus é também ela fundamental. Deus tinha mandado que o rei de Israel tivesse junto de si um livro da lei e nele devia ler todos os dias da sua vida "para aprender a temer ao Senhor seu Deus" (Deut. 17:19), e a pôr diligentemente em prática as suas palavras, para que ele não se exaltasse sobre seus irmãos e não se desviasse dos mandamentos de Deus. Também nós aprenderemos a temer a Deus lendo e meditando continuamente as Escrituras, aprenderemos também a pôr em prática os seus mandamentos ao ler as Escrituras, também nós não nos desviaremos das suas ordens se lermos continuamente a Palavra de Deus. Bem-aventurado o homem que tem o seu prazer na lei do Senhor e na sua lei medita dia e noite , diz o salmista. A Palavra de Deus dá sabedoria, dá força, consola, ensina, corrige, repreende, instrui em justiça, guia (cfr. Sal. 19:7; 119:97-105; Rom. 15:4; 2 Tim. 3:16-17). Se se descura a sua leitura e a sua meditação como se poderá gozar dos seus benefícios? Não se poderá porque se a esquecerá e o diabo assim poderá induzir-nos a tomar os caminhos mais errados. Muitos crentes não lêem a Escritura e não a meditam, são profundamente ignorantes nas coisas de Deus precisamente porque descuram a leitura e a meditação da Bíblia, e o diabo facilmente os engana. Cumpre-se neles a palavra que diz: " O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento " (Os. 4:6). Estes crentes são facilmente seduzíveis por todos aqueles faladores vãos e enganadores que se introduzem no seio das Igrejas e que pregam fábulas e doutrinas de homens que nada têm a ver com a verdade. E não só, mas também pelas Testemunhas de Jeová, pelos Mórmons, pelos Adventistas, e outros que com astúcia enganam fraudulosamente. Atenção, pois, para não desprezar a Palavra de Deus como o diabo quereria que fizéssemos para não fazer-nos temer a Deus e fazer-nos crer as suas mentiras.

Ter plena confiança em Deus, não duvidando, é também fundamental. Sem fé é impossível agradar a Deus, porque quem se aproxima de Deus deve crer que Ele existe e que é galardoador dos que o buscam (cfr. Heb. 11:6). E dado portanto que a dúvida afecta a fé porque a anula é evidente que o diabo tem todo o interesse em fazer-nos duvidar de Deus, das suas promessas, da sua fidelidade. A dúvida leva o crente a não receber nada do Senhor sendo ele um homem inconstante em todos os seus caminhos, e de coração dobre (cfr. Tiago 1:7-8). Lembremo-nos que a antiga serpente conseguiu fazer com que Eva comesse o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, induzindo-a antes de tudo a não crer naquilo que Deus tinha dito a Adão. De facto, disse-lhe que certamente não morreria se o comesse coisa que Deus tinha dito que aconteceria e que aconteceu. Atenção portanto para não cair na armadilha do diabo. Resistamos ao diabo opondo-nos com o escudo da fé, e conseguiremos apagar os seus mortíferos dardos. Obviamente quando eu digo que é preciso resistir-lhe pelo escudo da fé, pretendo dizer também que toda a vez que o diabo nos sugere pecar nós devemos ter fé que dado que Deus diz para não pecar – por exemplo Ele diz para não roubar, para não matar, para não cometer adultério – e Ele nos ordena não fazer somente coisas que resultariam em nosso prejuízo, nós somente teremos a ganhar em não fazer aquilo que, pelo contrário, o diabo quer fazer-nos fazer. A Escritura nos ordena a ter fé em Deus e no seu Filho Jesus Cristo; não importa em que circunstância nos encontramos, nós devemos ter plena confiança naquilo que disse tanto Deus como o Senhor Jesus Cristo.

Que Deus nos dê a graça de vigiar, de orar, de ler e meditar a sua Palavra e de ter plena confiança n`Ele até ao fim. Amen.






O especial pedido do homem ancião

Aconteceu nos primeiros tempos do Pentecostalismo na área rural e montanhosa do Sul de Itália. Um jovem pastor tinha sido enviado para pregar a uma Igreja de uma localidade. Cheio de fé em grandes coisas, ele tinha preparado uma mensagem sobre todas as coisas possíveis para aqueles que crêem.

Entrando no local de culto ele viu um homem ancião numa cadeira de rodas, quase totalmente paralisado. O pregador aceitou o desafio. Aquele dia seria um dia de vitória e Satanás seria derrotado.

Ele pregou sobre o poder da fé e sobre a bondade de Deus. No fim houve o apelo. ‘O que quereis que eu faça?’, gritou o pregador, ‘o Espírito está aqui, pedi o que quiserdes! Ser-vos-á feita qualquer coisa segundo a vossa fé’.

Bom, as irmãs louvaram e clamaram os seus pedidos a Deus para a conversão das suas famílias, mas o olho do pregador estava sobre o homem na cadeira de rodas. Foi a ele, impôs-lhe as mãos. E disse: ‘O Senhor está aqui para dar-te o que quiseres. Pede e te será dado! Diz ao Senhor a tua necessidade. Pede. Ele está aqui!’ enquanto a sua voz trovejava acima das mulheres que clamavam.

O homem na cadeira de rodas finalmente achou suficiente voz e fé para exprimir a sua necessidade. ‘Irmão’, lhe segredou, ‘Eu quero casar-me. Eu quero uma mulher!’

Bom… decerto, não era a resposta que aquele pregador esperava. O fogo desapareceu da voz do pregador que terminou a reunião e foi para casa perguntando-se o que havia de errado no povo de Deus.

Esta história fez-me reflectir e perceber que nós, ainda que tivéssemos toda a fé de maneira tal a transportar os montes, não podemos pretender que um doente deva forçosamente querer ser curado por meio de nós, porque pode suceder que um crente doente não queira ser curado mas deseje receber do Senhor uma outra coisa que por várias razões pode ser para ele mais importante que a cura em certas circunstâncias. Jesus um dia perguntou a um homem enfermo há trinta e oito anos: ‘ Queres ficar são ?’ (João 5:6), e ao cego Bartimeu que lhe implorava que tivesse misericórdia dele disse-lhe: "Que queres que te faça?" (Mar. 10:51) Estranhas perguntas talvez para alguém, mas não para o Senhor. A resposta como se sabe foi em ambos os casos o pedido da cura e ambos foram curados. Como teríamos reagido nós se tivéssemos estado no lugar daquele jovem pregador? Ficaríamos desiludidos ou, pelo contrário, teríamos dito àquele irmão: ‘Te seja concedido pelo Senhor o que queres, isto é, uma mulher’?






Depois das carícias, a bastonada; FINALMENTE!

Fiquei extremamente agradado ao ouvir falar o cardeal Ratzinger (no dia 5 de Setembro de 2000) com aquelas palavras que em poucos minutos deram a volta ao mundo. Finalmente, disse. Finalmente a cúria romana disse, ou melhor, redisse COM MUITA CLAREZA que fora da Igreja Católica Romana não há salvação. Muitos Protestantes durante anos se iludiram por causa das palavras lisonjeiras de muitos prelados católicos; a ilusão tinha começado com o Concílio Vaticano II que para muitos tinha sido uma reviravolta histórica. A Igreja romana abria-se pela primeira vez ao diálogo ecuménico com os 'irmãos separados'!! E com o passar dos anos realizaram-se muitos e muitos encontros ecuménicos, diálogos fraternos, entre muitos pastores protestantes e prelados católicos romanos, o papa os recebeu dando-lhes até a sua bênção. Nestes encontros participaram também muitos pastores pentecostais. Mas já lendo ATENTAMENTE o decreto sobre o ecumenismo era evidente QUE A IGREJA CATÓLICA ROMANA NÃO ESTAVA DE MODO NENHUM MUDADA NA SUBSTÂNCIA. Eu o li, e posso dizer que na substância diz as mesmas coisas que disse o cardeal Ratzinger, só que as palavras são diferentes. Também nesse decreto 'fora da igreja papista não há salvação'. Mas aliás a teologia sacramental da igreja católica romana, a sua doutrina sobre a supremacia e sobre a sucessão apostólica não permite afirmar doutro modo. Nada, pois, de que nos admirarmos, as palavras de Ratzinger são completamente normais. Eu espero que muitos crentes saiam da ilusão em que estiveram durante anos, espero que digam adeus e para sempre ao diálogo ecuménico com os prelados papistas. De resto, vos exorto irmãos a continuar a levantar a vossa voz contra as heresias da igreja papista que estão lançando no inferno centenas de milhões de almas.

Que Deus vos abençoe e vos fortaleça as mãos nesta luta. A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja convosco.






A igreja católica romana; uma cova de perdição!

