A volta de
Cristo e os eventos que se seguirão |
Depois que Jesus Cristo foi
ressuscitado dos mortos, apareceu àqueles que ele tinha escolhido como suas
testemunhas. Esteve com eles quarenta dias falando das coisas relativas ao
reino de Deus, depois em Betânia enquanto os estava abençoando foi elevado ao
céu mais precisamente para a direita de Deus conforme está escrito:
"Assentou-se à direita da Majestade nas alturas" (Heb. 1:3). Isto aconteceu para que se cumprisse as
palavras de Davi: "Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha
direita, até que eu ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés"
(Sal. 110:1). Mas de onde agora
Jesus se encontra ele um dia voltará. Ele mesmo ainda antes de sofrer
prometeu voltar de facto disse aos seus discípulos: "Na casa de meu Pai
há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito; vou preparar-vos
um lugar. E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos tomarei
para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também. E para
onde eu vou vós conheceis o caminho" (João 14:2-4). |
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Como
acontecerá a volta de Jesus Cristo? |
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Da mesma maneira em que ele foi para o céu. |
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Está escrito de facto no livro
dos Actos dos apóstolos: "Tendo ele dito estas coisas, foi levado para
cima, enquanto eles olhavam, e uma nuvem o recebeu, ocultando-o a seus olhos.
Estando eles com os olhos fitos no céu, enquanto ele subia, eis que junto
deles apareceram dois varões vestidos de branco, os quais lhes disseram:
Varões galileus, por que estais aí olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre
vós foi elevado para o céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir"
(Actos 1:9-11). Portanto como Jesus foi visto ir para o céu por aqueles que
estavam presentes na sua ascensão, assim, na sua volta, será visto voltar do
céu, mas desta vez não será visto apenas por um pequeno número de pessoas
como na sua ascensão mas por todos, conforme está escrito: "Eis que vem
com as nuvens, e todo o olho o verá, até mesmo aqueles que o traspassaram; e
todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim. Amém" (Ap. 1:7). |
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Sobre as nuvens, com glória
e com poder. |
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Em Mateus de facto a respeito da volta de Cristo está escrito:
"Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem, e todas as tribos da
terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu,
com poder e grande glória" (Mat. 24:30). O profeta Daniel
centenas de anos antes tinha dito: "Eu estava olhando nas minhas visões
noturnas, e eis que vinha com as nuvens do céu um como filho de homem; e
dirigiu-se ao ancião de dias, e foi apresentado diante dele. E foi-lhe dado
domínio, e glória, e um reino, para que todos os povos, nações e línguas o
servissem; o seu domínio é um domínio eterno, que não passará, e o seu reino
tal, que não será destruído" (Dan. 7:13-14). |
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O que
acontecerá na volta de Jesus Cristo? |
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A ressurreição dos que morreram em Cristo e a transformação daqueles
que ficarem vivos. |
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A propósito da ressurreição dos
crentes Paulo diz aos santos de Corinto que "em Cristo todos serão
vivificados. Cada um, porém, na sua ordem: Cristo as primícias, depois os que
são de Cristo, na sua vinda" (1 Cor. 15:22-23), e aos santos de Tessalónica:
"O mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com
a trombeta de Deus, e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro
…" (1 Tess. 4:16). Entre os que morreram em Cristo que ressurgirão
estarão também as almas dos que foram degolados (decapitados) pelo testemunho
de Jesus e pela palavra de Deus e dos que não adoraram a besta nem a sua
imagem e não receberam o sinal nas suas testas nem nas suas mãos (cfr. Ap.
20:4). |
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A propósito em vez da
transformação dos vivos ainda Paulo diz aos Tessalonicenses: "… depois
nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas
nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o
Senhor" (1 Tess. 4:17). |
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Portanto, como diz ainda Paulo,
"nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados" (1 Cor.
