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                                                 Pensamentos Terceira Série  | 
          
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                    Palavras fiéis               a recordar  | 
          
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         "Palavra fiel é esta: que, se morrermos com ele,
        também com ele viveremos" (2 Tim. 2:11). Caros irmãos,      nós
    morremos          com  Cristo para o pecado porque "o nosso homem    velho
    foi   crucificado     com    ele,  para que o corpo do pecado fosse
  desfeito"    (Rom.  6:6), e por    isso  não  somos  mais escravos do pecado
    que por  muitos  anos  servimos  sem   ter algum  proveito;  o pecado
não    mais tem  domínio  sobre  nós e por  isso  estamos na obrigação de
 dar  graças  a Deus  em Cristo  Jesus.  Agora, como servos  da obediência,
 servimos   a  justiça  e devemos consagrar  o tempo que nos resta    passar
 neste corpo,    a  fazer  a vontade de Deus, renunciando à impiedade  e
 às mundanas concupiscências        que guerreiam contra a nossa alma; mas
de  que  maneira se pode fazer    isto?    Paulo disse: "Se pelo Espírito
mortificardes    as obras do corpo,    vivereis"    (Rom. 8:13),   portanto
devemos reduzir o nosso    corpo à  escravidão  para   fazê-lo  servir
a justiça e não a iniquidade. Nós    devemos apresentar     os nossos membros
   não mais ao serviço da impureza,  como   fazíamos quando    estávamos
longe  de Deus, mas ao serviço da justiça  para que  dêmos fruto    para
a glória d`Aquele   que nos libertou. Está escrito: "Mortificai,   pois,
 os vossos membros, que  estão sobre a terra: a fornicação, a impureza,
   a luxúria, a vil concupiscência,    e a avareza, que é idolatria" (Col.
  3:5);    dilectos, se nós fizermos isto   então viveremos com Cristo, então
  iremos  viver  com ele no seu Reino, quando   partirmos desta morada terrena
  que é o nosso  corpo. Enquanto habitamos neste  corpo procuremos agradar
 a Deus,  andando segundo o Espírito; o Espírito nos  manterá espiritualmente
  vivos,  se andarmos segundo os seus desejos porque   "a inclinação do Espírito
  é vida e paz" (Rom. 8:6). Ma se nós, pelo contrário,   andarmos segundo
os  desejos da carne que se opõem nitidamente aos do Espírito,   ("porque
a inclinação    da carne é morte" e "é inimizade contra Deus" [Rom.   8:6,7])
     então morreremos,       sim morreremos espiritualmente porque está escrito:
      "Se viverdes segundo      a carne, morrereis" (Rom. 8:13). Irmãos,
todos      os que morrem no Senhor   e  pelo Senhor vão habitar com o Senhor
Jesus    nos  lugares  celestiais, no   paraíso  de Deus, de facto Jesus
disse: "Qualquer     que perder  a sua vida  por amor de  mim e do evangelho,
esse a salvará"    (Mar. 8:35) e  também: "Quem   neste mundo  odeia a sua
vida, guardá-la-á    para a vida eterna"  (João 12:25).   Quem odeia  a sua
vida neste mundo  é  quem em nada tem a sua  vida por preciosa    e está
pronto a morrer pelo   nome do Senhor Jesus; ele pôs  a sua vida ao   serviço
do Senhor e prefere     ser vituperado e perseguido pelo  nome de Jesus
 Cristo do que gozar os   prazeres do pecado. Por certo quem permanece  fiel
  ao Senhor até à morte,   vai viver com o Senhor.  | 
          
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         "Se tivermos constância na prova, também com ele reinaremos
  "  (2  Tim.  2:12). Irmãos, devemos ser pacientes na aflição; devemos ser
 constantes   durante  as várias provas com as quais Deus prova a nossa fé.
 O Senhor Jesus   dirigiu  estas palavras ao anjo da Igreja de Esmirna: "Não
 temas o que hás-de   padecer.  Eis que o Diabo está para lançar alguns de
 vós na prisão, para  que sejais  provados; e tereis uma tribulação de dez
 dias. Sê fiel até a morte, e dar-te-ei  a coroa da vida" (Ap. 2:10); irmãos,
 não temais o que tendes de padecer por  causa do nome do Senhor; sabei que
 a nós nos foi concedido   "também padecer  por ele" (Fil. 1:29), mas nós
estamos cheios de confiança   e estamos persuadidos  (como disse Paulo),
"que as aflições deste tempo presente  não são para comparar  com a glória
que em nós há-de ser revelada" (Rom. 8:18). No meio das tribulações  não
desfaleçamos, sabendo ter o Senhor ao nosso lado que nos sustém no meio
delas e depois que dizer? Não é porventura  verdade que Ele nos consola em
 toda a nossa tribulação? Certamente assim  é, e mesmo que viessem a faltar
 consoladores Ele continuará a consolar-nos.  Temos um Senhor, que quando
estava  na terra sofreu também ele; ele sabe bem o que significa sofrer,
chorar, ser afligido, porque também ele experimentou  estas coisas e é por
esse motivo  que ele nos pode compreender perfeitamente  e vir em nossa ajuda.
Ah!... quantas  vezes ele nos socorreu com as suas poderosas consolações!
É coisa agradável  a Deus que nós soframos fazendo o bem, mas devemos aprender
a sofrer pacientemente  e a não nos impacientarmos no sofrimento. Por meio
dos sofrimentos que nós  padecemos por causa da justiça, Deus nos aperfeiçoa
e nos faz pacientes, porque "a tribulação produz a paciência" (Rom. 5:3)
e como todos nós necessitamos  de paciência, assim Deus nos prova "na fornalha
da aflição" (Is. 48:10). Irmãos, considerai o que o Senhor reserva
                para os que são perseguidos por causa da justiça e então
     percebereis            o  quanto   vale a pena sofrer com paciência
no   meio   da prova; Jesus      disse:      "Bem-aventurados os que são
perseguidos     por causa da justiça,    porque deles é o reino dos céus"
(Mat. 5:10) e  nós  temos plena confiança     nestas      palavras. Deus
nos "chamou  à sua eterna  glória em Cristo"  (1   Ped. 5:10),      considerai
portanto que gloriosa   riqueza Deus preparou     para nós; Ele  nos    preparou
um reino eterno,  que não  passará sob a  dominação    de nenhum  reino,
   um reino que não  é deste mundo; mas antes  de entrar   no seu Reino
devemos   sofrer, na verdade, os apóstolos  disseram  "que por  muitas tribulações
 nos   importa entrar no reino de Deus"  (Actos  14:22)   e é justo que assim
 seja   porque também Jesus sofreu muitas coisas  antes   de entrar na sua
glória  e  nós como seus discípulos devemos seguir  as suas   pisadas que,
nós sabemos,    conduzem ao paraíso de Deus onde não  haverá    mais dor.
Sede fortes irmãos,    coragem, não falta muito, porque  está escrito:
"Ainda um pouquinho de  tempo,  e o que há-de vir virá, e  não tardará" (Heb.
  10:37; Hab. 2:3), não  percais   o ânimo, a nossa redenção   está perto.
O Rei   da glória voltará do céu;  do  céu que o recebeu (e no   qual reina
à destra  de Deus) e nós esperamos    a sua  aparição, não seremos   envergonhados,
nos alegraremos   ao contemplar    a sua  beleza, o celebraremos   ainda
pela sua fidelidade e com   ele reinaremos...se     sofrermos com constância.
  A ele seja a glória eternamente.   Amen.         | 
          