Quando penso no que diz a cúria romana desde há séculos, isto é, que fora da igreja católica romana não há salvação, e considero, ao invés, que a Igreja Católica Romana é um cárcere subterrâneo no qual estão reclusas centenas de milhões de almas prontas a descer para o fogo do inferno, reflicto a astúcia do diabo, da antiga serpente que consegue fazer ver a muitos um aprisco onde, ao invés, há uma cova. Que, além disso, esta afirmação 'extra ecclesia nulla salus' está em aberta contradição com quanto nos dizem 'leigos', padres, freiras, bispos, cardeais, e o próprio papa, de facto, nenhum deles, nem sequer o papa, ousaria dizer ter plena certeza da salvação. Sabe-se, de facto, que o Concílio de Trento lançou mais do que um anátema contra quem afirma estar seguro de ter sido plenamente perdoado por Deus e seguro de ir para o paraíso. Quantas vezes falando com os Católicos sobre a salvação eles nos dizem com muita 'modéstia': ‘Como poderei dizer estar seguro de estar salvo?’ (se assemelham às Testemunhas de Jeová nisto) E depois nos vêm falar de salvação!! Mas uma igreja que não prega a certeza da salvação que igreja é? Apostólica? Não.

A substância do ensinamento papista é que ninguém pode ir ao Pai senão por meio da igreja católica romana; os seus sacramentos, o seu sacerdócio, o seu chefe, etc. Quando dizem que o único mediador entre Deus e os homens é Cristo, falam falsamente, não crêem nisso; esta mediação eles a sepultaram debaixo de um cúmulo de heresias e superstições, seja o que for que digam.

Eu encontrei a salvação em Cristo Jesus, pela fé no seu nome obti plena remissão dos meus pecados e a vida eterna. Agora, pela graça de Deus estou no caminho santo que leva ao céu, neste caminho não há leões e lobos, mas somente as ovelhas do Senhor. Os leões e os lobos estão noutro caminho, o que leva à perdição no qual está em primeira fila entre os católicos romanos o papa, sim precisamente ele que de Pedro não tem nada, nem sequer a certeza de estar salvo que tinha o apóstolo Pedro.

Continuemos a anunciar a salvação aos Católicos romanos, eles estão perdidos. Ninguém se iluda. A doutrina sobre a salvação papista é uma doutrina maléfica, eu a estudei a fundo, e na realidade leva a alma a confiar num homem (o padre) em vez de em Deus, nas suas obras em vez de na graça de Deus, nos sacramentos em vez de na fé em Cristo. O mais diligente e zeloso católico depois de ter feito tudo o que lhe é prescrito não pode jamais dizer estar salvo; a razão é porque ele confia naquilo que faz em vez de naquilo que já fez Cristo morrendo na cruz pelos nossos pecados. Seja pregado Cristo com toda a franqueza, Ele e só Ele crucificado para que outros católicos romanos possam ser salvos.






O Senhor conhece os que são seus

Certamente não posso excluir que no seio da Igreja Católica Romana hajam nascidos de novo, como não posso excluir, de modo nenhum, que no seio das Igrejas Protestantes hajam perdidos que irão para o inferno.

O Senhor conhece os que são seus (cfr. 2 Tim. 2:19). Para o céu vão os filhos de Deus, aqueles que são nascidos de Deus, pelo que diante de Deus não importa absolutamente nada se alguém é Católico ou Protestante, se não nasceu de novo não poderá entrar no Reino de Deus. Eu estou convencido que no céu teremos surpresas porque lá encontraremos pessoas que não esperávamos encontrar, e não encontraremos pessoas que esperávamos encontrar.

Além disso, deve ser também dito que Jesus disse aos seus discípulos que os escribas e os Fariseus eram 'guias cegos' e que se um cego guiar um outro cego AMBOS cairão na cova (cfr. Mat. 15:14). Os guias espirituais, portanto, se forem cegos não podem fazer mais do que levar para a perdição as almas que pretendem guiar. Lembrais-vos que os escribas e os Fariseus foram admoestados por Jesus de não entrarem no reino do céus e de não deixarem entrar os que nele procuravam entrar (cfr. Mat. 23:13)?






Éramos condenados à morte

Ontem (7 de Setembro de 2000), tive a ocasião de ouvir um homem condenado à morte no estado americano da Virginia por homicídio, a sua condenação deveria ser executada dentro de poucos dias. Ora, prescindindo do facto se é ou não culpado de ter cometido esse crime (ele, seja como for, afirma estar inocente), ele disse uma coisa que me fez reflectir que é esta. A uma específica pergunta disse que se ele sobreviver ele pertencerá a todas aquelas pessoas – e são muitas - que tanto nos Estados Unidos como fora deles se alinharam em seu favor para que o governador da Virginia anulasse a sua condenação à morte.

Ao ouvir aquelas palavras lembrei-me que também nós outrora éramos condenados à morte (e justamente porque obedecíamos aos desejos da carne e éramos servos de várias concupiscências), mas não a uma morte física mas a uma morte pior, isto é, à segunda morte que é o lago ardente de fogo e enxofre (cfr. Apoc. 21:8), mas o Senhor Jesus Cristo na sua misericórdia nos salvou desta infame e terrível sorte e isto o fez morrendo sobre a cruz e ressuscitando por nós. Nós pois agora não pertencemos mais a nós mesmos mas – como diz Paulo - "àquele que ressuscitou dentre os mortos a fim de que demos fruto para Deus" (Rom. 7:4). Este conceito é explicado ainda por Paulo aos Coríntios quando diz: "Ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou" (2 Cor. 5:15). Tendo portanto presente o que nos diz a Palavra de Deus, vivamos a nossa existência terrena pondo as nossas energias, as nossas capacidades, os nossos meios ao serviço do Senhor; Ele é digno disso, nos salvou da perdição eterna. A Ele seja a glória agora e eternamente. Amen.






Como desejo morrer

Num newsgroup encontrei a seguinte pergunta colocada por alguém ‘Como gostariam de morrer’? Enviei então esta minha intervenção.

O meu desejo é de morrer na fé no Filho de Deus, não importa quando chegará a morte e nem como chegará, para mim esta é a coisa mais importante. Porquê? Porque para quem morre na fé - para nos entendermos - reconciliado com Deus, aquilo que o espera depois da morte é uma vida melhor no céu, na glória, onde não há mais dores e aflições. Eu já estou na fé, e desejo permanecer nela até ao fim da minha vida. E tu? Estás reconciliado com Deus? Sabes que se morreres não reconciliado com Deus quando morreres irás para a perdição, para o fogo do inferno? Conjuro-te portanto a te reconciliares com Deus através de Cristo Jesus. Que Deus te abençoe.






Compreender as coisas que são de Deus

"Desde então começou Jesus a mostrar aos seus discípulos que convinha ir a Jerusalém, e padecer muitas coisas dos anciãos, e dos principais dos sacerdotes, e dos escribas, e ser morto, e ressuscitar ao terceiro dia. E Pedro, tomando-o de parte, começou a repreendê-lo, dizendo: Senhor, tem compaixão de ti; de modo nenhum te acontecerá isso. Ele, porém, voltando-se, disse a Pedro: Para trás de mim, Satanás, que me serves de escândalo; porque não compreendes as coisas que são de Deus, mas só as que são dos homens" (Mat. 16:21-23).

Jesus sabia que tinha vindo a este mundo para morrer pelos nossos pecados e ressuscitar para a nossa justificação; eis por que a certa altura começou a dizer aos seus discípulos que ele devia padecer muitas coisas por mão dos escribas, dos sacerdotes e dos anciãos, e ao terceiro dia ressuscitar. Mas este falar era incompreensível aos seus discípulos, ele estava coberto como por um véu de modo que não o entendiam. Tão incompreensível que Pedro se permitiu repreender Jesus Cristo, ao que levou uma severa admoestação por parte de Cristo que o chamou de Satanás e disse-lhe que ele não compreendia as coisas que são de Deus mas só as que são dos homens. Em outras palavras, Pedro não percebia que estava no plano de Deus que Jesus padecesse aquelas coisas e depois ressuscitasse para entrar na sua glória.

É importante, portanto, compreender as coisas de Deus porque doutra forma acaba-se por pensar que o que Deus estabeleceu dever acontecer na nossa vida para o nosso bem e o bem alheio é melhor que seja trocado por outra coisa ou que Deus no-lo evite. Para dar um exemplo; nós sabemos que a Palavra de Deus diz que nós devemos entrar no reino de Deus através de muitas tribulações (cfr. Actos 14:22), ela diz que nós somos herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo, se contudo padecermos com ele para que também com ele sejamos glorificados (cfr. Rom. 8:17); de maneira que nós discípulos de Cristo somos chamados a padecer pelo Senhor antes de sermos glorificados. É claro, porém, que se nós dissermos a Deus: 'Que semelhantes coisas nunca nos aconteçam, que Deus as afaste de nós!' demonstramos não compreender as coisas que são de Deus mas só as coisas que são dos homens. Se, pelo contrário, dissermos: 'Esta é a vontade de Deus para nós para que sejamos pacientes e na aparição da glória de Deus possamos nos regozijar e alegrar (cfr. 1 Ped. 4:13)', então demonstramos compreender as coisas que são de Deus.

Mas como se pode compreender as coisas que são de Deus? Eu aprendi por experiência que para compreender as coisas que são de Deus é preciso conhecer as Escrituras e meditá-las continuamente além de orar continuamente e viver uma vida temerosa. São coisas indispensáveis, se faltam virá a faltar a compreensão das coisas de Deus e não faremos mais do que afadigar e indignar Deus com as nossas palavras.






O Senhor lhe retribuirá segundo as suas obras ….