15:51), num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da trombeta que
soará o Senhor Jesus Cristo. Naquele dia Jesus Cristo "transformará o corpo
da nossa humilhação, para ser conforme ao corpo da sua glória, segundo o seu
eficaz poder de até sujeitar a si todas as coisas" (Fil. 3:21), naquele
dia nós seremos revestidos da nossa habitação celestial, e o que é mortal
será absorvido pela vida (cfr. 2 Cor. 5:2,4). É um grande dia portanto o da
volta de Jesus Cristo porque nele os que morreram em Cristo e os que ficarem
vivos obterão a redenção do seu corpo (cfr. Rom. 8:23), ou como é também chamada
a plena redenção (cfr. Ef. 1:14) que os santos de todos os séculos esperaram
com fé e paciência. |
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A destruição dos que não conhecem Deus e não obedecem ao Evangelho. |
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Paulo diz de facto aos santos
de Tessalónica: "…quando do céu se manifestar
o Senhor Jesus com os anjos do seu poder em chama de fogo, e tomar vingança
dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho de nosso
Senhor Jesus; os quais sofrerão, como castigo, a perdição eterna, banidos da
face do senhor e da glória do seu poder, quando naquele dia ele vier para ser
glorificado nos seus santos e para ser admirado em todos os que tiverem
crido, e em vós também, porquanto o nosso testemunho foi crido entre vós"
(2 Tess. 1:7-10). |
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Entre os que serão punidos estarão também todos aqueles crentes que na
volta de Cristo não estiverem prontos. Jesus de facto explicou de variadas
maneiras que os que não forem achados
prontos na sua volta serão por ele punidos. Numa parábola ele
disse por exemplo: "Quem é, pois, o servo fiel
e prudente, que o senhor constituiu sobre os da sua casa, para a tempo
dar-lhes o sustento? Bem-aventurado aquele servo a quem o seu senhor, quando
vier, achar assim fazendo. Em verdade vos digo que o porá sobre todos os seus
bens. Mas se aquele outro, o mau servo, disser no seu coração: O meu senhor
tarda em vir, e começar a espancar os seus conservos, e a comer e beber com
os ébrios, virá o senhor daquele servo, num dia em que não o espera, e numa
hora de que não sabe, e cortá-lo-á pelo meio, e lhe dará a sua parte com os
hipócritas; ali haverá pranto e ranger de dentes" (Mat. 24:45-51). Notai o fim que cabe ao
servo que o seu senhor constituiu sobre os da sua casa mas que na sua
ausência se abandona à dissolução, primeiro ele será cortado pelo meio e
depois lhe será destinada a parte dos hipócritas que é uma terrível parte
porque onde são lançados os hipócritas há pranto e ranger de dentes. Numa
outra parábola Jesus disse que naquele dia acontecerá "como um homem que, ausentando-se do país, chamou os seus
servos e lhes entregou os seus bens: a um deu cinco talentos, a outro dois, e
a outro um, a cada um segundo a sua capacidade; e seguiu viagem. O que
recebera cinco talentos foi imediatamente negociar com eles, e ganhou outros
cinco; da mesma sorte, o que recebera dois ganhou outros dois; mas o que
recebera um foi e cavou na terra e escondeu o dinheiro do seu senhor. Ora, depois de muito tempo veio o senhor daqueles servos,
e fez contas com eles. Então chegando o que recebera cinco talentos,
apresentou-lhe outros cinco talentos, dizendo: Senhor, entregaste-me cinco
talentos; eis aqui outros cinco que ganhei. Disse-lhe o seu senhor: Muito
bem, servo bom e fiel; sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei;
entra no gozo do teu senhor. Chegando também o que recebera dois talentos, disse:
Senhor, entregaste-me dois talentos; eis aqui outros dois que ganhei. Disse-lhe o seu senhor: Muito bem, servo bom e fiel;
sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu
senhor. Chegando por fim o que recebera um talento, disse: Senhor, eu te
conhecia, que és um homem duro, que ceifas onde não semeaste, e recolhes onde
não joeiraste; e, atemorizado, fui esconder na terra o teu talento; eis aqui
tens o que é teu. Ao que lhe respondeu o seu senhor: Servo mau e preguiçoso,
sabias que ceifo onde não semeei, e recolho onde não joeirei? Devias então
entregar o meu dinheiro aos banqueiros e, vindo eu, tê-lo-ia recebido com
juros. Tirai-lhe, pois, o talento e dai ao que tem os dez talentos. Porque a
todo o que tem, dar-se-lhe-á, e terá em abundância; mas ao que não tem, até
aquilo que tem ser-lhe-á tirado. E lançai o servo inútil nas trevas
exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes" (Mat.