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         "Se o negarmos, também ele nos negará" (2
     Tim.   2:13). Jesus disse aos seus discípulos: "Todo aquele     que
   me    confessar       diante dos homens, também eu o confessarei diante
     de   meu  Pai,   que está  nos   céus. Mas qualquer que me negar diante
  dos   homens,    também   eu o negarei  diante   de meu Pai, que está nos
  céus"    (Mat. 10:32,33).    Irmãos,   se quisermos que   Jesus  confesse
 o nosso   nome na presença de   seu Pai  e na presença  dos   anjos,  nós
  devemos  confessar o seu no meio   desta geração   adúltera  e pecadora,
   sem nos   envergonharmos de Cristo   e das suas palavras.   O que  o adversário
     se propõe nos fazer é isto,   fazer com que nos envergonhemos     de
Cristo   e das suas palavras, para  não perdermos as velhas e más amizades,
    para  sermos     bem vistos e bem considerados pelos pecadores. Se nós
não    nos  envergonharmos     de professar a fé em Cristo e a doutrina de
Cristo,    Jesus não se envergonhará        de nós na presença de seu Pai;
mas se nós    o negarmos, isto é, se nós  declararmos     não querer mais
professar a  fé   em Cristo e não querer mais  observar os  seus   mandamentos,
 então  por certo   Cristo nos negará diante  de Deus, ele  dirá  que não
nos conhece,      nos dirá   para nos apartarmos  dele. Jesus disse:  "Bem-aventurado
  é  aquele   que não   se escandalizar  de mim!" (Mat. 11:6); mas por que
 alguém  se poderia   escandalizar   de Cristo e recuar? Alguns poderiam
escandalizar-se    de  Cristo, quando  são chamados durante a perseguição
a sofrer pelo seu  nome.    Não é de admirar   se alguns no meio da prova
recuam porque Jesus  falando  da  semente caída  na pedra, disse: "E o que
foi semeado nos lugares  pedregosos,     este é o que ouve a palavra, e logo
a recebe com alegria;  mas não tem raiz    em si  mesmo, antes é de pouca
duração; e sobrevindo a angústia e a perseguição      por causa da palavra,
logo se escandaliza" (Mat. 13:20,21); Lucas diz  a  propósito  dos que recebem
a semente nos lugares pedregosos, que "crêem  por  algum tempo,  mas na hora
da provação recuam" (Lucas 8:13). Quem decide  no  meio da perseguição  por
causa da Palavra recuar, o faz porque não quer  sofrer  por causa de Cristo,
 ele ama a sua vida neste mundo e procura salvá-la,       mas fazendo assim
antes  a perde e se condena a si mesmo; eis por que   Jesus    chamou feliz
o homem que  não se escandalizar dele porque mesmo  que morresse assassinado
por causa do seu nome  e do Evangelho, todavia salvará   a sua vida. Jesus
disse:   "E matarão alguns de vós;  e sereis odiados de   todos por causa
do meu nome.   Mas não se perderá um único  cabelo da vossa   cabeça. Com
a vossa perseverança    ganhareis as vossas almas"  (Lucas 21:16-19),   portanto
no meio da prova,   nós devemos perseverar na fé,  até ao fim para   ganhar
as nossas almas, porque    se recuarmos negando o Senhor  que nos  resgatou
e nos aspergiu com o sangue    do pacto, então iremos para a perdição,  "nós,
    porém, não somos daqueles  que  recuam para a perdição, mas  daqueles
 que   crêem para a conservação da  alma"  (Heb. 10:39).  | 
          
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         "Se formos infiéis, ele permanece fiel; porque
não   pode   negar-se      a si mesmo" (2 Tim. 2:13). Jesus fez    esta
    promessa:       "Se perdoardes   aos   homens as suas ofensas, também
   vosso     Pai   celestial     vos perdoará a vós"  (Mat.   6:14), e João
 escreveu:     "Se     confessarmos os   nossos pecados, ele é  fiel e  justo
 para nos perdoar       os  pecados, e nos purificar   de toda a iniquidade"
    (1 João 1:9).   Irmãos,      se nós andarmos  na luz, isto   é, se observarmos
   os seus   mandamentos,     e nos amarmos uns  aos outros, o  sangue de
Jesus   nos purifica    de todo     o pecado. Ora, nós  não devemos pecar,
 porém   também é verdade que   "se    dissermos que não pecamos,  fazemo-lo
mentiroso,     e a sua palavra não está    em nós" (1 João 1:10), portanto
 que devemos     fazer?   Confessemos os nossos    pecados ao Senhor e ele
na sua  fidelidade     os perdoará   e nos purificará   de  todo o pecado.
Irmãos, é verdade  que    "todos falhamos   em muitas coisas"   (Tiago  3:2),
mas é também verdade    que temos um Deus fiel;   sim, grande   é a fidelidade
 de Deus e se não   fosse  pela sua fidelidade onde   estaríamos   todos nós?
Ah!...  quantos   erros nós  cometemos, quantas   vezes erramos  o alvo, mas
Deus  está sempre   pronto para perdoar-nos as nossas   transgressões   se
lhas confessarmos   e as deixarmos  conforme está escrito:   "O que as  confessa
e deixa, alcançará    misericórdia"  (Prov. 28:13). A Deus   seja a glória
eternamente. Amen.  | 
          
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         Contra a pedofilia  | 
          
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         Nestes últimos tempos os mass media têm falado muito
        da pedofilia; o fazem por causa de particulares crimes ferozes
     que     foram      perpetuados para dano de meninos e meninas os quais
    foram      primeiro    violentados      e estuprados e depois assassinados
     e em  alguns  casos até queimados.   A gente     do mundo provou horrores
    diante  destes  comportamentos   e os denunciou   sem    meios termos.
 Mas   em muitos  casos  as crianças não   são  assassinadas, mas  somente
    violentadas   e estupradas,  um comportamento este   que deixará uma
marca nestes    meninos    e nestas  meninas para o resto das   suas vidas
com consequências  terríveis.        Foi  dito que a maior parte destes
casos de violências  e abusos sexuais    são    perpetrados no seio da família
  ou da parentela,  no sentido que  muitas    vezes    estes meninos e estas
  meninas   são violentados  por pais  e por  tios  ou por   outros parentes.
  Mas esta estatística    foi feita apenas sobre os casos denunciados    que
  vieram ao conhecimento    das autoridades   competentes  ou de algumas associações
     que combatem a  pedofilia.  Mas   supõe-se que  também em todos aqueles
  casos   não denunciados    as coisas   sejam mais ou  menos iguais. Há
depois   casos em  que as crianças    são violentadas    ou molestadas  sexualmente
  por amigos, conhecidos,    professores  da escola,    etc. Seja  como for,
  o quadro   que emerge é muito preocupante;  os pedófilos       estão  entre
  os parentes, entre   os amigos, entre os conhecidos,  na   escola,
nas   associações desportivas, e  em muitos outros ambientes.  Muitas vezes
    trata-se de pessoas ‘insuspeitáveis’,      pessoas que na aparência
parecem       ‘de bem’ mas cujo coração maquina   continuamente    fazer
mal às  crianças.       Infelizmente com o advento da  Internet estes indivíduos
   encontraram      uma   outra maneira para atrair  as crianças, e para
também divulgar    os   seus  actos criminosos ou os praticados por terceiros
sobre as crianças       (com  fotos, com filmagens  vídeo), de facto, como
sabeis há milhares   de  sites    de pedofilia um pouco  por todo o mundo.
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         Ora, nós como Cristãos não podemos permanecer em
    silêncio   diante destes comportamentos mas os devemos reprovar
  com     força       e  sem meios termos, aproveitando as oportunidades
  e  os    meios   que Deus   nos   fornece.  As violências sexuais sobre
rapazes     ou   sobre crianças,   dado   que   constituem  uma forma de desprezo
por    eles   e por isso um escândalo     para estas  criaturas,  são abomináveis
      para  Deus, de facto, Jesus disse    a propósito  daqueles que  escandalizam
      as  crianças: "Mas, qualquer que  escandalizar   um  destes pequeninos,
       que crêem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse      ao pescoço
     uma mó  de azenha, e se submergisse na profundeza do mar. Ai   do  mundo,
     por causa dos escândalos; porque é mister que venham escândalos,
mas     ai daquele   homem por quem o escândalo vem!  Se, pois, a tua mão
ou o  teu   pé te fizer   tropeçar, corta-o, lança-o de ti; melhor te é entrar
na vida   aleijado, ou   coxo, do que, tendo duas mãos ou dois pés, ser lançado
 no  fogo eterno. E,   se teu olho te fizer tropeçar, arranca-o, e lança-o
 de ti; melhor te é entrar   na vida com um só olho, do que tendo dois olhos,
   ser lançado na geena do  fogo. Vede,       não  desprezeis  algum destes
    pequeninos    , porque  eu vos digo que os seus anjos nos  céus sempre
    vêem  a face de  meu Pai que  está nos céus. Que vos parece? Se algum
homem    tiver cem ovelhas, e uma delas  se  desgarrar, não irá pelos montes,
deixando    as noventa e nove,  em busca  da  que se desgarrou? E, se porventura
achá-la,    em verdade vos digo  que maior  prazer tem por aquela do que
pelas noventa    e nove que se não desgarraram.       Assim, também, não
é vontade de vosso     Pai,   que está nos céus, que um   destes    pequeninos
se perca" (Mat.   18:6-14).   Não importa pois se quem  escandaliza    ou
despreza as crianças   é um não  crente ou um crente, o fim  que o espera
  é o juízo de Deus; a  menos que  ele se arrependa e produza  frutos dignos
do  seu arrependimento.                 | 
          