O apóstolo Paulo quando se encontrava em prisões escreveu a Timóteo, entre outras coisas, estas palavras: "Alexandre, o latoeiro, me fez muito mal; o Senhor lhe retribuirá segundo as suas obras. Tu também guarda-te dele; porque resistiu muito às nossas palavras" (2Tim. 4:14-15) .

Estas palavras de Paulo fazem perceber que ele não só tinha plena confiança na justiça de Deus mas também que procurava precaver os irmãos em Cristo dos que no meio do povo de Deus retribuíam o bem com o mal e resistiam à sã doutrina.

A mesma confiança a devemos ter nós, irmãos; em outras palavras, nós devemos crer que Deus retribuirá a quem faz o mal com o mal, como merece, o que, em suma, significa com a mesma medida que ele usou para com quem tratou mal e injustamente. E devemos ter também em nós esse propósito de avisar os irmãos dos que na teimosia do seu coração retribuem mal por bem no meio do povo de Deus, que depois são os que resistem à sã doutrina.






O zelo da tua casa me devorará

Jesus um dia, entrando no templo, encontrou os que vendiam bois, ovelhas e pombas e os cambistas sentados. Ele então fez um azorrague de cordas e lançou fora do templo as ovelhas e os bois, e virou as mesas dos cambistas. E aos que vendiam pombas disse: 'Tirai daqui estas coisas; não façais da casa de meu Pai casa de negócio' (cfr. João 2:14-16). Os seus discípulos então, ao ver o que tinha feito Jesus, "Lembraram-se…de que está escrito: O zelo da tua casa me devorará" (João 2:17). Jesus não permaneceu pois indiferente diante do regatear que viu no templo de Deus situado em Jerusalém mas reagiu com força para purificá-lo.

Hoje ao contrário, muitos crentes diante do regatear tão difundido no seio da Igreja de Deus permanecem indiferentes não se dando conta que o comércio das coisas de Deus constitui um escândalo, um comportamento que não se adequa aos santos, condenado pela sagrada Escritura. Quão diferente da reacção de Cristo!






'Bebeste muito?'

Ontem (20 de Julho de 2000), recebi algumas respostas da parte de algumas pessoas do mundo a quem tinha enviado via correio electrónico uma mensagem de evangelização de título 'O grande amor de Deus'. Uma destas dizia: 'Bebeste muito?' Obviamente é uma resposta que me fez sorrir, mas me fez também lembrar que nós quando falamos do grande amor que Deus manifestou pelo mundo enviando o seu Filho para morrer na cruz, somos tomados por alguns até por bêbados que não sabem o que dizem. No dia de Pentecostes aconteceu uma coisa semelhante aos discípulos quando foram cheios de Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas conforme o Espírito lhes concedia que falassem, com efeito, alguns zombavam deles dizendo: 'Estão cheios de mosto' (cfr. Actos 2:13). Mas nós não estamos bêbados, mas sóbrios e pronunciamos palavras de verdade e de perfeito juízo. Palavras poderosas para libertar o homem do pecado que o domina e da perdição eterna.






Já não sofre mais?

Muitas vezes, quando morre um jovem ou um ancião acometido por alguma grave doença que o fez sofrer muito durante a sua vida ouve-se dizer pelos parentes ou pelos amigos: 'Já não sofre mais!'.

Mas isso é verdade só para aqueles que morrem no Senhor e não para todos. De facto, só os que morrem reconciliados com Deus são declarados bem-aventurados pela Palavra de Deus conforme está escrito: "E ouvi uma voz do céu, que dizia: Escreve: Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, porque repousam dos seus trabalhos, pois as suas obras os seguem" (Apoc. 14:13). E os outros? Bem, todos os outros, não importa que religião tenham professado, vão para o Hades (o lugar dos mortos, conhecido melhor com o nome de inferno), onde arde um fogo não atiçado por mão de homem e onde se chora e se rangem os dentes de dor. A história do rico e de Lázaro nos ensina isto (cfr. Lucas 16:19-31). Para eles, portanto, o sofrimento de modo nenhum acabou, mas prosseguiu, sob uma outra dimensão e com uma intensidade muito maior. Ai daqueles que morrem nos seus pecados, os espera um tormento terrível.






Deus nos prova

Quando se lê a história do êxodo dos filhos de Israel da terra do Egipto e da sua longa viagem no deserto, é inevitável que nos perguntemos: 'Por que é que Deus, depois de tê-los libertado da dura escravidão no Egipto, os fez experimentar a fome, a sede, fez que fossem atacados pelos seus inimigos, etc.?' Bom, a resposta a dá Moisés quando diz ao povo: "Lembra-te de todo o caminho, pelo qual o Senhor teu Deus te guiou no deserto estes quarenta anos, para te humilhar, e te provar, para saber o que estava no teu coração, se guardarias os seus mandamentos, ou não" (Deut. 8:2).

Se pois Deus provou os Israelitas depois de tê-los resgatado da mão de Faraó, decerto nos provará também a nós que fomos por Ele resgatados do poder das trevas. É impossível que Ele não o faça, porque para saber se alguém o teme e o ama Deus não pode fazer mais do que prová-lo. Não nos admiremos pois das angústias, das necessidades, dos ataques da parte dos nossos inimigos, porque são tudo coisas de que Deus se usa para nos pôr à prova; isto é, para ver se nós no meio das adversidades guardamos ou não os seus mandamentos e portanto para ver se o tememos e o amamos verdadeiramente.

Procuremos então passar todas as provas a que Deus nos submete na sua fidelidade; porque, como diz Tiago, depois de sermos aprovados, receberemos a coroa da vida que o Senhor prometeu aos que o amam (cfr. Tiago 1:12). Não murmuremos contra Deus no meio da prova; não deixemos de guardar os seus mandamentos, apenas receberíamos o mal. Continuemos antes a confiar n`Ele com todo o coração, a amá-lo e a temê-lo, e assim receberemos o bem d`Ele, lembremo-nos de facto que no fim o propósito de Deus é sempre o de nos fazer bem (cfr. Deut. 8:16; Jer. 29:11) porque Ele nos ama.

A Ele seja a glória agora e eternamente. Amen.






A tristeza segundo Deus e a tristeza do mundo

O apóstolo escrevendo aos santos de Corinto diz estas palavras: "Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação, da qual ninguém se arrepende; mas a tristeza do mundo opera a morte" (2 Cor. 7:10).

Experimentei ambas as tristezas.

A tristeza segundo Deus a experimentei pela primeira vez uma noite de Agosto de 1983 em Burgess Hill (Inglaterra), quando depois de ter ouvido pela enésima vez o convite para aceitar Cristo como meu pessoal Salvador e Senhor, convencido pelo Espírito Santo de ser um pecador perdido pus-me a chorar por causa dos meus pecados que tinha cometido; naqueles momentos fui verdadeiramente entristecido. Esta tristeza porém, dado que procedia de Deus, produziu em mim o arrependimento, de facto, apercebendo-me de ter pecado contra Deus invoquei-o para que tivesse misericórdia de mim e perdoasse todos os meus pecados e ao mesmo tempo cri que Cristo morreu sobre a cruz pelos meus pecados. Quando fiz isto senti-me libertado do pecado que me tinha dominado até àquele momento; senti-me salvo da perdição eterna que sabia me esperava se morresse nos meus pecados. Passaram já 17 anos, e nunca me arrependi de me ter arrependido diante de Deus. Disse pouco atrás que a tristeza segundo Deus a experimentei a primeira vez nessa noite porque a experimentei outras vezes a seguir, precisamente quando cometi erros e entristecido por Deus me arrependi e abandonei o erro cometido.

Antes de me converter ao Senhor experimentei muitas vezes a tristeza do mundo, por desilusões várias tidas de amigos ou de amigas, por partidas perdidas (eu jogava basquetebol na equipa de Lavena Ponte Tresa, Varese), por não ter conseguido esta ou aquela outra coisa, mas esta tristeza operava em mim só morte, não me levava a nada de bom.

Entre pois as duas tristezas certamente a melhor é a primeira porque leva a pessoa a arrepender-se e a ir ao Senhor pedir-lhe perdão dos seus pecados.






Uma escolha justa

Do profeta Moisés na epístola aos Hebreus está escrito: "Pela fé Moisés, sendo já grande, recusou ser chamado filho da filha de Faraó, escolhendo antes ser maltratado com o povo de Deus, do que por um pouco de tempo ter o gozo do pecado; tendo por maiores riquezas o vitupério de Cristo do que os tesouros do Egipto; porque tinha em vista a recompensa" (Heb. 11:24-26).

Moisés fez pois uma nítida escolha; preferiu ser maltratado junto com o povo dos seus pais em vez de gozar a vida no Egipto; porque ele esperava na recompensa que Deus lhe daria. Uma escolha seguramente louca e insensata aos olhos de muitos seus coetâneos, mas sábia aos olhos de Deus.

Também nós fizemos uma escolha considerada por muitos louca mas aos olhos de Deus justa, com efeito, escolhemos ser vituperados por causa de Cristo e perseguidos junto com os santos que estão na terra em vez de continuar a servir as mundanas e carnais concupiscências. Porque Deus nos fez perceber que é melhor sermos perseguidos e considerados loucos na terra por causa de Jesus Cristo, mas no fim da nossa vida terrena sermos recebidos por ele na glória; do que sermos bem vistos por todos, aclamados, elogiados, por causa dos prazeres e das riquezas que se gozam, e depois no fim sermos feitos por Ele descer para o Hades onde há pranto e ranger de dentes.