25:14-30). Também neste caso notai o fim terrível que terá o servo inútil que
não obedeceu à ordem do seu senhor, será lançado nas trevas onde haverá
pranto e ranger de dentes. |
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A destruição do homem do
pecado. |
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Paulo de facto diz ainda aos Tessalonicenses
que aquele dia não virá sem que antes não seja vinda a apostasia e não seja
manifestado o homem do pecado, o filho da perdição, "cuja vinda é
segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios de
mentira, e com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não
receberam o amor da verdade para se salvarem" (2 Tess. 2:9-10). O
Senhor Jesus destruirá aquele ímpio "pelo sopro da sua boca, e
aniquilará pelo esplendor da sua vinda" (2 Tess. 2:8). |
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Que o Senhor Jesus quando
voltar do céu pelejará (guerreará) contra os seus inimigos é confirmado por
João no livro do Apocalipse quando diz: "E vi o céu aberto, e eis um
cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele chama-se Fiel e Verdadeiro;
e julga e peleja com justiça. E os seus olhos eram como chama de fogo; e
sobre a sua cabeça havia muitos diademas; e tinha um nome escrito, que
ninguém sabia senão ele mesmo. E estava vestido de uma veste salpicada de
sangue; e o nome pelo qual se chama é a Palavra de Deus. E seguiam-no os
exércitos no céu em cavalos brancos, e vestidos de linho fino, branco e puro.
E da sua boca saía uma aguda espada, para ferir com ela as nações; e ele as
regerá com vara de ferro; e ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor
e da ira do Deus Todo-Poderoso. E no vestido e na sua coxa tem escrito este
nome: Rei dos reis, e Senhor dos
senhores. E vi um anjo que estava no sol, e clamou com grande voz,
dizendo a todas as aves que voavam pelo meio do céu: Vinde, e ajuntai-vos à
ceia do grande Deus; Para que comais a carne dos reis, e a carne dos
tribunos, e a carne dos fortes, e a carne dos cavalos e dos que sobre eles se
assentam; e a carne de todos os homens, livres e servos, pequenos e grandes.
E vi a besta, e os reis da terra, e os seus exércitos reunidos, para fazerem
guerra àquele que estava assentado sobre o cavalo, e ao seu exército. E a
besta foi presa, e com ela o falso profeta, que diante dela fizera os sinais,
com que enganou os que receberam o sinal da besta, e adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados vivos no lago
ardente de fogo e de enxofre. E os demais foram mortos com a espada
que saía da boca do que estava assentado sobre o cavalo, e todas as aves se
fartaram das suas carnes" (Ap. 19:11-21). Haverá então uma verdadeira
carnificina na volta gloriosa de Jesus operada por Cristo Jesus mesmo. |
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A instauração do reino milenar sobre a terra. |
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João diz de facto a propósito
dos que participaram da primeira ressurreição (que é a dos que morreram em
Cristo): "Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira
ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes
de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos" (Ap. 20:6). Portanto
Cristo e os seus santos reinarão sobre a terra por um período de mil anos.
Estes mil anos sobre a terra serão caracterizados pela paz e pela justiça e
isto porque o diabo será preso no abismo conforme está escrito: "E vi
descer do céu um anjo, que tinha a chave do abismo, e uma grande cadeia na
sua mão. Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo e Satanás, e
amarrou-o por mil anos. E lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e pôs selo
sobre ele, para que não mais engane as nações, até que os mil anos se acabem.