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         Aproveito esta ocasião para dirigir estas              palavras
aos   pais;   estai perto das vossas crianças, mostrai-lhes     todos
  os   cuidados   necessários, amai-as, educai-as no temor de Deus,
     não  as   provoqueis        à ira para que não percam o ânimo, e orai
   por    elas   também   para que Deus    as  proteja e as livre dos homens
   maus   e  dissolutos.    Sim,   porque o nosso   Deus  protege e livra.
Quero    a tal   propósito  contar   dois   factos que me aconteceram
  a mim pessoalmente      quando  era uma criança    de cerca de dez anos
e em que    corri  sérios     perigos   por mão de pedófilos    mas Deus
me libertou.         | 
          
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         O primeiro facto é o seguinte: um dia, ao fim da
    tarde,   encontrava-me junto ao lago de Lugano, na margem  italiana,
            em    Ponte  Tresa, e estava como habitualmente a brincar.  Lembro-me
        que     estava     frio porque  tinha o casaco vestido. A certa altura
    chegou     um   jovem adulto     que conhecia  de vista porque trabalhava
    numa pizzaria      da localidade. Com modos     amáveis disse-me  se queria
    ir com ele a um edifício      que era mesmo ali  nas   proximidades (um
   velho quartel  desabitado) porque     estava a procurar coisas   e queria
     que o ajudasse  a procurá-las. Eu ingenuamente     aceitei não  pensando
     minimamente que  este indivíduo tinha más intenções     para comigo.
 Entrámos     no edifício  e ele se pôs a procurar jornais pornográficos
   (na verdade     eram  estas  as coisas), mas sem encontrá-los. A certa
 altura,     começou    a falar  de  maneira estranha; e começou também a
fazer  actos  torpes  com   o seu  corpo (que não posso referir porque não
é conveniente   que entre   no  específico),   sem porém minimamente me tocar.
Nessa altura   eu percebi   que  corria um grande   perigo, comecei a suar
frio, o medo se  apoderou  de mim;  não sabia o que fazer.  Este homem era
robusto; não tinha  coragem  de fugir,  estava como que paralisado.   Mas
eis que me veio uma ideia, como   tinha deixado  fora do edifício o meu  casaco
disse-lhe se me deixava ir  buscar o casaco  que tinha deixado lá fora  e
depois voltaria.  Ele me disse  que sim, mas me  intimou para voltar rapidamente
 para junto  dele. Devagarinho      saí, sem lhe  dar a suspeitar nada, e
quando cheguei cá  fora agarrei  o  casaco  e comecei  a correr como nunca
tinha feito até então  na minha  vida.  Lembro-me que cheguei  a casa aterrorizado
e ofegante,  e contei   logo o  acontecido a meu pai dizendo-lhe  que um
homem tinha tentado  me raptar   (não tive coragem  de dizer-lhe as coisas
 que este tinha feito  na minha   presença).  Graças a Deus por ter-me libertado
 daquele homem mau.  | 
          
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         O outro episódio sucedeu-me no comboio. Estava voltando
           de Zurique para Lugano, num comboio em que tinha sido posto
   pelos         meus     avós   em Zurique junto dos quais tinha passado
as    férias      de  verão.    Em  Bellinzona,      fiquei sozinho no meu
compartimento;        e  entrou  um homem    que  tinha debaixo     do braço
um jornal. Este     passageiro     que  teria cerca    de 40 anos, sentou-se
    diante de  mim;   a certa altura     começou  a falar para mim    e a
dizer-me bonitas  palavras.      A certa  altura   me fez ver  o jornal que
  estava  a ler  e que era um  jornal  pornográfico       e me convidou
a lê-lo acompanhando      este  convite com palavras  doces    mas torpes
  em   relação a mim.  Nessa altura     comecei a suar frio. Procurou
 estender a  mão  para  mim, mas eu com  um salto   felino e resoluto lhe
  agarrei   o braço  detendo-o  e o repreendi  violentamente    em alta voz,
 depois saí imediatamente do   compartimento    para me pôr no corredor
onde  me sentia mais seguro. Aquele   homem continuou    a falar para mim
mas eu  continuei    a rejeitar qualquer sua  proposta   infame e a repreendê-lo.
 Na estação de   Lugano apressei-me a descer com  as  minhas  bagagens para
 ir ao encontro  dos  meus pais que estavam à minha  espera.  Graças  a Deus
 por ter-me  libertado   também deste homem mau.         | 
          
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         A Deus que não permitiu que nenhum destes homens
    maus   me tocasse e me fizesse algum mal, seja a glória agora      e
 eternamente.                Amen.  | 
          
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         A graça do nosso Senhor esteja com todos vós   | 
          
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           A sua obra é perfeita  | 
          
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         Uma das características, ou melhor, das virtudes
    de  Deus  que me entusiasmam enormemente é a sua perfeição.  | 
          
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         Estamos rodeados por uma criação perfeita, isto o reconhecem até
cientistas,     estudiosos, e médicos. Todas as coisas estão no seu lugar,
e todas as coisas    têm a sua razão de existir, até o animal mais pequeno
tem um seu papel bem   preciso na criação, até a parte mais pequena
             e escondida    do nosso corpo humano é útil e serve ao bom
funcionamento              do    corpo inteiro. Lembro-me que um dia falando
 de Deus com um   médico,       este    me  disse muito explicitamente e com
 grande convicção:    ‘O   corpo    humano   é  uma máquina perfeita!’ As
obras  feitas por Deus  portanto,     sendo    perfeitas,     testemunham
   de maneira  eloquente  a sua perfeição.  | 
          