Que Deus nos ajude a considerar até ao fim o vitupério que se sofre deste mundo por causa de Cristo coisa nitidamente mais preciosa do que todos os prazeres e as riquezas do mundo juntas.






Deus não te abandonou

Se tu irmão não abandonaste o Senhor sabe que também ele não te abandonou. Não importa no meio de que angústia estás, não importa se à tua volta não vês senão trevas e nenhum raio de luz que te ilumina, não importa se todos ou quase todos te abandonaram, Ele ainda está contigo. Portanto não te desesperes, espera em Deus, e verás que a seu tempo ele te tirará da angústia em que estás e terás ainda motivo para louvá-lo pela sua benignidade e fidelidade. Quando pensares que já não há mais esperança e disseres: 'Acabou'; sabe que é justamente nesse momento que chegará de repente a libertação da parte de Deus.






O Fariseu e o publicano

Jesus Cristo um dia contou esta parábola: "Dois homens subiram ao templo, para orar; um, fariseu, e o outro, publicano. O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano. Jejuo duas vezes na semana, e dou os dízimos de tudo quanto possuo. O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador! Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado" (Lucas 18:10-14).

A diferente atitude tida por estes dois homens diante de Deus descreve de maneira muito precisa a actual atitude de duas categorias de homens.

Os primeiros se reputam justos e por isso pensam que não se devem arrepender dos seus pecados e implorar a Deus para que tenha misericórdia deles; estes são verdadeiramente muitos. A quem de nós nunca aconteceu encontrar homens e mulheres que dizem: 'Não roubo, não mato, vou trabalhar, tomo cuidado da minha família, sou uma pessoa de bem, de que me devo arrepender?' Esta gente pensa que basta não fazer certas coisas e fazer outras para estarem bem diante de Deus. Eles porém não sabem que diante de Deus toda a sua justiça é como um trapo de imundícia (cfr. Is. 64:6), com efeito, espiritualmente estão vestidos com roupas sujas e como se sabe as roupas sujas cheiram mal. Estes não obterão graça da parte de Deus porque não se humilham diante d`Ele. Eles continuarão a vestir as suas vestes sujas diante de Deus e quando morrerem irão para o Hades onde há pranto e ranger de dentes.

Os segundos são aqueles que reconhecem serem pecadores diante de Deus e imploram a sua misericórdia para que Ele tenha piedade deles, crendo que Jesus Cristo derramou o seu sangue para a remissão dos seus pecados. Estes, porque se humilham diante de Deus, são perdoados pelo Senhor e espiritualmente acontece que a eles são tiradas as roupas sujas que trazem e são revestidos com uma veste branca que representa a justiça de Deus pela fé em Cristo Jesus. E quando morrerem serão por Deus levados salvos para o seu reino celestial.






'Obrigado, ó Deus, pelo teu dom inefável!'

Senhor, Deus meu, quando penso que também eu era extraviado, rebelde, servo de várias concupiscências e por natureza filho da ira como os outros; quando penso que também eu estava sobre o caminho da perdição e que se morresse nessa situação iria para o inferno onde há pranto e ranger de dentes para depois ressurgir em ressurreição de juízo, e considero que tu tiveste piedade de mim perdoando todos os meus pecados, que tu me salvaste do pecado e da perdição eterna e me deste a vida eterna, - e tudo isto o fizeste simplesmente porque quiseste ter misericórdia de mim porque eu não merecia absolutamente nada de ti -, as minhas entranhas se comovem dentro de mim e choro e ao mesmo tempo digo-te do profundo do coração: 'Obrigado pelo teu dom inefável!' Sim, agradeço-te Senhor, e agradecer-te-ei pela tua salvação enquanto tiver um hálito de vida. Quanto foste bom para mim, quanto foste misericordioso para mim, quanto foste paciente!






Quando estou fraco então sou forte

Quando se é abandonado por causa da justiça, quando se é vituperado por causa da justiça, quando se é açoitado por causa do Senhor Jesus Cristo, quando se é preso como malfeitores só pelo motivo de se ser Cristão, quando se está numa qualquer angústia, então se está fraco. Mas nesta fraqueza se manifesta o poder de Cristo em nós; com efeito espiritualmente nos sentimos mais fortes, a nossa comunhão com o Senhor se faz mais intensa, dizemos que nesses momentos nos sentimos do ponto de vista espiritual leões. "Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco então sou forte" (2 Cor. 12:10).






Foi Deus que deu o crescimento

Tens evangelizado almas que a seguir ao teu testemunho se converteram ao Senhor? Tens instruído almas que se converteram através do testemunho lhes dado por outros? Lembra-te que em qualquer um destes casos foi Deus que fez crescer a Palavra no coração destas pessoas, pelo que se a tua palavra deu fruto nelas é porque Deus a fez crescer. O apóstolo Paulo que tinha gerado em Cristo os santos de Corinto que depois foram instruídos por Apolo, disse de facto precisamente a eles: "Eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o crescimento" (1 Cor. 3:6). Assim sendo, compreende-se pois muito bem por que ainda Paulo diz logo depois: "Por isso, nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento" (1 Cor. 3:7).

Isto, porém, não significa que aquilo que como ministros do Evangelho fizemos não tem valor diante de Deus, porque também está escrito que "cada um receberá o seu galardão segundo o seu trabalho" (1 Cor. 3:8). Trabalhemos pois, ó ministros do Evangelho, tanto na evangelização como na instrução das almas que se convertem, sabendo que o nosso trabalho não é vão no Senhor.






Perdoar

Como reage Deus connosco quando lhe pedimos para nos perdoar por uma nossa transgressão feita contra Ele? Ele nos acolhe e nos perdoa porque é misericordioso, piedoso, porque é um Deus perdoador. Como pois Deus nosso Pai nos perdoa, assim também nós devemos perdoar o irmão que depois de ter pecado contra nós e ter sido repreendido, se arrepende e nos pede para perdoá-lo. Ai de nós se recusássemos o perdão ao nosso irmão; neste caso de facto Deus não nos perdoaria a nós quando faltamos em relação a ele. Jesus foi claro a respeito: "Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas" (Mat. 6:15). E isto porque Deus é justo e usa em relação a nós a mesma medida que nós usamos para com o nosso próximo.






Senhor, grandes coisas tu fizeste por nós!

Senhor nosso e Deus nosso, tu tendo-nos pré-conhecido e predestinado a sermos adoptados como teus filhos por meio da fé em Cristo Jesus, na plenitude dos tempos nos chamaste a arrependimento e nós persuadidos por ti nos deixámos persuadir a arrepender-nos das nossas transgressões e a crer no teu Filho. Tu então purificaste a nossa consciência das obras mortas pelo sangue precioso de Cristo, o sentido de culpa que o nosso coração albergava desapareceu, agora estamos reconciliados contigo, ó Deus nosso. Tu então deste um sentido à nossa vida chamando-nos a servir-te, depois de termos gasto muito tempo, dinheiro e energias a correr atrás do vento, isto é, da vaidade deste mundo. Tu então nos deste uma esperança e uma consolação eterna, a nós que estávamos sem esperança e continuamente com um coração triste ainda que o nosso coração muitas vezes risse para disfarçar a profunda tristeza. Tu então nos deste a vida eterna em Cristo Jesus, uma vida que nunca acabará, a nós que estávamos no caminho da perdição eterna, agora sabemos para onde iremos depois de mortos, e qual é a sorte que nos espera quando ressurgirmos.

Nos fizeste ver grandes e profundas angústias, desde esse dia, isso é verdade, mas é também verdade que nos fizeste ver também as tuas poderosas libertações. Nos libertaste de homens maus e dissolutos, nos libertaste de perigos de morte, supriste todas as nossas necessidades segundo as tuas riquezas e com glória em Cristo Jesus; nos consolaste nas nossas aflições; nos fortaleceste quando vacilámos; nos confirmaste em toda a boa palavra e obra enquanto os nossos inimigos faziam de tudo para desacreditar-nos com as suas insinuações e as suas calúnias. Nos deste sabedoria e inteligência espiritual para que andemos de maneira digna de ti. Nos guiaste com admirável sabedoria, converteste o mal que os adversários nos fizeram em bem, nos fizeste justiça como só tu sabes fazer, que te diremos Senhor nosso e Deus nosso? Grandes coisas tu fizeste por nós, pelas quais estamos alegres. Continua a manifestar a tua bondade, a tua fidelidade, a tua justiça e o teu poder para connosco, e nós continuaremos a dar glória ao teu Santo Nome que é bendito eternamente. Amen.






Somos um vapor que aparece por um pouco de tempo

Os dias passam velozmente, me parece ter nascido ontem no entanto já passaram dezenas de anos, quase quarenta! Quantos dias me restam passar sobre a terra? Não o sei, sei porém que também os que restam passarão outrotanto velozmente. Quanto é breve a nossa vida sobre a terra! Tem mesmo razão o apóstolo Tiago quando diz que somos um vapor que aparece por um pouco de tempo e depois se desvanece (cfr. Tiago 4:14). Já alguma vez vistes o vapor sair de uma panela com água a ferver? Por quanto tempo conseguis vê-lo antes que desvaneça? Por pouco tempo, verdade? Eis quanto dura a nossa vida sobre a terra, pouco tempo.