E depois importa que seja solto por um pouco de tempo" (Ap. 20:1-3). |
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Quando
acontecerá a volta de Jesus Cristo? |
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A seu tempo, isto é, no tempo
fixado por Deus, porque Paulo diz que a sua aparição "a seu tempo
mostrará o bem-aventurado, e único poderoso Senhor, Rei dos reis e Senhor dos
senhores" (1 Tim. 6:15). Como então a primeira vinda de Jesus aconteceu
a seu tempo conforme está escrito: "Porque Cristo, estando nós ainda
fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios" (Rom. 5:6), semelhantemente
será para a sua segunda vinda. Este tempo ninguém o sabe porque como disse
Jesus enquanto estava sobre a terra: "Mas daquele dia e hora ninguém
sabe, nem os anjos do céu, nem o Filho, mas unicamente meu Pai" (Mat.
24:36). Jesus disse aos seus discípulos de vigiar e de orar justamente porque
não sabiam nem o dia e nem a hora da sua volta (cfr. Mat. 24:44; 25:13). O
apóstolo Paulo sobre os tempos da volta de Cristo disse aos santos de
Tessalónica: "Mas, irmãos, acerca dos tempos e das estações, não
necessitais de que se vos escreva; porque vós mesmos sabeis muito bem que o
dia do Senhor virá como o ladrão de noite; pois que, quando disserem: Há paz
e segurança, então lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de
parto àquela que está grávida, e de modo nenhum escaparão" (1 Tess.
5:1-3). Naturalmente o dia do Senhor virá como um ladrão para os que estão
nas trevas e não para os que estão na luz, ou seja, os filhos de Deus que
caminham na luz, porque os filhos da luz esperam o Senhor, enquanto os que
são da noite não o esperam. Paulo isto o explica logo depois dizendo:
"Mas vós, irmãos, já não estais em trevas, para que aquele dia vos
surpreenda como um ladrão; porque todos vós sois filhos da luz e filhos do
dia; nós não somos da noite nem das trevas. Não durmamos, pois, como os demais, mas vigiemos, e sejamos sóbrios"
(1 Tess. 5:4-6). É óbvio porém que se um filho da luz deixa de caminhar na
luz e se põe a caminhar nas trevas aquele dia o surpreenderá também a ele
como um ladrão e então não escapará à punição da qual falávamos antes. Não
disse porventura Jesus aos seus discípulos: "Olhai
por vós mesmos; não aconteça que os vossos corações se carreguem de
glutonaria, de embriaguez, e dos cuidados da vida, e aquele dia vos
sobrevenha de improviso como um laço. Porque há de vir sobre todos os que
habitam na face da terra" (Lucas 21:34-35)? |
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Pelo que temos dito é evidente então que todo aquele que faz cálculos
para estabelecer os tempos da volta de Cristo faz uma coisa que não é segundo
a vontade de Deus. A vontade de Deus é que nós nos preparemos para a vinda de
Cristo a fim de não ficarmos confundidos diante
dele, mas não que façamos cálculos para estabelecer mesmo aproximadamente
quando ele voltará. Nos basta saber que a vinda do Senhor está próxima (Tiago
5:8), que "ainda um poucochinho
de tempo, e o que há de vir virá, e não tardará" (Heb. 10:37), que
muitas das coisas que Jesus disse que precederão a sua vinda se cumpriram e
se estão cumprindo também nesta geração, e que aquele dia não virá sem que
primeiro não seja vinda a apostasia e não seja manifestado o homem do pecado.