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         Mas há outras obras de Deus que nós vemos e que testemunham da sua
 perfeição,    e são todas aquelas coisas que Ele operou e opera em nós, por
 meio de nós,    e para nós. Se considerarmos como Deus nos trouxe a Cristo,
 sem que nós  soubéssemos  nada; se considerarmos atentamente como fomos
por  Ele regenerados,  santificados  e justificados, se considerarmos como
Deus  nos moveu e nos move a querer ou fazer algo em harmonia com a sua vontade
 para nós; se considerarmos  como,  onde e quando Deus responde às nossas
orações, digo se considerarmos  muito  atentamente estas coisas, temos que
dizer como Moisés: "Ele é a Rocha,  cuja  obra é perfeita" (Deut. 32:4).  | 
          
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         Nunca duvideis da perfeição de Deus, irmãos, isso
     significaria   pôr em discussão o seu operar. É verdade que    muitas
       vezes      parece    que Deus não tem cuidado de nós, que a  nossa
 vida    proceda    de  maneira     confusa   e não ‘linear’, que Ele  se
 por  um  tempo   tinha o  controlo   das circunstâncias      depois as deixou
  fugir   da mão,   que por  um tempo  Ele  tinha prazer em nos    fazer
o bem  mas  depois se  pôs a procurar   o nosso mal. Tudo isto é só uma
  VÃ APARÊNCIA,     o repito,  é só uma vã aparência.    O mesmo Deus que
quando  nós  não  o  conhecíamos   tinha o seu olhar sobre   nós, que nos
guiava e nos  trouxe     a Cristo; o  mesmo   Deus que nos regenerou   pela
sua Palavra fazendo-nos     alegrar  com  gozo  inefável  e glorioso, o mesmo
  Deus que no passado  respondeu    ao clamor    do nosso coração,  digo o
 mesmo  Deus, nos está  a guiar de maneira      perfeita,    continuará a
operar  em nós,  através  de nós e para nós de   maneira   perfeita.    Os
teus olhos o verão  e o teu coração alegrar-se-á     de novo e  terás que
  dizer  mais uma vez a Deus:  "Tu, Senhor, me alegraste     pelos teus
feitos"   (Sal.  92:4).  | 
          
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         Mais bem-aventurada coisa                    é receber do que dar  | 
          
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         Sim, é assim mesmo, alguns crentes, encontram mais
      felicidade  – isto na verdade é o que testemunham as suas   obras
    –   em   receber       do que sentem em dar. Antes, é melhor dizer
que   não     sentem   alguma   alegria      em dar porque estão constantemente
    a lamentar-se,    a  murmurar   até pela  mais    pequena oferta ou a
mais    pequena ajuda que    dão  a  alguém.  São preguiçosos     e avarentos;
 o seu  lema é: ‘Quanto menos   se  fizer e menos  se der para ajudar
 os ministros   do Evangelho ou outros   irmãos  que estão  em alguma necessidade
      melhor!’   Eles porém  querem   ser ajudados  e muito,  com reverência
  e cuidado,     eles porém  querem receber  toda a sorte de ajuda  espiritual
  e material.    Em   outras  palavras eles,  querem ser servidos mas  não
 querem servir!   E se  cuide,   não é que eles  não têm tempo, força, e
bens  para servir,  porque isso não   lhes falta de modo nenhum, só que neles
falta  aquele sentimento   que estava   em Jesus Cristo o qual veio não para
ser  servido mas para servir   e dar a  sua vida como preço  de resgate por
muitos  (cfr. Mat. 20:28), e  o qual disse:  "Mais bem-aventurada  coisa
é dar do  que receber" (Actos 20:35).   E quando  falta este sentimento,
 alguém pode  até ter milhões, pode ser fisicamente     fortíssimo, e ter
casas  e terrenos  e tudo mais em grandíssimo número,  mas   não fará nada
para ajudar  quem  é digno e tem o direito de ser ajudado.   Estes  são fontes
sem água, varas  secas, pessoas que afirmam que conhecem   a Deus  mas o
negam com as suas  obras, sendo rebeldes incapazes de qualquer   boa obra.
 Estes são como aquele  preguiçoso que durante o inverno não lavra   por
causa  do frio, mas depois  quando chega o verão terá a estultícia e a  presunção
de ir ver se colhe alguma coisa! Estes se iludem a si mesmos,   mas  não
se dão conta disso. São cegos, são surdos, da repreensão não fazem   caso
 algum.  | 
          
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         Dilectos, não nos enganemos, o repito, não nos enganemos.
             Não pensemos que estes supostos crentes sejam agradáveis   a
 Deus       com    a  sua    conduta ainda que porventura prosperem materialmente;
          não   o pensemos      para    não ficar seduzidos e ser induzidos
  a   andar      pelos seus caminhos     tortuosos    que levam onde há pranto
    e ranger    de   dentes.  | 
          
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                  Tu, Senhor, foste               e és ainda bom  | 
          
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         Senhor, Deus nosso, tu foste bom para nós, manifestaste
           por nós a tua grande benignidade em Cristo Jesus visto que
tu    por      meio     de   Cristo nos salvaste dos nossos pecados nos livrando
       assim  do  presente     século   mau. O fizeste porque assim te aprouve
     fazer,  não  porque  merecêssemos     algo   de ti ou porque fôssemos
 melhores     do  que outros; mas exclusivamente     porque   quiseste assim.
 Não temos     pois  nada de que nos gloriar na tua  presença.    E  também
 depois que   nos  salvaste,    tu continuaste  a manifestar  a tua bondade
      para connosco;    na verdade    nos ensinaste,  corrigiste, instruíste
  em justiça,      consolaste,   guiaste,    protegeste de todo o mal, proveste
 as nossas necessidades      segundo as   tuas riquezas  e com glória em Cristo
 Jesus. És verdadeiramente         bom,   ó Deus!  | 
          
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         Te queremos pois louvar pela tua benignidade, celebrar-te
             por ela cada dia, enquanto tivermos um hálito de vida. Mas
  também          queremos        proclamar a tua benignidade aos homens
que   ainda   não  te   conhecem,  para     que   também eles provem e vejam
quanto   és   bom.  | 
          
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                  Eu dou graças a               Cristo  | 
          
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         O apóstolo Paulo escrevendo a Timóteo disse estas
     palavras:   "Dou graças àquele que me fortaleceu, a Cristo   Jesus
    nosso      Senhor,       porque me julgou digno da sua confiança,   pondo-me
      no seu ministério,       ainda     que outrora eu era blasfemador,
  perseguidor,      e injuriador;   mas    alcancei   misericórdia,  porque
 o  fiz por ignorância,       na incredulidade;    e a graça de  nosso Senhor
  superabundou com a fé  e  o  amor que há em  Cristo   Jesus" (1 Tim.  1:12-14).
          | 
          
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       Também eu como o nosso caro irmão Paulo dou graças a Cristo Jesus. Quero agradecer-lhe por me ter na sua graça julgado digno da sua confiança estabelecendo-me ministro do Evangelho; eu que era um pecador, extraviado, rebelde. Jamais imaginava que um dia Deus me confiaria a pregação do seu Evangelho, nunca imaginei que Ele me capacitaria de ensinar a sua doutrina. Quem me conheceu antes de converter-me também não imaginaria que eu um dia me pusesse a fazer estas coisas. Lembro-me da admiração de um meu companheiro de escola superior quando o encontrei por acaso num comboio, cerca de dois anos após o meu novo nascimento, e lhe comecei a anunciar o Evangelho. A certa altura, ele estava à minha frente, interrompeu-me e aproximando-se de mim deu-me duas pequenas palmadas na cara (na parte da mandíbula) exclamando: ‘Mas Giacinto, és mesmo tu?’, ‘Sim, sou eu’, lhe respondi, ‘eu mesmo, mas só quanto ao exterior, porque interiormente sou um homem novo em Cristo’. Aquele rapaz conhecia-me bem, sabia como pensava, como falava e como agia, antes de me converter a Cristo. Mas Cristo me salvou e chamou com uma santa vocação, me concedeu uma medida de graça que não foi vã para comigo. A Ele seja a glória agora e eternamente. Amen.  | 
          