Desvaneceremos portanto da face da terra como os outros mortais que nos precederam; e isso acontecerá a seu tempo, isto é, quando Deus estabeleceu. Mas não terminaremos completamente de existir, porque a nossa alma irá com o Senhor para o reino dos céus, se contudo formos achados na fé. Neste breve tempo que nos resta passar neste fraco tabernáculo procuremos pois perseverar na fé, acompanhando-a com boas obras sabendo que mediante as boas obras ajuntaremos um tesouro bem fundado para o futuro. Um tesouro que nenhum ladrão poderá alguma vez nos tirar, um tesouro que nunca se consumirá, um tesouro que nunca acabará. Não percamos as oportunidades que Deus nos dá para fazer as boas obras; recordemo-nos que nesse dia, quando partirmos, o que tivermos feito estará feito para sempre, e o que não tivermos feito não poderemos mais fazê-lo. Cuidemos de nós mesmos portanto.






Senhor, Deus nosso, concede-nos de anunciar a tua Palavra com toda a franqueza....

Pai nosso que estás nos céus, concede-nos na tua fidelidade de anunciar a tua Palavra como convém, isto é, com toda a franqueza. Faz pois que quando falarmos os nossos discursos sejam feitos em plena convicção e com poder. E estende o teu poderoso braço para curar os doentes e para fazer sinais e prodígios, para que aqueles que ouçam possam ser convencidos da veracidade do Evangelho ao ver-te operar como fazias antigamente. Reconduz-nos aos dias antigos, àqueles dias em que o teu poder estava com Cristo Jesus e com os seus apóstolos para curar e para fazer toda a sorte de sinais e prodígios. O mundo, mas também a tua Igreja, necessita ver de novo aquelas mesmas manifestações do teu poder. Em nome de Jesus Cristo, nosso Senhor. Amen.






Até quando, Senhor?

Senhor, Deus meu, até quando me terás com a alma suspensa? Até quando não responderás às minhas insistentes orações? Não vês Senhor quantos pensam que tu te tenhas esquecido de mim? Oh, Senhor, rogo-te pela enésima vez: 'Ouve a minha oração, para que a minha alma se alegre no teu santo nome, e para que os que te temem e me amam possam alegrar-se junto comigo e glorificar o Teu nome pelo que operaste em meu favor!' Tu, na verdade, sabes que todas as vezes que me respondeste os que te temem se alegraram comigo e glorificaram o teu nome. Continuo a esperar-te, Senhor, o meu coração está confiante e tranquilo, como sempre. Minha alma não te espantes, o Senhor se levantará ainda em teu favor como sempre fez. Ele é fiel!






Tu, Senhor, estás-me a guiar

Senhor, Deus meu, ainda que na minha vida estejam a acontecer coisas que não tinha absolutamente previsto, ainda que algumas vezes não saiba o que pensar por que me estás a fazer percorrer um caminho que não tinha absolutamente previsto que me farias percorrer. Ainda que alguns ponham em dúvida a tua guia na minha vida simplesmente porque a eles não fizeste seguir o mesmo caminho; ainda que para seguir o caminho que traçaste para mim sofri e sofro insinuações, calúnias, e maledicências de todo o género, da parte de gente que não te teme, eu estou seguro que Tu estás-me a guiar como sempre com a tua imensa sabedoria. Tu sabes o que estás a fazer, o sabes perfeitamente, está tudo sob o teu controlo; o teu plano se está a realizar nos modos e nos tempos por ti decretados, ainda que aparentemente muitas situações sejam humanamente inexplicáveis. É assim, assim mesmo, Senhor. Isto o sei também por experiência, na verdade, tu nestes anos me demonstraste muitíssimas vezes que justamente quando estavam a acontecer as coisas mais estranhas a tua mão estava a operar em meu favor. O percebi depois, certo, e não logo; mas no fim o percebi. Quão grandioso és Senhor, quão sábio és!! Quão maravilhoso é ter um Deus como Tu, que sabe transformar as situações mais estranhas em nosso favor! Que, além disso, estas situações as crias tu para convertê-las em seguida e demonstrar-me que Tu és Deus! Fico sempre maravilhado, Deus meu, todas as vezes que recordo o passado e vejo como me guiaste. Fico maravilhado pois vejo quão preciso és em todas as coisas que fazes. O que me faz maravilhar de maneira particular é a tua pontualidade, isto é, o facto de Tu intervires sempre no momento certo, nunca atrasado e nunca adiantado. Senhor, quero continuar a ter-te como Guia da minha vida até à morte. Estou seguro só em Ti, em nenhum outro.






No comboio errado

Muitos anos atrás, quando estava em viagem de comboio, fui testemunha de um episódio particular que é o seguinte. O comboio em que viajava tinha chegado à estação de Bolonha e se preparava para voltar a partir poucos minutos depois em direcção a Milão. Eu estava sentado na minha poltrona quando entraram um homem e uma mulher estrangeiros que se sentaram ao meu lado. Faltava verdadeiramente muito pouco para que o comboio voltasse a partir, quando um homem italiano que se encontrava fora do comboio chamando-me do lado de fora do vidro me avisou para dizer rapidamente aos dois estrangeiros que o comboio que eles tinham apanhado não ia para onde eles se dirigiam (eles iam para Florença, se bem me lembro). Ora, não sei como esse homem sabia que aqueles dois estrangeiros iam para Florença, seja como for, o sabia. Logo que me falou, falei em inglês aos dois estrangeiros dizendo-lhes que aquele era o comboio errado, e os dois rapidamente saíram do comboio. Poucos instantes depois o comboio partiu.

Este episódio fez-me imediatamente reflectir em quantos pensam estar no caminho certo, aquele que leva ao céu, sem saberem que esse caminho os leva à perdição. Eles são ignorantes da terrível sorte que os espera depois de mortos tendo recebido indicações falsas. É nosso dever portanto avisar estas pessoas que se querem ir para o paraíso devem deixar esse caminho sobre a qual se encontram e apanhar um outro. Este caminho é Jesus Cristo, através dele se chega ao Reino dos céus. É um caminho apertado sobre o qual não caminham muitas pessoas, mas é um caminho seguro. Certamente nem todos nos ouvirão, a maior parte zombará de nós, ou dirá que somos loucos ou que nos estamos enganando, etc., mas alguns aceitarão a nossa palavra e deixarão o seu caminho para apanharem o caminho da salvação.






Peregrinos e forasteiros

Embora nós vivamos neste mundo, não nos sentimos mais de pertencer a este mundo. Desde que conhecemos Deus, na verdade, nos sentimos só peregrinos e forasteiros neste mundo: não nos sentimos em nossa casa neste mundo, queremos ir para o céu onde está a nossa cidadania, queremos ir para lá onde Deus faz reinar a paz e onde tudo é esplendor e majestade. Como nos angustiamos até que venhamos a estar com o Senhor nos céus!

Senhor, Deus nosso, faz-nos firmes na fé até ao fim dos nossos dias para que quando chegar a hora da nossa partida a nossa alma possa sair voando para o céu e contemplar a tua glória. Amen.






A benignidade e a severidade de Deus

O apóstolo Paulo falando aos santos de Roma do nosso enxerto na oliveira legítima e do corte dos ramos naturais desta oliveira, isto é, os Judeus desobedientes, diz: "Considera pois a benignidade e a severidade de Deus: para com os que caíram, severidade; mas para contigo, a benignidade de Deus" (Rom. 11:22).

Nós pois somos testemunhas tanto da benignidade como da severidade de Deus: a benignidade para com os Gentios que creram no Senhor Jesus, a severidade para com os Hebreus que recusaram crer em Jesus Cristo.

Nós Gentios em Cristo Jesus, porém, continuaremos a ver a benignidade de Deus em relação a nós só na condição de retermos a nossa confiança em Cristo Jesus, em caso contrário também nós experimentaremos a severidade de Deus porque Ele nos cortará da oliveira legítima. O apóstolo Paulo isto o diz claramente: "Se permaneceres na sua benignidade; de outra maneira também tu serás cortado" (Rom. 11:22). Procuremos pois conservar a fé até ao fim.






Que grande amor!

Oh Divino Redentor,

tu, no teu grande amor que tiveste por mim

a tua vida deste por mim,

pecador que era.

Agora salvo estou pelo teu sangue,

a minha alma não mais desfalece,

a tua alegria está no meu coração,

como também a tua paz.

Que grande amor, que grande amor,

Oh Jesus, meu Redentor.






Eu creio...

Senhor Jesus, eu creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus que devia vir ao mundo para expiar os nossos pecados com o seu sangue.

Eu creio que tu morreste na cruz pelos nossos pecados e que ao terceiro dia ressuscitaste dentre os mortos pela glória do teu Pai.

Eu creio que a seguir foste recebido no céu à direita do Pai, e que de lá tu a seu tempo voltarás para nos buscar.