Quando pois ele voltará não pertence a nós sabê-lo porque como disse Jesus
aos seus discípulos que lhe tinham perguntado se era naquele tempo que ele
restabeleceria o reino de Israel: "A vós não
vos compete saber os tempos ou as épocas, que o Pai reservou à sua própria
autoridade" (Actos 1:7). Infelizmente porém há sempre
alguém no meio da irmandade que não cuidando daquilo que diz a Escritura se
deleita em querer estabelecer tempos e épocas da volta de Cristo. Vos exorto
a vos guardardes de todo aquele que
aja desta maneira, não importa se é um homem ou uma mulher, uma pessoa
eloquente ou não, um pastor ou uma ovelha, alguém que conheça ou que não
conheça as Escrituras; sabei que ele com os seus discursos coloca perturbação
no coração dos que lhe dão ouvidos e isso é sinal que os seus discursos não
são de Deus. O repito irmãos, guardai-vos de todos os que - não importa como
- chegaram a estabelecer a data da volta de Cristo; os seus são profanos falatórios
que a seu tempo se manifestarão como tais, para sua confusão e daqueles que
lhe dão ouvidos. |
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O que
acontecerá depois da volta de Cristo? |
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O reino milenar e o soltar do diabo ao seu término |
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Como dito antes, quando Cristo
voltar iniciará um reinado de mil anos sobre a terra, reinado de paz e de
justiça, porque o diabo se encontrará preso no abismo por todo este tempo. No
fim deste tempo porém o diabo será solto da sua prisão e enganará as nações.
Eis como João descreve estes últimos eventos: "E, acabando-se os mil
anos, Satanás será solto da sua prisão, e sairá a enganar as nações que estão
sobre os quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, cujo número é como a areia
do mar, para as ajuntar em batalha. E subiram sobre a largura da terra, e
cercaram o arraial dos santos e a cidade amada; mas desceu fogo, de
Deus, do céu, e os devorou. E o diabo, que os enganava, foi lançado no
lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e de
noite serão atormentados para todo o sempre" (Ap. 20:7-10). Portanto
depois do milénio todos os que forem enganados pelo diabo se atirarão contra
os santos que estarão sobre a terra, mas Deus os punirá com fogo do céu, um
pouco como fez com Sodoma e Gomorra. E também o diabo será punido, ele será
lançado no fogo eterno para lá ser atormentado pela eternidade como
justamente merece. Portanto tanto o enganador como os enganados serão
punidos. |
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A destruição destes céus e desta terra. |
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João diz de facto que depois
que o diabo foi lançado no fogo eterno viu um grande trono branco e Aquele
que estava sentado sobre ele "de cuja presença fugiram a terra e o céu;
e não se achou lugar para eles" (Ap. 20:11). No lugar deles Deus criará
uma nova terra e um novo céu (cfr. Ap. 21:1). |
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A ressurreição dos ímpios e o seu juízo. |
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Esta é a segunda ressurreição,
ou seja a dos que fizeram o mal (cfr. João 5:29), que ressurgirão na
ressurreição do juízo para serem julgados segundo as suas obras e condenados
ao fogo eterno. João na visão a viu e a descreveu assim: "E vi os mortos,
grandes e pequenos, que estavam diante do trono, e abriram-se os livros; e
abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros,
segundo as suas obras. E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte
e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo
as suas obras. E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a
segunda morte. E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi
lançado no lago de fogo" (Ap. 20:12-15). |
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A descida da Nova Jerusalém sobre a nova terra na qual reinarão
eternamente os santos. |
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Eis como João descreve a
descida da Nova Jerusalém e a própria cidade: "E vi um novo céu, e uma
nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já
não existe. E eu, João, vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que de Deus
descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido. E ouvi
uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os
homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus
estará com eles, e será o seu Deus. E Deus limpará de seus olhos toda a
lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já
as primeiras coisas são passadas |
(…) E veio a mim um dos sete anjos que
tinham as sete taças cheias das últimas sete pragas, e falou comigo, dizendo:
Vem, mostrar-te-ei a esposa, a mulher do Cordeiro. E levou-me em espírito a
um grande e alto monte, e mostrou-me a grande cidade, a santa Jerusalém, que
de Deus descia do céu. E tinha a glória de Deus; e a sua luz era semelhante a
uma pedra preciosíssima, como a pedra de jaspe, como o cristal resplandecente.