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                  Ouvi o que diz o injusto juiz  | 
          
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         Jesus um dia propôs aos seus discípulos esta parábola
         a fim de fazer-lhes perceber que deviam orar continuamente     sem
    cansar-se.         Eis   a parábola: "Havia numa cidade um certo  juiz,
    que nem   a  Deus temia      nem respeitava   o homem. Havia também  naquela
    mesma cidade    uma certa  viúva,    e ia ter com  ele, dizendo:  Faz-me
  justiça   contra  o  meu adversário.  E por    algum tempo não  quis;
mas   depois disse   consigo:   Ainda que não temo   a Deus,    nem respeito
 os   homens, todavia,   como  esta  viúva me molesta,  hei-de fazer-lhe
      justiça, para  que enfim   não volte,  e me importune muito. E disse
 o Senhor:      Ouvi o que diz  o injusto juiz.    E Deus não fará justiça
 aos seus escolhidos,      que clamam a  ele de dia   e de noite, será ele
 tardio para com eles? Digo-vos      que depressa  lhes   fará justiça. Quando
 porém vier o Filho do homem, porventura     achará fé  na terra?" (Lucas
18:2-8).  | 
          
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         Notai como o Senhor quis pôr o acento nas               palavras
ditas    pelo  injusto juiz a propósito da causa dessa   viúva          quando
     ele decidiu fazer-lhe justiça, de facto disse aos  seus     discípulos:
       "Ouvi    o que diz o injusto juiz", e isto para fazer  perceber
 que se um juiz   iníquo   vendo    a insistência dessa viúva  se rendeu
 às suas petições  e lhe fez   justiça   muito mais Deus que é  justo e ama
   a justiça depressa  fará justiça   aos seus   escolhidos que  a Ele suplicam
      continuamente.  Como  dizer em suma:   ‘É inconcebível   que um injusto
   juiz   decida fazer  justiça  a uma insistente   viúva e Deus não   faça
  justiça    aos seus amados’.  Só que  é preciso ser perseverante    na
oração   e, de facto,  na parábola  o juiz durante  um certo tempo não quis
  fazer   justiça    àquela  viúva.  Se, portanto, depois  de ter orado a
Deus uma    vez não recebermos     dele  nenhuma resposta, é preciso   orar
a ele de   novo,   e se ainda a sua resposta     não chegar é preciso insistir
  e insistir  enquanto   Deus não se levantar  e  não nos der aquilo que
lhe pedimos.  | 
          
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         Esta parábola de Jesus sempre me tem enchido de consolação na espera
  da  resposta de Deus a uma minha oração. Convido-vos pois irmãos a lê-la
 e a meditá-la quando esperais de Deus o atendimento de uma vossa oração.  | 
          
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         O Senhor lhe abriu o coração                   …. Mas o Senhor endureceu
    o coração de Faraó  | 
          
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         Estas são duas frases ambas escritas na Bíblia, a primeira refere-se
  à  conversão  de Lídia conforme está escrito nos Actos: "E uma certa mulher
  chamada Lídia,  vendedora de púrpura, da cidade de Tiatira,
      e que temia  a Deus, nos ouvia e o Senhor lhe abriu o coração
                             para     que estivesse atenta às coisas que
Paulo   dizia"    (Actos    16:14),     e a segunda     ao endurecimento
de Faraó,   rei do  Egipto,  conforme    está   escrito  no Êxodo:     "Mas
             o Senhor  endureceu   o coração   de Faraó, e este não
os  ouviu,     como o Senhor  tinha  dito a Moisés"    (Ex. 9:12).
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       O que nos ensina a Escritura com isto? Que o coração do homem, nas mãos de Deus, é como corrente de águas, ele o inclina para onde quer (cfr. Prov. 21:1), pelo que a conversão de um homem a Cristo depende de Deus. Para usar uma expressão de Paulo, a conversão de um homem não depende do que quer nem do que corre mas de Deus que usa de misericórdia (cfr. Rom. 9:16), pelo que se Deus decidiu não converter uma alma não terá misericórdia dela mas a endurecerá. Eis por que está escrito aos Romanos: "Portanto, tem misericórdia de quem quer, e a quem quer endurece " (Rom. 9:18). Estas santas e verazes palavras de Paulo, porém, não são proclamadas no seio de muitas Igrejas, como o são muitas outras palavras de Paulo como por exemplo estas: "E sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus … " (Rom. 8:28). Porquê? Segundo o que pude apurar são palavras que se entendidas ‘erradamente’ (isto é, entendidas como vos acabei de explicar) fazem parecer Deus injusto. Mas as coisas não são de modo nenhum assim porque Deus é livre de fazer do que é seu, O QUE QUER. Se ele decretou salvar só uma pequena parte da humanidade quem de nós ousará dizer-lhe: ‘Tu cometeste maldade’? ou: ‘Que fazes?’ Mas quem somos nós para poder replicar a Deus? Nós pó e cinza, cacos entre outros cacos de barro. Glorifiquemos antes Deus pela sua misericórdia. Amen.  | 
          
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                 Não temas, crê somente!  | 
          
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         Um dia quando Jesus estava junto do mar chegou um
    dos   chefes da sinagoga, chamado Jairo, o qual logo que o  viu    prostrou-se
              aos seus pés e lhe suplicou para que fosse a sua  casa  porque
   a sua    filha      estava moribunda, estava para morrer.  Jesus  foi
 com   ele, com  muita  gente     que o seguia e o apertava.   | 
          
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         Quando se dirigia para casa de Jairo, uma mulher
   que   tinha  um fluxo de sangue foi curada do seu mal depois   de   ter
    tocado         com  fé a orla do seu vestido. Depois desta cura,   quando
   Jesus     dizia   ainda     àquela  mulher: "Filha, a tua fé te salvou;
   vai   em paz,   e sê curada  deste     teu mal"  (Mar. 5:34), chegaram
pessoas     da casa de   Jairo que lhe  disseram:     "A tua filha  está morta;
para      que enfadas  mais  o Mestre?" (Mar. 5:35).   Jesus  então, ouvindo
essas    palavras,    disse a Jairo:   ‘Não temas, crê somente’.    Depois
tendo  chegado   a casa     de Jairo  ressuscitou    a sua filha.  | 
          
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         ‘Para que enfadas mais o Mestre?’, disseram aquelas
      pessoas.  Como dizer em suma: ‘Já desapareceram todas as esperanças
          de   que    a tua filha continue a viver, porque está morta, pelo
    que    é  inútil     que o  Mestre venha a casa! Podia curá-la mas agora
    não pode    ressuscitá-la!’.        Eles  pois não sabiam ou não criam
 que   Jesus pudesse    ressuscitar aquela      rapariga. Essas palavras
de  incredulidade     naturalmente    podiam fazer   também desanimar
Jairo,  podiam fazer-lhe     perder toda a  esperança de rever    viva a
sua filha,     ao que Jesus  logo   o sossegou dizendo-lhe:   ‘Não temas,
   crê somente!’.          | 
          
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         Eis o que nós devemos fazer quando para outros não
     há  mais esperança de que nós saiamos de uma angústia que  nos    assola
        a  tal    ponto que parece uma situação irreversível,  NÃO TEMER
 E CRER     EM   DEUS,  e  por  certo Ele nos tirará das muitas  águas que
 nos  estão    para   submergir,     da situação  sem caminho de escape  em
 que nos  encontramos.       Disse bem o  profeta    Isaías:  "No sossego
 e na confiança   estará   a vossa     força" (Is.  30:15). Deus   é fiel,
  dilectos, e com a  angústia   nos dará    também o caminho  de saída,  Ele
  nos fará  ver a sua  poderosa   libertação.    Tu me dirás então:  ‘E se
 porém  Deus  decidiu  não  te libertar   de uma certa   angústia?’. ‘Bom,
  continuarei  a não  temer  e  a ter confiança   no meu grande   Deus, sabendo
 que  tudo o que  Ele faz,   o faz sempre para   o nosso bem’.  | 
          