Cedo vem, Senhor Jesus, nós te esperamos. Amen.






Outrora longe ... agora perto

Outrora estávamos longe de Deus; como era feio viver naquela condição! A nossa consciência nos repreendia por causa dos nossos pecados: não tínhamos nenhuma paz, ríamos mas o nosso coração estava triste, não sabíamos para onde estávamos indo estando nas trevas.

Agora, porém, estamos perto de Deus, chegámos perto d`Ele "pelo sangue de Cristo" (Ef. 2:13). Como é belo viver nesta condição! A nossa consciência tendo sido purificada dos pecados pelo sangue precioso de Cristo não nos acusa mais, aqueles velhos pecados foram apagados. Temos nos nossos corações a paz de Deus que excede todo o entendimento e que nos dá muita segurança e tranquilidade nos maus momentos que passamos. O nosso coração está cheio de alegria mesmo quando somos contristados pelos nossos inimigos, esta alegria vem da parte Deus e é a nossa força. Sabemos para onde estamos indo porque a luz de Deus iluminou as nossas trevas, estamos indo para a cidade que tem os verdadeiros fundamentos e cujo arquitecto e construtor é Deus, uma cidade gloriosa que se encontra no céu.






Não tenho mais medo da morte

Não tenho mais medo da morte porque Jesus Cristo me libertou também deste medo (cfr.Heb. 2:15). Ele me doou a vida eterna, pelo que estou certo que quando morrer Ele me receberá no seu reino celestial onde o verei face a face como Ele é. O verei à direita do Pai, circundado por miríades de anjos que o adoram dia e noite porque Ele é digno disso sendo o Filho de Deus, co-eterno com o Pai e com Ele bendito eternamente. Amen.

Lá em cima no céu para onde irei há paz e fartura de alegria: não haverá pois mais dor e pranto para mim. Como também não haverão mais trabalhos a fazer porque no céu se repousará de todo o trabalho terreno. O morrer pois também para mim, como o era para Paulo, é um ganho (cfr. Fil. 1:21).






A minha vida está ao teu serviço

Senhor, tu me amaste e te deste a ti mesmo por mim, por mim que era um rebelde, extraviado, servo de várias concupiscências, um malvado. Oferecendo-te a ti mesmo me salvaste do pecado e me arrancaste das chamas do fogo. Quero, pois, gastar o tempo que me resta viver neste tabernáculo ao teu serviço, custe aquilo que custar, não importa. Como tu nasceste neste mundo para servir, assim eu nasci de novo para te servir. O quero fazer com consciência pura até ao fim. Sei que se têm de fazer muitas renúncias, a vida de Paulo mo ensina de maneira eloquente. Mas vale a pena, vale verdadeiramente a pena. Muitos com o seu mau exemplo desencorajam a servir-te com consciência pura, para eles não importa absolutamente nada conservar uma boa consciência diante de Ti e dos homens. Eles na verdade buscam a glória dos homens e não a que vem de Deus. Mas que será deles quando chegar o seu fim? Eu quero, ao invés, com a tua graça, ser honesto tanto para contigo como para com os meus semelhantes. Mantém em mim este sentimento que é o correcto com que servir-te; só com este sentimento na verdade posso seguir as tuas pisadas.






Quando Deus reconduz o que passou

Quando em nome de Jesus Cristo os cegos vêem, os surdos ouvem, os mudos falam, os coxos andam, os aleijados são curados, os doentes sarados, os endemoninhados são libertados e os mortos ressuscitam, o povo de Deus se alegra, exulta grandemente no seu Rei, e o louva em alta voz. Mas não só, o povo de Deus é tomado por temor e tremor bem sabendo ter sido visitado pelo Deus que fez todas as coisas. A gente deste mundo ao contrário, ao ver as maravilhas de Deus, é induzida a crer no nome d`Aquele que pelo qual são feitas estas coisas, isto é, no nome de Jesus Cristo. Oremos pois a Deus para que nos visite como visitou antigamente o povo de Israel. Oremos a Ele para que os dons do Espírito Santo tornem a operar no meio da sua Igreja. Há necessidade disto, é tempo que Deus opere, muitos de facto na Igreja esqueceram que o nosso Deus é operador de prodígios e necessitam vê-lo operar com os seus olhos para lembrar-se disso: há depois muitas pessoas do mundo que crerão apenas vendo sinais e prodígios como houveram antigamente.






Os caminhos e os pensamentos de Deus

Quantas vezes depois de ter orado a Deus para que suprisse uma nossa específica necessidade, pensámos que Deus responderia num tempo estabelecido por nós, ou numa maneira estabelecida por nós! Somos seres humanos e como tais temos ainda essa predisposição para pensar que as coisas sucederão numa certa maneira e quando nós pensamos. Que fez porém Deus? Respondeu num tempo e numa maneira que nós estávamos longe de pensar para nos demonstrar que Ele é Deus e os seus caminhos são mais altos do que os nossos caminhos, e os seus pensamentos mais altos do que os nossos pensamentos assim como os céus são mais altos do que a terra (cfr. Is. 55:9). Apesar disso, porém, Deus não nos desiludiu de modo algum com o seu modo de agir, antes nos alegrou grandemente porque "a sua obra é perfeita" (Deut. 32:4). Tivemos que reconhecer que os seus tempos e os seus modos eram os certos.

Dilectos, lembremo-nos que não somos nós que guiamos os nossos passos mas sim Deus, que não são os nossos desígnios que subsistirão mas os de Deus. Eis por que na nossa vida nos acontecem coisas ou encontramos pessoas que não tínhamos previsto antecipadamente ou nos acontecem coisas ou encontramos pessoas em quem tínhamos pensado mas nos tempos e nos modos que não tínhamos sequer imaginado.






Santos no local de culto... pecadores fora

Há uma categoria de crentes que quando se encontram no local de culto dão a impressão de viver uma vida justa e devota. Falam, agem, vestem de maneira irrepreensível. Na sua vida quotidiana porém são totalmente diferentes, irreconhecíveis; falam, agem e vestem de maneira indecente e vergonhosa. Demonstram de maneira eloquente amar os prazeres da vida, as riquezas, as concupiscências da carne. Estes podem ser de um certo modo comparados aos escribas e aos Fariseus que pareciam justos mas estavam cheios de iniquidade e de hipocrisia e que por esta sua condição foram por Jesus comparados a sepulcros caiados que parecem formosos por fora mas por dentro estão cheios de ossos e de imundícia (cfr. Mat. 23:27-28). Que tropeço que são estes crentes para aqueles do mundo que os conhecem! Que escândalo para os crentes devotos que descobrem esta sua dupla conduta! Mas eles ceifarão o salário da sua hipocrisia, não vos preocupeis.






Ali haverá pranto e ranger de dentes

Jesus Cristo nos seus discursos repetiu em várias ocasiões esta frase: "Ali haverá pranto e ranger de dentes" (Mat. 8:12; 13:42,50; 22:13; 24:51; 25:30; Lucas 13:28). Esse 'ali' se refere às "trevas exteriores" (Mat. 8:12; 22:13; 25:30), à "fornalha de fogo" (Mat. 13:42), em outras palavras quer ao Hades que é o lugar de tormento para onde vão os pecadores logo que morrem, quer ao lago ardente de fogo e enxofre que é o lugar final onde serão lançados os pecadores com o seu corpo depois de ressuscitarem e serem condenados.

A sorte que espera os ímpios é portanto terrível, as palavras de Jesus não deixam dúvidas a tal respeito. Mas eles não o sabem, o ignoram, porque andam nas trevas. Eles não sabem que quando expirarem a sua alma descerá para um lugar subterrâneo onde há fogo e trevas e onde precisamente há o pranto e o ranger de dentes que os espera. É nosso dever portanto quando anunciamos a eles a Boa Notícia do Reino de Deus dizer-lhes também que se não se arrependerem dos seus pecados e não crerem no Filho de Deus de modo nenhum escaparão quer ao tormento do Hades primeiro, quer ao do lago ardente de fogo e enxofre depois.






Pelas nossas iniquidades

Ó Senhor Jesus, tu naquele dia fora de Jerusalém, naquele lugar chamado Gólgota, foste pendurado a uma cruz. Furaram-te as mãos e os pés para te fixarem sobre aquele madeiro. Foste posto no meio de dois malfeitores, portanto contado entre os delinquentes. Tu, logo tu, que na tua vida nunca tinhas cometido pecado, nunca tinhas injuriado ninguém, tu que tinhas resistido a todas as tentações do diabo. Digo, logo tu, Jesus, foste tratado assim. Não merecias ter esse fim, que mal tinhas feito? Mas isso foi necessário - segundo o plano de Deus - para expiar as nossas iniquidades. Só com aquele teu sacrifício na cruz de facto nós poderíamos obter a remissão dos nossos pecados.

Nós queremos pois exaltar-te, glorificar-te, celebrar-te agora e para sempre por essa tão dolorosa morte por ti provada por todos nós quando éramos ainda pecadores. Amen.






…. se pelo Pai lhe não for concedido

Jesus um dia disse: "Ninguém pode vir a mim, se pelo Pai lhe não for concedido" (João 6:65) e também: "Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia" (João 6:44).