E tinha um grande e alto muro com doze portas, e nas portas doze anjos, e
nomes escritos sobre elas, que são os nomes das doze tribos dos filhos de
Israel. Do lado do levante tinha três portas, do lado do norte, três portas,
do lado do sul, três portas, do lado do poente, três portas. E o muro da
cidade tinha doze fundamentos, e neles os nomes dos doze apóstolos do
Cordeiro. E aquele que falava comigo tinha uma cana de ouro, para medir a
cidade, e as suas portas, e o seu muro. E a cidade estava situada em
quadrado; e o seu comprimento era tanto como a sua largura. E mediu a cidade
com a cana até doze mil estádios; e o seu comprimento, largura e altura eram
iguais. E mediu o seu muro, de cento e quarenta e quatro côvados, conforme à
medida de homem, que é a de um anjo. E a construção do seu muro era de jaspe,
e a cidade de ouro puro, semelhante a vidro puro. E os fundamentos do muro da
cidade estavam adornados de toda a pedra preciosa. O primeiro fundamento era
jaspe; o segundo, safira; o terceiro, calcedônia; o quarto, esmeralda; O quinto, sardônica; o sexto, sárdio; o
sétimo, crisólito; o oitavo, berilo; o nono, topázio; o décimo, crisópraso; o
undécimo, jacinto; o duodécimo, ametista. E as doze portas eram doze pérolas;
cada uma das portas era uma pérola; e a praça da cidade de ouro puro, como
vidro transparente. E nela não vi templo, porque o seu templo é o Senhor Deus
Todo-Poderoso, e o Cordeiro. E a cidade não necessita de sol nem de lua, para
que nela resplandeçam, porque a glória de Deus a tem iluminado, e o Cordeiro
é a sua lâmpada. E as nações dos salvos andarão à sua luz; e os reis da terra
trarão para ela a sua glória e honra. E as suas portas não se fecharão de
dia, porque ali não haverá noite. E a ela trarão a glória e honra das nações.
E não entrará nela coisa alguma que contamine, e cometa abominação e mentira;
mas só os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro. E mostrou-me o
rio puro da água da vida, claro como cristal, que procedia do trono de Deus e
do Cordeiro. No meio da sua praça, e de um e de outro lado do rio, estava a
árvore da vida, que produz doze frutos, dando seu fruto de mês em mês; e as
folhas da árvore são para a saúde das nações. E ali nunca mais haverá
maldição contra alguém; e nela estará o trono de Deus e do Cordeiro, e os
seus servos o servirão. E verão o seu
rosto, e nas suas testas estará o seu nome. E ali não haverá mais noite, e
não necessitarão de lâmpada nem de luz do sol, porque o Senhor Deus os
ilumina; e reinarão para todo o sempre" (Ap. 21:1-4,9-27; 22:1-5). |
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Conclusão |
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Eis pois irmãos qual é a esperança dos santos, a de ressuscitar ou de ser transformados na volta de Cristo do céu, reinar com ele pelos sucessivos mil anos sobre a terra, e viver pela eternidade com o mesmo corpo imortal, incorruptível e glorioso na Nova Jerusalém sobre uma nova terra. Quem tem esta esperança em Cristo se alegre e glorifique a Deus, e se purifique como Jesus Cristo é puro; quem pelo contrário ainda não tem esta esperança se arrependa dos seus pecados e creia em Jesus Cristo, ou seja, que Jesus Cristo morreu pelos nossos pecados e ressuscitou ao terceiro dia para a nossa justificação e então terá também ele esta gloriosa esperança nele que o acompanhará pelo resto da sua vida. A Cristo Jesus, Aquele que era, que é e que vem, seja a glória agora e eternamente. Amen. |