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         A Ele seja a glória agora e eternamente. Amen.  | 
          
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                 Grande barulho para               nada  | 
          
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         Nos dias do profeta Isaías, o reino do Egipto era              um
 reino    muito      poderoso que como qualquer outra potência  terrena
      transmitia       confiança   e  segurança àqueles que procuravam  a
sua  protecção.      Entre os   que tinham  decidido  procurar a protecção
 do Egipto contra     o  eventual ataque por parte  de outros  reinos estrangeiros,
   estiveram    também    os Israelitas   que obviamente  para assegurar
  a amizade   de   Faraó enviaram-lhe    presentes   e riquezas em grande
quantidade.   "Com    presentes o homem alarga    o seu caminho    e o eleva
diante dos grandes"       (Prov. 18:16), diz a Sabedoria,      e através
   destes presentes    Israel  pôde refugiar-se   à sombra de   Faraó.
Deus porém    se indignou     ao ver    o seu povo fazer esta aliança,
  e chamou   aos Israelitas     filhos rebeldes  que  tomam conselho mas
não  dele, e  que  fazem alianças       mas não pelo seu espírito  (cfr.
Is. 30:1-2).  E lhes anunciou   o seu    juízo   dizendo-lhes: "Mas a força
 de Faraó se vos  tornará em vergonha,      e a confiança   na sombra do
Egipto em  confusão. Porque os príncipes  de   Judá  já estão em  Zoã, e
os seus embaixadores  chegaram  a Hanes, mas  eles   se envergonharão   de
um povo que de nada lhes servirá,  nem de ajuda,  nem   de proveito, antes
   de vergonha, e de opróbrio. Oráculo  contra a  Besta    do Sul. Através
de uma    terra de aflição e de angústia,  de onde  vem a  leoa  e o leão,
o basilisco,     a áspide e a serpente voadora,   levam às  costas de jumentinhos
as suas  riquezas,    e sobre as corcovas de  camelos   os seus tesouros,
a um povo que de nada lhes   aproveitará. Pois  o Egipto   os ajuda em vão,
e para nenhum  fim; pelo que lhe  tenho chamado:  ‘Grande   barulho para
nada’….. Por isso  assim diz o Santo de  Israel: Visto  como   rejeitais
 esta palavra, e confiais  na opressão e na perversidade,  e sobre   elas
vos  estribais, por isso esta  maldade vos será como brecha que,   prestes
 a cair,  já forma barriga num  alto muro, cuja queda virá subitamente,
 num momento.  E ele o quebrará como se quebra o vaso do oleiro, despedaçando-o
     por completo,  de modo que não se achará entre os seus pedaços um caco
  que   sirva para tomar  fogo da lareira, ou tirar água da poça. Pois assim
  tinha   dito o Senhor Deus,  o Santo de Israel: Em voltar a mim e em repousardes,
    estará a vossa salvação;  no sossego e na confiança estará a vossa força.
    Mas não quisestes; antes dissestes: Não; nós sobre nossos cavalos fugiremos;
    portanto fugireis; e: Sobre cavalos velozes cavalgaremos; portanto hão-de
    ser velozes os vossos  perseguidores. Pela ameaça de um só fugirão mil
 de   vós; e pela ameaça de cinco fugireis; até que fiqueis como o mastro
no cume   do monte, e como o estandarte sobre o outeiro" (Is. 30:3-7, 12-17).
          | 
          
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         Palavras claras, muito claras essas de Deus. Elas
    nos   ensinam que Deus se desgosta daqueles seus filhos que   põem
  a   sua    confiança     no braço do homem em vez de no de Deus;  que em
  vez    de   se refugiarem   à sombra    do Omnipotente se refugiam à sombra
  dos  príncipes       e dos poderosos    da terra.    Mas deste ensinamento
  hoje   muitos crentes      não fazem caso algum,    porque procuram   também
  eles   o favor das autoridades     terrenas, fazem alianças    com os príncipes
       da terra, uns por uma razão     outros por outra, eles querem    se
 fazer     proteger   pelos príncipes da   terra  de eventuais perseguições.
  Sim,     porque com estas   alianças a Igreja  recebe  a ajuda dos príncipes
 contra      eventuais discriminações.   A Igreja  já em muitos casos é uma
 organização         humana como tantas outras defendida   e ajudada pelos
 príncipes deste     mundo    que naturalmente não te dão a sua  protecção
  sem te pedirem uma    compensação    que não tem que ser forçosamente
 constituída  por dinheiro,    mas pode ser    também feita de votos eleitorais,
  e favores doutro  género.    Obviamente  estes  rebeldes sabem como disfarçar
 esta aliança que Deus   detesta e fazê-la  parecer  como nada menos que
uma  bênção de Deus,  a quem naturalmente? Aos  que como  eles amam o mundo
e não querem  ser perseguidos,    aos que quase nunca oram,  que lêem muito
raramente   as Escrituras, que   infelizmente  são em grande número.
    | 
          
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         Mas estas alianças a seu tempo se tornarão a vergonha
   dos   que  as      fizeram, e assim todos poderão ver e reconhecer
quanto        a   ajuda do mundo    é  vã. Se Deus envergonhou os Israelitas
   quando     se    aliaram    com o Egipto,   pensais  vós que não fará
o mesmo    com   aqueles     Cristãos que   decidiram se estribar  nos  príncipes
deste    mundo?  | 
          
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         Depois o entenderás  | 
          
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         'O que eu faço, tu não o sabes agora; mas depois
   o  entenderás'   (João 13:7).  | 
          
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         Estas palavras que Jesus Cristo disse a Pedro me
   servem    de encorajamento toda a vez que na minha vida acontece
     alguma        coisa que não consigo compreender por que acontece.  Quando
       me    pergunto:     'Mas  porquê?' Porquê? Porquê?', estas palavras
  me  encorajam          a ter fé em   Deus pois  não há evento da minha vida
 que ele não tenha      previsto   por uma   razão particular,   com o objectivo
   final de me   fazer    bem. Sim,   porque quando   Deus nos humilha
e  nos   prova   o faz,  no fim,    para nos fazer   bem (cfr. Deuteronómio
    8:16).   Certamente    é duro no   momento aceitar que  um certo evento
 funesto,     uma forte  desilusão,  uma  grande angústia, aconteça   para
 o nosso bem,  mas    se  o deve fazer por fé  porque assim quer Deus.  É
fácil aceitar como  parte     do plano de Deus para a nossa vida um belo
evento, mas Deus quer  que nós   aceitemos como parte da sua vontade para
nós também os eventos funestos.   Quando depois virmos Deus converter o mal
em bem, então entenderemos, então   entenderemos e então não poderemos não
agradecer a Deus por ter agido daquela   particular maneira que inicialmente
 para nós parecia incompreensível.  | 
          