Quantas vezes, pensando na minha vida e sobretudo na minha conversão, tive que reconhecer que eu jamais teria podido converter-me a Cristo se o Pai não me tivesse trazido a ele, ou melhor, se Ele não me tivesse convertido. Eis por que agora posso dizer juntamente com Jeremias que ele me persuadiu e eu me deixei persuadir, mais forte foi do que eu e me venceu (cfr. Jer. 20:7). Porque foi ele a operar em mim com sucesso, com o meu desconhecimento, o que a ele agradava, ou seja, o que ele tinha decretado para mim ainda antes que me formasse no ventre de minha mãe, numa palavra a minha conversão. O que Ele não quis operar com outros, tanto no passado como nesta geração, o fez comigo, porque assim lhe aprouve. Obrigado Senhor Deus; exaltarei o teu nome e a tua graça enquanto viver.






Crendo

Não é suficiente orar a Deus para ser atendido, na realidade para que Deus nos atenda é preciso orar com fé. Jesus Cristo um dia disse aos seus discípulos: "E, tudo o que pedirdes na oração, crendo, o recebereis" (Mat. 21:22). Esse ‘crendo’ é pois muito claro; se nós orarmos a Deus sem crer com o coração que Ele nos pode atender e que nos atenderá, nós não seremos atendidos. Coisa esta que é confirmada por Tiago na sua epístola que diz àquele que pede a Deus sabedoria: "Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando; porque o que duvida é semelhante à onda do mar, que é levada pelo vento, e lançada de uma para outra parte. Não pense tal homem que receberá do Senhor alguma coisa. O homem de coração dobre é inconstante em todos os seus caminhos" (Tiago 1:6-8).

Não duvidemos da Palavra de Deus, não duvidemos do poder de Deus, não duvidemos da fidelidade de Deus: mas invoquemo-lo com plena certeza de fé e por certo Ele a seu tempo nos responderá e sabeis como? Com coisas tremendas, diz a Palavra de Deus (cfr. Sal. 65:5). A Ele que atende a oração seja a glória agora e eternamente. Amen.






Oh! quanto amo a tua palavra

Ó Senhor, meu Deus, a tua Palavra consola-me nos momentos de aflição, guia-me quando à minha volta não vejo senão trevas e o caminho de saída parece não haver, fortalece-me quando sinto as forças faltar, repreende-me quando erro, faz-me inteligente, encoraja-me a ter fé em ti em todos os momentos da minha vida, encoraja-me a fazer sempre o bem no meio deste mundo onde todos têm prazer em fazer o mal. Ó meu Deus, quanto amo a tua Palavra, eu tenho o meu deleite nela. Vira o meu coração sempre para ela, que os meus passos se dirijam sempre para a observância da tua Palavra e nunca tomem o caminho dos pecadores que leva à ruína.






Como tu fizeste, assim se fará contigo

No livro do profeta Obadias lê-se: "Como tu fizeste, assim se fará contigo" (Obadias 15). Eis duas histórias bíblicas que ilustram de maneira eloquente de que maneira Deus efectua esta palavra contra os que fazem o mal.

No livro de Juízes lê-se: "E subiu Judá, e o Senhor lhe entregou na sua mão os cananeus e os perizeus; e feriram deles, em Bezeque, a dez mil homens. E acharam Adoni-Bezeque em Bezeque, e pelejaram contra ele; e feriram aos cananeus e aos perizeus. Porém Adoni-Bezeque fugiu, mas o seguiram, e prenderam-no e cortaram-lhe os dedos polegares das mãos e dos pés. Então disse Adoni-Bezeque: Setenta reis, com os dedos polegares das mãos e dos pés cortados, apanhavam as migalhas debaixo da minha mesa; assim como eu fiz, assim Deus me pagou. E levaram-no a Jerusalém, e morreu ali" (Juízes 1:4-7). Quando pois este rei estrangeiro se viu privado dos polegares das mãos e dos pés, se lembrou de ter privado setenta reis dos polegares das mãos e dos pés e reconheceu que foi Deus a fazer com que se lhe cortassem agora a ele os polegares das mãos e dos pés. Não foi logo que Deus retribuiu a este rei o mal que tinha feito, mas chegou o tempo da vingança divina.

No livro de Samuel lê-se que depois que Davi cometeu adultério com a mulher de Urias o Heteu e fez morrer seu marido, Deus lhe enviou o profeta Natã para lhe anunciar os juízos que exercitaria contra ele e a sua casa por estas suas transgressões. A propósito das mulheres de Davi, Deus lhe disse através do profeta: "Assim diz o Senhor: Eis que suscitarei da tua própria casa o mal sobre ti, e tomarei tuas mulheres perante os teus olhos, e as darei a teu próximo, o qual se deitará com tuas mulheres perante este sol. Porque tu o fizeste em oculto, mas eu farei isto perante todo o Israel e perante o sol" (2 Sam. 12:11-12). E, de facto, isto se cumpriu a seguir quando Absalão, depois que Davi deixou Jerusalém, se deitou diante de todo o Israel com as mulheres de seu pai conforme está escrito: "Estenderam, pois, para Absalão uma tenda no terraço; e Absalão possuiu as concubinas de seu pai, perante os olhos de todo o Israel" (2 Sam. 16:22). Neste caso, como se vê, Deus fez com que o filho de Davi fizesse com as mulheres de seu pai e ainda por cima publicamente aquilo que ele tinha feito tempo antes em oculto com a mulher de Urias o Heteu.

Irmãos no Senhor, temamos a Deus guardando os seus mandamentos. Não desprezemos a sua Palavra porque Deus é justo e a seu tempo faz a nós como fizemos aos outros.

É preciso, porém, dizer que este ‘como tu fizeste, assim se fará contigo’ vale também no caso do bem que se faz, porque também neste caso Deus fará que a mesma benevolência que nós usamos para com o próximo seja usada a seu tempo para connosco. Façamos pois somente o bem aos outros.






Herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo

Não somos mais escravos do pecado, graças a Deus, porque a lei do Espírito da vida em Cristo Jesus nos libertou da lei do pecado e da morte (cfr. Rom. 8:2). Deus enviou aos nossos corações o seu Espírito pelo qual clamamos: ‘Aba! Pai!' Este Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus, e se somos filhos de Deus somos também herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo. Mas de que coisa fomos feitos herdeiros? Visto que Cristo Jesus foi "constituído herdeiro de todas as coisas" (Heb. 1:2), por conseguinte, nós fomos constituídos herdeiros de todas as coisas. Que gloriosa herança Deus na sua graça nos prometeu dar! Não percamos pois nunca de vista este facto. E oremos pelos irmãos para que saibam "quais as riquezas da glória da sua herança nos santos" (Ef. 1:18).






Lembra-te de que Jesus Cristo ressuscitou

Na Sagrada Escritura há muitas exortações para lembrar de alguma coisa ou de alguém: uma destas é a dada por Paulo a Timóteo: "Lembra-te de que Jesus Cristo, que é da descendência de Davi, ressuscitou dentre os mortos" (2 Tim. 2:8).

Não parece estranho que Paulo tenha dado uma semelhante exortação a Timóteo, um outro crente que era também ele como Paulo um apóstolo (cfr. 1 Tess. 1:1; 2:6)? No entanto, não importa quanto estranho possa parecer, Paulo exortou a lembrar que Jesus Cristo ressuscitou dos mortos. É importante pois lembrar da ressurreição de Cristo, ressurreição que como diz ainda Paulo aconteceu para a nossa justificação (cfr. Rom. 4:25) de tal maneira que se Cristo não tivesse ressuscitado nós estaríamos ainda nos nossos pecados (cfr. 1 Cor. 15:17).

Procuremos ter sempre desperta a nossa mente como também a mente dos irmãos com quem temos contacto falando da ressurreição de Cristo Jesus.

Além disso, notei que lembrando a ressurreição de Cristo nós acabamos inevitavelmente por lembrar também uma outra ressurreição, que porém deve ainda cumprir-se, que é a dos justos que acontecerá na vinda de Cristo. De facto, a Escritura diz que como Deus ressuscitou a Cristo pelo seu poder assim nos ressuscitará também a nós para nos fazer comparecer na sua presença (cfr. 1 Cor. 6:14; 2 Cor. 4:14); Jesus, na verdade, é as primícias dos que dormem (cfr. 1 Cor. 15:20).






A serpente de metal

Os Israelitas tornaram-se impacientes e começaram a falar contra Deus e contra Moisés. Então Deus enviou contra eles serpentes venenosas as quais mordiam os Israelitas e muitos deles morreram. O povo então reconheceu ter pecado e rogou a Moisés para orar pelo povo, coisa que Moisés fez. Deus então respondeu a Moisés dizendo que se fizesse uma serpente de metal e se a pusesse sobre uma haste para que vivesse todo o que olhasse para ela. E assim aconteceu, todo o Israelita que depois de ter sido mordido pelas serpentes olhava para serpente de metal escapava e continuava a viver (cfr. Num. 21:4-9).

