2.
Sem nenhuma ofensa (muitas coisas do site são deveras interessantes e
completas), mas não posso com certeza partilhar o teu desprezo por tudo
o que é música, dança, teatro …. Como poderia não agradar a Deus aquilo
que se faz para louvá-Lo e exaltá-lo e difundir a Sua palavra?! O importante
é não ir contra os seus ensinamentos, e uma boa música (cristã) um pouco
mais viva que o habitual não pode com certeza fazer mal! E o teatro pode
servir para aproximar quem doutra forma não ouviria, o se faz por Ele!
Por que é que o Senhor não deveria apreciar? |
Pelo que dizes na
tua carta eu desprezo 'tudo o que é música, dança, teatro,…', mas tirando
o teatro (neste caso de facto a minha rejeição é total), não me parece propriamente
ter escrito ser contra tudo o que é música e dança. Vê, irmã, resumo brevemente
aquilo que escrevi no site, há música e música e há dança e dança. Certamente
eu não desprezo aquela música que eleva o nosso espírito e nos põe em íntima
comunhão com Deus ou aquela música um pouco viva que acompanha certos cânticos
de alegria e de exultação. A mim me agradam por exemplo certos motivos
musicais velozes hebraicos porque te levam a glorificar a Deus com alegria
e com palmas, e se o Espírito de Deus me move também a saltar e a dançar
na presença de Deus. Portanto há também um dançar lícito para um filho
de Deus, um dançar como o de Davi que não se deve absolutamente desprezar
se não se quiser ser punido como o foi Mical por ter desprezado em seu
coração Davi ao vê-lo dançar com todas as suas forças para a glória de
Deus. Quando porém a dança começa a ser organizada pelo homem e já não é
espontânea então certamente já não está bem. Tudo deve ser feito debaixo da
precisa guia de Deus pelo Espírito. Pelo que respeita a música rejeito a
música rock e outros tipos de música que são usados para transmitir a mensagem
da salvação aos jovens perdidos ou para transmitir outras mensagens cristãs
aos jovens crentes. A música rock é violenta e leva quem a ouve à violência;
mas não só, leva quem a toca a vestir-se de maneira indecente. Por exemplo
há bandas de 'rock cristão' cujos homens põem brincos nas orelhas e deixam
crescer o cabelo como as mulheres. E olha que também eles dizem que aquilo
que fazem o fazem para ganhar as pessoas para Cristo, e para atraí-las
a ouvir a palavra de Deus.
Que faremos então? Tu achas que estes desta maneira difundem a Palavra
de Deus? Que exemplo dão? Um exemplo a imitar? A mim não me parece. Mas
isto são tudo coisas que escrevi no site. Que dizer depois das fumaradas
(as chamo assim porque agora não encontro o termo correcto) que estes cantores
'rock cristãos' fazem sair durante os seus concertos? Que dizer da sua música
que racha os ouvidos, e por vezes falta pouco para também rachar as pedras?
É esta uma música 'um pouco’ mais viva que o habitual'? Não sei se conheces
os 100% Proof; bem, fazem uma música que eu quando a ouvi pela primeira
vez no princípio da minha conversão, e olha que então não pensava de modo
nenhum assim a respeito da 'música rock cristã', fiquei até eu perplexo
a seu respeito e não quis comprar nenhum dos seus discos.
Eis o ponto a que queria chegar, irmã, quem te escreve quando se converteu
em 1983 era um doente pela música 'rock cristã' e assim fiquei por pelo
menos cerca de dois anos. Eu 'andava
doido' pelo conjunto Jerusalem,
pela Resurrection Band, e por
outros cantores 'rock cristãos'. As suas cantigas as ouvia muitíssimas vezes
ao dia; até os ouvidos não me ressoarem.
A publicitava, a proclamava aos jovens crentes como eu e também aos mais
velhos. Procurei também 'converter' à musica rock a minha avó que estava
há algumas décadas na fé, mas em vão (graças a Deus); ao meu pai lhe dava
a perceber que ele não percebia nada ao rejeitá-la, aos crentes que se mostravam
perplexos os atacava procurando persuadi-los. Mas não só, quando
fui a Inglaterra em 1984 tive a ocasião de ir a um concerto 'rock cristão',
em que se exibia Sheila Walsh, que então estava no início da sua carreira
musical, mas que já era muito famosa em Inglaterra.
Eu era um fan de Sheila Walsh, as suas canções agradavam-me mais do que
todas as outras. No princípio porém haviam também certas suas doces canções
que me agradavam muito, que me edificavam. Recordo o seu segundo (parece-me)
álbum intitulado Drifting em particular.
Depois me
entusiasmei por outro seu álbum em que havia a canção ‘Don't turn your back
to Jesus’. Naquele concerto, recordo-me, os jovens entraram em incandescência
quando ela cantou
certas canções (recordo-me que quando surgiu no palco, mal foi anunciada,
começou logo a cantar Don't turn your back to Jesus que então me agradava
muitíssimo). Eu me levantei até em pé naquele teatro de Londres e lhe fiz
um elogio em italiano em alta voz diante de todos; tanto que ela por um
momento ficou um pouco admirada não percebendo nada. A fui ouvir também
a uma evangelização realizada por Luis Palau a um estádio de Londres naquele
ano; e consegui até saudá-la pessoalmente porque a cruzei com o olhar enquanto
andava à |