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         À tua palavra  | 
          
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         Simão Pedro e outros pescadores como ele tinham trabalhado toda
a  noite,    mas em vão, porque não tinham apanhado nada. Mas eis que no
dia  seguinte   Jesus enquanto se encontrava em pé na margem do lago de Genezaré,
 entrou  num barco que era de Simão e de cima dele se pôs a ensinar as multidões.
 Quando acabou de falar, Jesus disse a Simão para se fazer ao largo e lançar
 as redes para pescar. Simão e outros seus companheiros assim fizeram e apanharam
 uma tal quantidade de peixes que as redes se rompiam (cfr. Lucas 5:1-11).
 Bastou, pois, somente uma palavra de Cristo para fazer pescar todos esses
 peixes!!  | 
          
| 
       
         Sucede a mesma coisa na nossa vida: em certas ocasiões
         trabalhamos tanto para nada, sem ver nenhum resultado, depois
    o   Senhor        de   repente intervém de maneira sobrenatural e as
redes        se enchem,  de   tal   maneira   a nos deixar maravilhados,
estupefactos.        Por que  Deus permite    tudo  isto?  Para ensinar-nos
que se ele não    edificar        a casa em vão trabalham    os  que a  edificam,
se  ele   não guardar   a  cidade,   em vão vigia a sentinela     (cfr. Sal.
 127:1).  | 
          
| 
       
         Para ensinar-nos que nós não devemos confiar nos
   nossos    caminhos, mas nos seus; não na nossa força, mas na   sua
que     é  imensa;         não na nossa sabedoria, mas na Sua, para ensinar-nos
       que   Ele     é Deus e  nós    somos apenas pó e cinza, instrumentos
 inúteis       nas    suas  mãos.  O Senhor  nos    ama, por isso nos instrui
 e nos corrige!  | 
          
| 
       
         "Todos me abandonaram"  | 
          
| 
       
         Assim dizia Paulo enquanto se encontrava preso em
    Roma;   que grande desilusão deve ter sido para ele ser abandonado
       por    irmãos     em Cristo justamente quando tinha as cadeias nos
  seus     pulsos! Justamente    quando precisava de um apoio espiritual por
   parte      dos santos!     Teria que  comparecer   diante das autoridades
  romanas     por   causa do Evangelho,     qualquer  crente ao   seu lado
 o teria certamente         confortado, mas não se   encontrou ninguém! "Mas
   - dizia o próprio    Paulo     - o Senhor assistiu-me   e fortaleceu-me,
 para que  por mim fosse    cumprida     a pregação, e todos os  gentios a
 ouvissem; e fiquei  livre   da boca do  leão"   (2 Tim. 4:17). Que bela
demonstração da fidelidade  de Deus diante  da infidelidade   humana! O Senhor
 tinha permanecido ao seu  lado, tinha-lhe   dado novas forças,   tinha-lhe
feito  pregar com franqueza     o Evangelho e  o tinha livrado da morte!
  Que consolação  saber que ainda    que sejamos abandonados   por irmãos
justamente   quando precisamos  deles,    o Senhor não nos deixará   e não
nos abandonará,  mas permanecerá connosco     na angústia em que nos encontrarmos
 e dela nos libertará!   Como aconteceu     a  Paulo, acontecerá também a
nós;  estai certos disso. O Senhor  não nos    abandonará,  mas estará connosco.
  Diversas  vezes vi irmãos abandonar-me,      nunca vi o Senhor abandonar-me.
 Ele é fiel,  a Ele seja a glória agora    e eternamente. Amen.  | 
          
| 
       
         Entristeço-me  | 
          
| 
       Entristeço-me ao ver este mundo tão mau, tão cruel, tão desinteressado das coisas de Deus. Entristeço-me ao ver os seguidores dos falsos profetas crescer de número, entristeço-me ao ouvir falar bem destes impostores quando não fazem mais do que seduzir as almas mesmo depois de mortos. Entristeço-me ao ver malvados premiados pelas suas iníquas obras como se tivessem feito boas obras. Entristeço-me ao ver as almas a quem anuncio o Evangelho, endurecerem o seu coração e não abri-lo ao amor da verdade para serem salvas.  | 
          
| 
       
         Entristeço-me também ao ver que no meio da Igreja
    malvados   e impostores prosperam e são aclamados e respeitados
 como      servos         de Deus; entristeço-me ao ver que boa parte dos
  crentes     são    ignorantes    da   Palavra de Deus, não buscam as coisas
  de cima   mas  as  desta  terra, que   inclinam-se   para as coisas da carne
  em vez  de para   as do Espírito.    Entristeço-me ao vê-los  andar atrás
  das concupiscências        deste mundo, não   recebendo mais  do que a
morte   como salário; entristeço-me   ao vê-los lançados   nesta corrida
  atrás do   vento e que aqueles que querem       travá-los, fazê-los   reflectir
 nos  seus  caminhos, e voltar ao manancial       de água viva, a andar
 pelas veredas    antigas, são por eles perseguidos,       troçados e escarnecidos.  | 
          
| 
       
                É a tua perdição  | 
          
| 
       
         Deus ao reprovar o povo de Israel porque o tinha
   abandonado    para ir atrás de deuses estranhos e da iniquidade,
 lhe     disse:       "É a tua perdição, ó Israel, estar contra mim, contra
      o teu   ajudador"    (Oséias     13:9).   | 
          
| 
       
         As mesmas palavras continuam a trovejar contra todos
       aqueles  que no meio da Igreja abandonaram o Senhor para ir   atrás
      dos    prazeres      do mundo, das várias concupiscências da carne:
  'É   a  vossa   perdição    estar    contra o Senhor!' Mas por que é a
sua   perdição?     Porque   este  é o  fim que  espera  aqueles que deixam
de  servir  o Senhor,     e se põem    a servir  o pecado.  Paulo,  por exemplo,
  diz dos  que servem  o  seu próprio   ventre, e portanto o pecado,  que
o  fim deles é a perdição  (cfr.   Fil. 3:19).  Se a amizade do mundo é inimizade
   contra  Deus, como  diz Tiago,   e passar a ser amigo do mundo significa
  automaticamente   passar  a ser inimigo   de Deus,  é inevitável que um
crente  que deixa de  ser  amigo  de Deus vá para  a perdição.  | 
          
| 
       
         Mas estes se iludem pensando que nada de mal lhes
    poderá   suceder, e ainda pior do que isso são iludidos por   pastores
         que      em   vez de apascentarem o rebanho do Senhor apascentam-se
     a  si   mesmos    para   dano   da alma deles. 'Deus está connosco,
não    contra    nós,   não temais',     repetem    estes homens corruptos
cegados    pelas   trevas.    Ouvi, vós que ledes    estas minhas   palavras,
se estais    entre   os amantes    do mundo, deveis saber    por certo que
  estais contra   Deus,   vos tornastes    seus inimigos pelo que   Deus
está indignado   contra  vós,  altamente indignado    e para apagar esta
 sua ardente ira  deveis   converter-vos  dos vossos maus    caminhos, deveis
abandoná-los   e pôr-vos   a andar pelas   veredas antigas,    pelas veredas
de justiça  que calcáveis     ao início.   Examinai os vossos   caminhos
e voltai para  o Senhor, então  Ele    será  a vossa  salvação e quando
 vier para vós a hora do trespasse,   a vossa     alma entrará  no paraíso.  | 
          
| 
       
                A luz da vida  | 
          
| 
       
         Jesus disse um dia que quem anda nas trevas não sabe para onde vai
 (cfr.    João 12:35). Isto o experimentei pessoalmente quando também eu me
 encontrava    nas trevas em que jaz todo o mundo. Quanto é duro jazer nas
 trevas, sem  uma  luz que te aclare o caminho em que deves andar! Quanto
é duro cair e  continuamente  tropeçar por se estar privado de uma luz! Quanto
 é duro não  saber que direcção  estás seguindo, se é a certa ou a errada!  | 
          