Desta história acontecida ao povo de Israel durante a sua viagem no deserto tiramos o seguinte ensinamento. O homem peca contra Deus e o pecado lhe paga com a morte pelo que ele está morto nos seus pecados e nas suas transgressões. O espera a perdição eterna, em outras palavras uma eterna infâmia em tormentos. Para ele não há alguma esperança de escapar. Mas Deus na sua grande misericórdia lhe proveu um caminho de escape que é a fé em Cristo Jesus, o seu Filho que foi pregado na cruz pelos nossos pecados para que todo aquele que nele crê não pereça mas tenha a vida eterna (cfr. João 3:14). Jesus Cristo morrendo na cruz se carregou da maldição da lei porque está escrito que todo aquele que for pendurado no madeiro é maldito (cfr. Gal. 3:13-14), para que nós por meio dele fôssemos resgatados da maldição da lei, debaixo da qual estávamos conforme está escrito que todo aquele que não põe em prática todas as coisas escritas na lei é maldito (cfr. Gal. 3:10), e recebêssemos a bênção de Abraão, ou seja, a remissão dos nossos pecados e a vida eterna. Que grande amor Cristo manifestou por nós que noutro tempo éramos pecadores e rebeldes! Falemos dele todas as vezes que tenhamos oportunidade disso.






Finalmente livres… mas não de fazer o que se quer!

Quem comete pecado é escravo do pecado, disse Jesus um dia (cfr. João 8:34). E nós quando éramos pecadores éramos escravos do pecado, era mais forte do que nós pecar, não podíamos deixar de fazê-lo. Mas graças a Deus pela fé no Filho de Deus fomos libertados do pecado cuja força recordemos é a lei. Estamos pois finalmente livres, livres da escravidão do pecado. Atenção porém para não fazer desta liberdade uma ocasião para a carne (cfr. Gal. 5:13) porque se nós vivermos segundo a carne nós morreremos (cfr. Rom. 8:13). Antes lembremo-nos que agora que fomos libertados do pecado somos escravos de Cristo pelo que devemos fazer o que ele diz. E o que nos manda Cristo senão de servir a justiça com todos os nossos membros? Apresentemos pois os nossos membros ao serviço da justiça como convém aos discípulos de Cristo.






Salvos em esperança

Nós, como diz o apóstolo Paulo, "em esperança fomos salvos" (Rom. 8:24), o que significa que em vista da nossa salvação fomos chamados a esperar alguma coisa que ainda não vemos porque, como diz ainda Paulo, "a esperança que se vê não é esperança; porque o que alguém vê como o esperará?" (Rom. 8:24). E esta alguma coisa que esperamos é a redenção do nosso corpo (cfr. Rom. 8:23). Deve-se, com efeito, sempre ter presente que o nosso corpo é ainda um corpo corruptível, mortal e fraco; por isso ele se vai enfraquecendo até chegar à morte, que, se é verdade que quando chega leva a alma do crente a partir e a ir ter com o Senhor, é também verdade que inicia no corpo humano aquele processo de decomposição que o levará a tornar-se pó. No caso do corpo do crente, portanto, importa dizer que num certo sentido o corpo é 'perdido' pelo crente porque é deixado a decompor-se na terra. Mas chegará o dia em que esse corpo será remido e isso acontecerá na vinda do Senhor, com a ressurreição, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade e isto que é mortal se revestir da imortalidade. Esta redenção, porém, não dirá respeito apenas aos mortos em Cristo, mas também aos que naquele dia forem achados vivos, também eles de facto serão mudados e o seu corpo sofrerá a mesma transformação; a diferença entre as duas transformações será que a primeira acontecerá sobre corpos mortos e a segunda sobre corpos ainda vivos que não verão a morte (cfr. 1 Cor. 15:52-54).

Isto pois é o que nós esperamos, e que esperamos com fé e paciência.






Herodes e Pôncio Pilatos

"Nesse mesmo dia Pilatos e Herodes tornaram-se amigos; pois antes andavam em inimizade um com o outro" (Lucas 23:12). Qual dia? Aquele em que Pilatos enviou Jesus Cristo a Herodes. Pilatos de facto, quando Jesus compareceu diante dele, sabendo que Jesus era da Galileia, isto é, da jurisdição de Herodes, remeteu-o a Herodes que naqueles dias se encontrava em Jerusalém e que há muito tempo desejava vê-lo para o ver fazer algum milagre (cfr. Lucas 23:8). Portanto, duas pessoas do mundo, inimigas de Jesus Cristo, e no passado inimigas uma da outra tornaram-se amigas por causa de Jesus Cristo, o Justo.

Hoje, há no meio do povo de Deus alguns homens, corruptos de entendimento e reprovados quanto à fé, que são inimigos há anos, mas quando se trata de combater um justo então aliam-se e tornam-se amigos. Esta luta conjunta, na verdade, é-lhes necessária porque têm a defender os seus interesses pessoais postos em sério perigo pela obra restauradora levada avante pelo justo em questão e que inevitavelmente vai ameaçar os interesses pessoais (que são, antes de tudo, interesses económicos e depois de prestígio) destes que dominam o povo de Deus e o maltratam. Mas ainda que o justo seja por eles caluniado, desencorajado de seguir a justiça, e afligido de todas as maneiras, no fim ele triunfará porque os inimigos do justo serão por Deus aviltados e envergonhados. Como diz uma passagem da Escritura: "No fim verá o seu desejo sobre os seus inimigos" (Sal. 112:8). Na verdade Deus é justo e a seu tempo faz justiça aos seus eleitos que dia e noite clamam a ele. A ele seja a glória agora e eternamente. Amen.






Uma vaidade que se faz sobre a terra

Salomão escreveu: "Ainda há outra vaidade que se faz sobre a terra: há justos que são tratados como se tivessem feito as obras dos ímpios, e há ímpios que são tratados como se tivessem feito as obras dos justos. Eu disse que também isto é vaidade" (Ecl. 8:14).

Esta é uma coisa que constatamos no meio deste mundo mau. Há justos que por causa do nome do Senhor Jesus Cristo que sobre eles é invocado, da justiça que praticam, da verdade que difundem, são considerados malvados, supersticiosos, gente que delira, arrogantes, enganadores, rebeldes, diabos e tudo o mais. São lançados para longe, desprezados, caluniados, açoitados, presos e por vezes até mortos. Na antiguidade, entre estes justos tratados como malvados estiveram também os apóstolos. Escutai o que disse Paulo dele e dos seus cooperadores: "Até o presente somos considerados como o lixo do mundo, e como a escória de todos" (1 Cor. 4:13), e também: "[tidos] como enganadores, porém verdadeiros" (2 Cor. 6:8). Paulo dizia quando estava em prisões que ele estava em cadeias "como um malfeitor" (2 Tim. 2:9). Mas ainda antes dos apóstolos esteve Jesus Cristo, o Justo, a ser tratado como se tivesse feito a obra de um ímpio de facto, ainda que não tivesse cometido nenhum pecado e na sua boca não tivesse sido achado engano, foi perseguido, injuriado, caluniado, odiado e por fim posto na cruz entre malfeitores.

Mas há também malvados que são tratados como se tivessem feito a obra dos justos. Alguns exemplos de hoje; há homossexuais que pela sua obra de reivindicação dos direitos dos homossexuais (direito de casar, de adoptar filhos, etc.) são considerados e elogiados como se estivessem a fazer uma coisa justa e lícita, digna de todo o respeito. Há magos e feiticeiros que por causa das suas práticas mágicas são aplaudidos, são amados, tidos em grande estima até por autoridades civis. Há actores que recitam partes de gente má e perversa para lá de todo o limite, e cómicos que zombam de tudo e de todos com uma enorme audácia, que são premiados como se a sua obra fosse uma obra justa. Há homens que ensinam heresias de perdição, adoram ídolos, que são tidos em grande estima pelo mundo; dentre estes sobressaem o papa, e os gurus indianos. Poderia prosseguir, mas me fico por aqui.

Na verdade este mundo é mau, é um mundo cheio de injustiças que fazem sofrer o coração do justo. Mas vem o dia em que Deus fará justiça; como diz o profeta Malaquias a propósito dos justos: "E eles serão meus, diz o Senhor dos exércitos, minha possessão particular naquele dia que prepararei; poupá-los-ei, como um homem poupa a seu filho, que o serve. Então vereis outra vez a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus, e o que o não serve. Pois eis que aquele dia vem ardendo como fornalha; todos os soberbos, e todos os que cometem impiedade, serão como restolho; e o dia que está para vir os abrasará, diz o Senhor dos exércitos, de sorte que não lhes deixará nem raiz nem ramo. Mas para vós, os que temeis o meu nome, nascerá o sol da justiça, trazendo curas nas suas asas; e vós saireis e saltareis como bezerros da estrebaria. E pisareis os ímpios, porque se farão cinza debaixo das plantas de vossos pés naquele dia que prepararei, diz o Senhor dos exércitos" (Mal. 3:17-18; 4:1-3). De qualquer modo, ainda antes desse dia Deus premeia os justos e pune os ímpios conforme está escrito: "Eis que o justo recebe na terra a sua retribuição; quanto mais o ímpio e o pecador!" (Prov. 11:31).

Dilectos no Senhor, Deus não trata e nunca tratará os justos como se tivessem feito as obras do ímpios, e os malvados como se tivessem feito as obras dos justos. ELE É JUSTO. A Ele seja a glória agora e eternamente. Amen.




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