| 
       
         Mas um dia pela graça de Deus cri em Jesus Cristo,
     a  luz  do mundo, e desde esse dia comecei a andar na luz porque
   Ele     iluminou        as minhas trevas que se dissiparam. Agora tenho
   a  luz    da  vida  (cfr. João     8:12) porque agora sei em que direcção
  estou    indo  e sei que  é a certa porque    ao céu conduz. Agora posso
 avistar   claramente     as coisas  que me faziam tropeçar     e continuamente
 cair    e posso evitá-las       com a graça   de Deus, agora não vivo
mais com   o medo no coração de   que   algo de horrível    me possa cair
em cima   de um momento para o outro.    O  Senhor é a minha luz   e a minha
salvação,      a  quem temerei?  Glória ao   seu  nome eternamente. Amen.  | 
          
| 
       
         Amaram as trevas  | 
          
| 
       
         Um dia, neste mundo nasceu Jesus Cristo; nasceu sem pecado e viveu
 sem   cometer  nenhum pecado. Ele era portanto um homem perfeito,
           um homem  irrepreensível. Absteve-se de toda a espécie de  mal
   e  apegou-se          somente ao bem que fez por toda a parte onde  andou.
    No  entanto Jesus     Cristo     foi odiado pelos homens do seu  tempo.
   Porquê     este ódio? Porque     as suas  obras   eram más. "Porque  todo
   aquele que    faz o mal odeia a luz,     e não vem  para a  luz, para
que   as suas obras    não sejam reprovadas" (João     3:20). Jesus  constituía
    uma contínua  repreensão   para os pecadores que    tinham prazer no mal,
     como  poderiam  pois estes  amá-lo? Pensais vós que  um  ladrão ou um
 adúltero    amam  o dia?  De modo algum,  na verdade eles esperam    que
caiam as trevas    para poderem   praticar as suas transgressões. Praticar
   as suas coisas    más de dia é muito  arriscado para eles, a luz do dia
é um   obstáculo para   eles. E assim como a luz natural   dá fastio aos
pecadores,   assim dá-lhes   fastio a luz espiritual  que emanamos   nós
filhos da luz, ou   seja, nós   que seguimos Cristo. Nós filhos  da luz
 somos olhados com aversão  pelos   que têm prazer no mal porque quer com
as  nossas obras, quer com as nossas   palavras, reprovamos as suas iniquidades,
 as desmascaramos. Eles estão bem  entre eles, a nossa presença é um incómodo
 para eles. Uma outra coisa que  dá fortemente fastio aos pecadores é a Palavra
 de Deus porque ela é uma luz, uma lâmpada ardente que condena os pecadores
 e reprova as suas iniquidades.    Se a Bíblia é pois fortemente contrastada
 e odiada pelos homens é por esta   razão. Aliás, se o mundo odiou a Palavra
 de Deus feita carne, naturalmente    odiará também a Palavra escrita! Mas
virá o dia em que os pecadores serão    condenados por terem amado mais as
trevas do que a luz, de modo nenhum escaparão!                 | 
          
| 
       
         Entre os espinhos  | 
          
| 
       
         Quando o semeador saiu a semear - segundo a parábola
      que  Jesus contou  - uma parte da semente caiu entre os espinhos,
       os   quais      cresceram e sufocaram a semente impedindo-a portanto
    de   dar  fruto.   A semente     é a palavra de Deus, viva e eficaz, e
 aquele      que recebe  o que   foi semeado     entre os espinhos é quem
 ouve a Palavra       de Deus, mas depois   os cuidados   mundanos,  o engano
 das riquezas,   e  os  prazeres da vida sufocam   a Palavra   de Deus que
  acaba por não  dar  fruto  (cfr. Mat. 13:7,22; Mar.   4:18-19; Lucas
8:14).  | 
          
| 
       
         Se pois os cuidados pelas coisas do mundo, o engano
     das   riquezas e os prazeres da vida, têm este maléfico efeito,
 nós      devemos          vigiar e orar para que estas coisas não penetrem
  em     nós.  Devemos    certamente        usar deste mundo, mas não como
faz  a gente   do mundo,   que  é escrava deste      sistema de coisas e por
ele   dominada,   mas como   se não  usássemos dele (cfr.     1 Cor. 7:31).
As  comidas,  as bebidas,    o vestuário,  a habitação,  o carro,    o trabalho,
  são tudo  coisas lícitas       ter, mas importa  não nos deixarmos dominar
     por estas  coisas. Devemos      depois guardar-nos  de querer enriquecer
  porque   quem  quer enriquecer   cai   em tentação, em laço  e em muitas
 e nocivas concupiscências      que   submergem   os homens na perdição
e  na ruína (cfr. 1 Tim. 6:9): devemos      antes estar   contentes com o
que   temos, como diz Paulo a Timóteo: "Tendo,      porém, sustento,  e com
que   nos  cobrirmos, estejamos com isso contentes"     (1  Tim. 6:8). E
 depois   devemos  estar atentos aos prazeres da vida que    estão   sempre
à espreita     para nos  assaltarem; para que aproveitam? para   nada. De
  facto,  eles   não   conferem  nenhuma utilidade espiritual; basta   recordar
os  prazeres    da vida   a que nós  todos éramos dados antes de conhecer
Deus para  nos    darmos conta  que no  fim não nos deram nada,    mesmo
nada  de bom. Servem    apenas para nos  manter  longe do caminho santo;
   que engano  são os prazeres   da vida!  | 
          
| 
       
               A família de Estéfanas  | 
          
| 
       
         Nas epístolas de Paulo se encontram breves mas significativas
               referências a diversos crentes que ele louva no Senhor pela
    sua      recta      conduta.    Entre estes crentes está a família de
Estéfanas,          primícias     da   Acaia, "que    se dedicou ao serviço
dos santos"    (1   Cor.   16:15). Que    belo   exemplo de altruísmo
cristão! Que belo   exemplo    de  crentes que  renunciaram     a si mesmos
por amor    do Senhor!   Que  belo   exemplo de crentes  consagrados
a Deus! Essa família    de  crentes    se tinha consagrado para servir os
  santos;  não nos é dito de   que  maneira     mas se pode imaginar.  E
Paulo exorta   também  os crentes  de Corinto    a sujeitarem-se aos tais,
 e a todo aquele   que auxilia  e  trabalha na  obra    comum (cfr. 1 Cor.
16:16).                      | 
          
| 
       
         Apreciai os que trabalham no Senhor. Não importa
  qual   seja  o serviço que prestam, apreciai-os e sujeitai-vos    a  eles.
      E  bem     vos irá.  | 
          
| 
       
         Que zelo!  | 
          
| 
       
         Quando vejo pessoas do mundo ter tanto zelo pela
  sua   equipa  do coração, fazer tantas renúncias para poder     participar
           nas   partidas e fazer sentir o seu apoio e o seu   calor  à equipa,
      quando        vejo  o seu empenho e esforço para fazer   conhecer
esta    sua    'fé',  sim    porque   é  uma fé aos olhos deles; e  depois
vejo   que tantos    crentes não   têm zelo  pelas  coisas de Deus ou têm
pouquíssimo,      não fazem    nenhuma renúncia    para  poder  participar
  no progresso    do  reino de Deus   e fazer sentir   o seu apoio e o  seu
 calor de maneira     tangível, prática   e não só de palavra,    àqueles
que  os  instruem,  os  conduzem e os exortam,   os quais estão constituídos
   sobre    eles   pelo  Senhor para o seu bem;   bom, não posso deixar de
ficar    admirado     em  sentido  negativo. Como  é possível tudo isto?
É uma triste     realidade,      verdadeiramente  triste  essa de que dou
testemunho directo.    Têm mais    zelo   aqueles que difundem   uma fé vã
e errada, ou que ajudam  outros    a difundi-la,   do que muitos  crentes
 que deveriam dedicar-se corpo e  alma   à defesa e à  difusão da verdadeira
e  única fé, aquela no Filho de  Deus  morto e ressuscitado  dentre os mortos.  | 
          
    
  
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